sábado, 28 de fevereiro de 2009

Séries: Terminator cada vez mais próximo do fim

Pela segunda semana, a análise do índice de cancelamento segundo o TV by the Numbers. Se quiser perceber o funcionamento deste índice, consulte o primeiro post: Séries: Perto do Fim ou Acabadas?

Séries em risco de serem canceladas

Sem surpresas, na FOX e a liderar a tabela do pior índice, temos Terminator: The Sarah Connor Chronicles. A série apresenta cada vez mais um pior índice, e a surpresa será se for renovada para uma próxima temporada. Ainda na mesma estação, destaque para a entrada a perder de Dollhouse, que regista apenas 69% da audiência média do canal, uma estreia bastante aquém do que todo o buzz envolvente faria esperar, que se pode justificar apenas pela qualidade da série.
Na NBC, Friday Night Lights continua a descer gradualmente, perdendo espectadores a cada novo episódio. As coisas não parecem estar bem e o cancelamento é também quase certo.
A CBS não apresenta grandes supresas, mantendo os números aproximados da semana anterior e sem entradas na lista de possíveis candidatos a cancelamento.
Privileged continua a manter os mesmos números na CW, fazendo prever o seu cancelamento precoce. Contudo, os número não são tão baixos assim, e pode esperar-se uma reviravolta se o número de espectadores aumentar nos próximos tempos.
Por fim, a ABC conta apenas com Ugly Betty e Life on Mars, sendo que Scrubs foi declarada como estando na sua última temporada, tendo passado para a tabela abaixo.

Séries já com fim determinado

A ABC continua a ser líder de cancelamentos nesta temporada, tendo 6 das 16 séries com fim já determinado. Com isto esperam-se novas apostas no próximo ano por parte desta estação, esperemos que com mais sucesso do que algumas deste ano.
As séries na sua última temporada parecem enfrentá-la de cabeça erguida (e número de espectadores), excepto talvez According to Jim que apresenta uma percentagem de apenas 61% da audiência média do canal.

Apenas como apontamento final, a grande vencedora desta semana foi Desperate Housewives, com o dobro da média do canal, perfazendo um índice de 2,08. Assim se explicam mais duas temporadas.

Resultados do Passatempo Tempos de Verão


Os vencedores que deram a resposta Désordre à nossa pergunta e que assim ganham o convite duplo são...

Sofia Baptista Graça

Manuel António Sequeira Ribeiro Pereira

Luís Miguel do Carmo Teixeira

Nuno Filipe Tavares

Margarida Maria P. A. Lopes


Deverão apresentar-se na bilheteira do respectivo Cinema meia-hora antes do filme começar e apresentar o vosso BI dando a referência do nosso blog de forma a levantarem o convite duplo.

Parabéns a todos e bom cinema!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Passatempo Tempos de Verão


Neste que é o primeiro passatempo promovido pelo Split Screen, temos de agradecer a colaboração da Atalanta Filmes que disponibilizou 5 convites duplos para a antestreia de Tempos de Verão, que irá decorrer no Cinema Nimas, em Lisboa, pelas 21h45 de 3 de Março.


O nome de Olivier Assayas não deverá ser estranho à maioria dos espectadores portugueses.
O seu trabalho tem sido sobejamente divulgado por cá.
Os exemplos mais recentes - e, logo, mais frescos na memória - serão Boarding Gate, estreado por cá no início do ano passado, e o seu segmento no filme colectivo Paris, Je t'Aime.

Neste Tempos de Verão, é uma reflexão convulsa da dinâmica familiar.
Passando da celebração dos 75 anos da matriarca ao confronto com os segredos que se escondiam entre os objectos que ela guardava, a consistência desta familía será abalada.
Restará saber se os seus elementos conseguirão sobreviver a tudo o que acontecerá.

O destaque maior vai, obviamente, para a presença de Juliette Binoche (que entretanto já está novamente a filmar com Olivier Assayas, em Les Temps de Venir).


Para os interessados em ver este filme antes dos restantes, deverão enviar a resposta a uma simples pergunta, juntamente com o vosso nome completo e o vosso número de BI, para splitscreen.passatempos@gmail.com .

1) Qual o nome da primeira longa-metragem realizada por Olivier Assayas?

Os mais rápidos serão premiados.
Boa sorte!
PASSATEMPO CONCLUÍDO - Os vencedores serão anunciados brevemente.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Estreias de 26 Fevereiro'09: The Wrestler e Bedtime Stories

A partir de amanhã, dia 26 de Fevereiro, nas salas de cinema do país, pode contar com as seguintes estreias:
Destaque:

O Wrestler (The Wrestler)
NOMEADO PARA ÓSCAR DE MELHOR ACTOR E MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA


Ano: 2008
Realização: Darren Aronofsky
Argumento: Robert D. Siegel
Género: Drama

No fim dos anos 80, Randy Robinson (Mickey Rourke), "The Ram", cabeça-de-cartaz em combates de wrestling, vivia para os seus fãs e pelo prazer do espectáculo. Vinte anos mais tarde, é uma estrela caída em desgraça, que vive numa roulote, sem contacto com a filha e que conta apenas com a amizade de uma stripper. Um dia, após um combate, tem um ataque de coração e o médico ordena-lhe que abandone a luta, pois o próximo combate pode ser mortal. Mas a sua paixão pelo espectáculo é forte demais e Randy quer sair em grande da profissão, mesmo que para isso tenha de arriscar a vida.
Outras sugestões:

Histórias Para Adormecer (Bedtime Stories)

Ano: 2008
Realização: Adam Shankman
Argumento: Matt Lopez e Tim Herlihy
Género: Comédia, Fantástico
Elenco: Adam Sandler, Keri Russell e Guy Pearce

Skeeter Bronson (Adam Sandler) é um empregado de hotel que, para ajudar a irmã, aceita tomar conta dos sobrinhos durante uma semana. Antes de adormecerem, Skeeter conta-lhes histórias maravilhosas que incentivam a sua imaginação sem limites. Dos confins do espaço ao selvagem Oeste, da Grécia antiga à Europa Medieval, as histórias sucedem-se, cada uma mais louca que a anterior. Mas, misteriosamente, há histórias que começam a realizar-se.

Boarding Gate, por Carlos Antunes


Título original: Boarding Gate (2007)
Realização: Olivier Assayas
Argumento: Olivier Assayas
Elenco: Asia Argento, Michael Madsen, Carl Ng

Boarding Gate é Asia Argento.


Sandra (Asia Argento) é uma mulher fatal e fatalista.
Ex-prostituta, sedutora quase à sua revelia mas com tendência para se entregar irremediavelmente ao amor e sujeitar-se a tudo o que os objectos desse amor lhes provoque.
Sandra reencontra Miles, um empresário com quem esteve envolvida, e o jogo de re-sedução e re-agressão entre os dois parece retomar o velho caminho.
Mas Sandra está numa nova “relação” e tem vontade de cortar com o passado.
Boarding Gate é, como o nome indicia, a procura de uma nova vida.
Embarcar na possibilidade de se tornar numa outra pessoa, num outro lugar.
É isso que faz Sandra, à procura de uma nova vida – nova identidade e nova ocupação – liberta das amarras do passado.
Quando ela enfrenta Miles (e eventualmente o mata) ficamos a saber que mulher é aquela.


Uma mulher disposta ao confronto mas também disposta ao sacrifício. Uma mulher que amou aquele homem e que agora o quer erradicar da sua vida. Uma mulher que (de uma certa forma) se deixou destruir mas também o destruiu a ele.
Sandra é, portanto, a versão mais extremada de Gilda, mas que, por isso mesmo, se arrisca às maiores provações e a um final perpetuamente infeliz.
Ao vermos Asia Argento seduzir a câmara é notório pelo seu corpo o ponto a que as suas desventuras a levaram.
Se o seu corpo transpira confiança e sensualidade, está também vincado por tatuagens que surgem como marcas do que lhe foi feito.
E é ainda com Miles, na luta (quase) territorial que eles protagonizam com disputas radicais em base de diálogos que a revelação é total.
Infelizmente este noir, com a sua vontade de se manter perpetuamente elusivo, acaba enredado em demasiados contornos tão efémeros quanto insondáveis que não lhe permitem ganhar consistência.


A narrativa acaba desequilibrada sem conseguir ser o apoio certo a Asia Argento, ainda que Oliver Assayas consiga retribuir com a câmara o seu jogo de sedução.



Publicado originalmente a 30 de Abril de 2008

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Casamento de Rachel, por Carlos Antunes




Título original: Rachel Getting Married (2008)
De: Jonathan Demme
Escrito por: Jenny Lumet
Com: Anne Hathaway, Rosemarie DeWitt, Debra Winger e Jerome Le Page

Há uma contangiante energia no Casamento de Rachel que, no final, é também a causa do nosso descontentamento.
Enquanto Rachel se casa numa cerimónia incomum mas certamente sedutora, Kym, a sua irmã, volta a casa vinda de 9 meses de Reabilitação.
Ela parece anunciar-se como a perturbação ao idílio, ela que sempre foi a "ovelha negra" da família.


Mais do que um choque de personalidades, este é um choque de percepções e de tormentos silenciados.
Isso mesmo é magnificamente ilustrado pela entrega de Anne Hathaway (Kym) que tem o luxo de se poder destacar quando a seu lado tem uma Rosemarie DeWitt (Rachel) compondo com descrição mas absoluta sagacidade uma personagem secundária de luxo.
Seja por uma espécie de penitência auto-imposta ou sentida nas vidas dos outros, Kym sofre admiravelmente, enquanto Rachel não consegue deixar de tentar resgatar a sua família das maneiras que acha possíveis.


Há uma realidade honesta e desarmante sentida por cada espectador neste filme.
Os convidados parecem-nos existir, parece-nos que não podem senão ser reais e chamados a presenciar aquele momento. É o poder da invisibilidade do casting, tão fundamental até nas personagens que, sem nenhum pedaço de diálogo verdadeiramente dramático, não poderiam deixar de estar ali e criar o ambiente.
Como em todas as famílias, há assuntos por resolver e reacções demasiado profundas para não serem como uma onda que a todos toca.


E aí está...
O drama liderado com silenciosa dor, vai deixando o seu travo amargo por entre a vibração, a música, a cor, a felicidade.
Enquanto uma família se cria, uma outra desfaz a sua muralha de aparência e de aparente serenidade.
Toda aquela energia, por mais que queiramos, também nos doi, porque temos menos dela do que do drama que, felizmente, não a consegue corromper!


E fez-se História!



E era o que se esperava. Slumdog Millionaire saiu vitorioso desta edição dos Óscares, numa cerimónia onde surpresas existiram poucas. Dez nomeações, oito Óscares (Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som, Melhor Banda Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Realizador e Melhor Filme). O filme de Danny Boyle (The Beach e Trainspotting) não foi o mais galardoado numa cerimónia dos Óscares, mas faz história como provavelmente o filme mais premiado numa temporada de prémios.

Antes do filme de Danny Boyle, apenas outros dois haviam ganho os Globos de Ouro (Melhor Drama), Critics Choice, Screen Actors Guild (SAG), Producers Guild Awards (PGA) e Directors Guild Awards: Lord of the Rings: Return of the King (2003) e American Beauty (1999). Por outro lado, só Schindler's List (1993) venceu nos Writers Guild Awards (WGA), PGA, DGA, Globos de Ouro (Melhor Drama), Scripter e BAFTA.
Slumdog Millionaire venceu em todos esses, mas também conseguiu os principais dos Óscares.

The Curious Case of Benjamin Button foi o grande derrotado da noite: 13 nomeações, apenas 3 Óscares (Melhor Direcção Artística, Melhor Caracterização e Melhores Efeitos Visuais). Já Man on Wire, Wall-E confirmaram o seu estatuto de preferidos enquanto Melhor Documentário e Melhor Filme de Animação.



Na área da interpretação, Heath Ledger recebeu o segundo Óscar póstumo da história do cinema. O primeiro foi Peter Finch por Network (1976). Já Kate Winslet recebeu o prémio merecido pelo filme errado. Acreditamos que nos últimos anos a actriz já teve interpretações melhores que a sua Hanna Schmitz, incluindo a sua April Wheeler de Revolutionary Road, mas finalmente, à sexta nomeação, viu ser consagrada como Melhor Actriz. Penélope Cruz conseguiu também aquilo porque tanta ansiou e pelo qual tanta campanha fez. Habitualmente os filmes de Woody Allen sempre levaram alguém ao estrelato e este ano foi a vez da actriz espanhola. Na disputa entre Mickey Rourke e Sean Penn, o actor de Milk viu repetido o prémio que já havia ganho nos SAG, deixando Mickey Rourke sem um dos poucos galardões que lhe faltavam. Afinal, Darren Aronofsky faltou ao prometido.

Apesar da previsibilidade, as (poucas surpresas) surgiram do lado do Japão. Na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação, onde o preferido era Presto, ganhou La Maison en Petits Cubes e na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, Okuribito (Departures), deixou de lado Israel, Valsa com Bashir.



Em suma, esta foi com certeza uma das melhores cerimónias dos últimos anos, senão a melhor. Hugh Jackman foi uma aposta ganha, com os melhores momentos da noite a terem o seu nome e voz. Os momentos musicais repletos de dinamismo e diversão alegraram a noite, mas também a original forma de apresentar as categorias interpretativas.



Ainda não chegaram os resultados definitivos da emissão de ontem na ABC, mas dados preliminares revelam que a subida em termos de audiência não foi assim tão significativa. Nós por cá, achamos contudo e apesar dos excessivos prémios atribuídos a Slumdog Millionaire que, finalmente a Academia se reinventou e presentou-nos com uma cerimónia que trouxe de novo o glamour do cinema de Hollywood.

Os Números dos Óscares

O canal americano ABC tem sido a emissora por excelência dos Óscares. Apesar de ainda não termos os dados deste ano, decidimos publicar os números desde 1990. Os números mais altos não trazem surpresas, mas os mais baixos foram, algumas vezes, inesperados.

É fácil notar que o número de espectadores depende sempre muito da popularidade dos filmes envolvidos, dando ênfase aos que ganharam o Óscar de Melhor Filme. O ano de Titanic (1998) foi claramente o que levou mais gente a sentar-se em frente à TV e esperar pelos prémios.
Já o pior ano foi claramente 2008, com a pior marca dos últimos 18 anos.
Filmes como The Lord of the Rings: The Return of the King, American Beauty e Forrest Gump conseguiram igualmente bons resultados e são tidos, hoje em dia como clássicos.

Fica então a questão: será que a popularidade de Slumdog Millionaire e The Curious Case of Benjamin Button (ou até o Óscar póstumo de Heath Ledger) levou a que mais pessoas assistissem este ano à cerimónia da entrega dos Óscares? E qual terá sido a popularidade por terra portuguesas, tendo em conta que a transmissão só começou à 1h de segunda-feira apesar de muita gente ter aproveitado o Carnaval para ficar em casa?

As séries mais pirateadas de 9 a 15 de Fevereiro

Quer queiramos, quer não, os downloads das séries são uma realidade hoje em dia e a quantidade de downloads de uma série é um bom indicador da sua popularidade. Assim sendo, o site TV by the numbers elabora duas tabelas com as séries que foram mais vezes descarregadas através do BitTorrent.

A partir de hoje passamos a apresentar duas tabelas no nosso blogue, com uma análise a cada uma delas, uma com as séries cujos episódios mais recentes estão no topo dos downloads e outra com as séries mais descarregadas na sua totalidade. Com estas tabelas não incitamos os downloads ilegais, mas pretendemos analisar a popularidade das séries com fim informativo.

Semana de 9 a 15 de Fevereiro - Séries com os episódios recentes no topo dos downloads

Nota-se que os intervalos nas séries deixam muita gente expectante. As séries que sofreram grandes intervalos entre episódios (como por exemplo Desperate Housewives) foram das mais descarregadas na internet. Ainda assim, as grandes séries de culto Lost e Heroes mantêm a sua liderança com mais do dobro dos downloads de 24, que está em 3º lugar.
A posição de Fringe mantém-se inalterável, sendo o único esta semana. A série parece ter conseguido um núcleo de espectadores fiéis que não deixam escapar nenhum episódio.

Semana de 9 a 15 de Fevereiro - Séries com mais downloads na totalidade dos seus episódios

Aqui, uma vez mais, temos Lost, Heroes e 24 a liderar a lista, mantendo-se inalteráveis nas suas posições. Apesar do seu cancelamento quase certo, Terminator: The Sarah Connor Chronicles mantém um núcleo de pessoas que não deixam de acompanhar a série, levando a que ocupe o 5º lugar da lista. Na sua última temporada, Scrubs não deixa de conquistar os espectadores, que aproveitam os últimos episódios.
No geral, foi uma semana de grandes subidas na tabela, a ponto de seis das séries nem sequer terem estado nos 10 mais na semana passada.

Em Directo dos Óscares



E começou mais uma edição dos Óscares, com uma surpreendente apresentação de Hugh Jackman, que revelou uma tremenda performance musical numa paródia aos nomeados (e também aos esquecidos) pela Academia, onde até Anne Hathaway fez uma perninha... Siga-nos numa apresentação, em directo, dos vencedores.

Melhor Actriz Secundária: Penélope Cruz - Vicky Cristina Barcelona
O esperado. Uma vitória absolutamente justa, deixando para trás nomes de peso como Amy Adams e Viola Davis. Uma magnífica apresentação por parte de cinco anteriores vencedoras do Óscar nesta categoria, incluindo Tilda Swinton, vencedora do passado ano.

Melhor Argumento Original: Milk (Dustin Lance Black)
Uma vitória previsível e um dos discursos mais emotivos e provavelmente polémico da noite.

Melhor Argumento Adaptado: Slumdog Millionaire (Simon Beaufoy)

O prenúncio da noite. Slumdog Millionaire começa a arrecadar prémios.

Melhor Filme de Animação: Wall-E
A Pixar entra a ganhar e vence a Disney. Talvez o único Óscar que virá a ganhar este ano.

Melhor Curta de Animação: La Maison en Petits Cubes

A primeira surpresa da noite, onde todos esperavam uma vitória da curta Presto.

Melhor Direcção Artística: The Curious Case of Benjamin Button
E a primeira estatueta da noite para o filme de David Fincher. Parece-nos que apesar de ser o mais nomeado (treze), estará resumido às categorias técnicas.

Melhor Guarda-Roupa: The Duchess
Mais uma vez, nenhuma surpresa. A Duquesa já tinha ganho esta categoria em diversos prémios anteriores aos da Academia, fazendo prever a sua vitória uma vez mais.

Melhor Caracterização: The Curious Case of Benjamin Button
Um prémio merecido e também esperado. Este tipo de prémio vai ser provavelmente a base das conquistas deste filme, pois dificilmente conquistará além das categorias técnicas.

Melhor Fotografia: Slumdog Millionaire
Injustamente, uma segunda estatueta para o filme de Danny Boyle. Especialmente numa categoria onde todos os outros nomeados tinham mais mérito.

Melhor Curta-Metragem: Spielzeugland (Toyland)
Numa categoria onde todas os nomeados eram estrangeiros, o prémio vai para uma curta-metragem alemã.

Melhor Actor Secundário: Heath Ledger (The Dark Knight)
O segundo Óscar póstumo para um actor. Aqui não havia dúvida nenhuma, pois Heath Ledger arrecadou o que havia para arrecadar este ano. Só é pena que todo o mérito lhe tenha sido atribuído, pois as outras interpretações também eram dignas de reconhecimento.

Melhor Documentário: Man on Wire
O documentário que comoveu o mundo e o mais esperado vencedor desta categoria.

Melhor Curta-Metragem Documentário: Smile Pinki
Um retrato da Índia moderna, num piscar de olho a Bollywood.

Melhores Efeitos Visuais: The Curious Case of Benjamin Button
O terceiro Óscar (técnico) da noite para o filme de David Fincher. Não nos parece que possa ganhar muitos mais.

Melhor Edição de Som: The Dark Knight
Sem contar a prestação de Heath Ledger, que era garantida, The Dark Knight recebe aqui uma recompensa por ter sido afastado das principais categorias.

Melhor Mistura de Som: Slumdog Millionaire
A terceira estatueta para Danny Boyle numa categoria técnica e com concorrentes de peso.

Melhor Montagem: Slumdog Millionaire
E já lá vão quatro. Era uma categoria difícil, mas que já havia vencido nos BAFTA e também nos American Cinema Editors.

Melhor Banda Sonora: Slumdog Millionaire (A.R. Rahman)
Mais um galardão para Slumdog Millionaire, desta vez para a banda sonora contagiante com ritmos indianos. Um possível prenúncio para a seguinte categoria...

Melhor Canção Original:
Slumdog Millionaire (Jai Ho)
O sexto Óscar que o filme recebe esta noite e o terceiro relacionado com a sonoridade do mesmo. Jai Ho, de A.R. Rahman, Sampooran Singh Gulzar era o mais provável vencedor da categoria.

Melhor Filme Estrangeiro: Okuribito (Departures)
Uma das maiores surpresas da noite que atribuiu o Óscar ao Japão. Waltz with Bashir, o grande favorito da noite, foi surpreendentemente relegado para segundo plano, provavelmente devido ao facto de o filme israelita ter uma temática complexa e polémica.

Melhor Realizador: Danny Boyle (Slumdog Millionaire)
A sétima estatueta para o filme e um dos mais importantes galardões para o realizador de The Beach e Trainspotting. Ganhando esta é quase certa a sua vitória na categoria de Melhor Filme...

Melhor Actriz Principal: Kate Winslet (The Reader)
E finalmente fez-se justiça! A mais nomeada jovem actriz da actualidade, à sexta nomeação conseguiu finalmente o Óscar.

Melhor Actor Principal: Sean Penn (Milk)
Uma das categorias mais competitivas da noite. Sean Penn deu razão aos SAG e venceu Mickey Rourke, que havia ganho o Globo de Ouro e os BAFTA. É já o seu segundo Óscar e um prémio bastante justo.

Melhor Filme: Slumdog Millionaire
É a consagração do filme de Danny Boyle. Dez nomeações, oito Óscares, tornando-se assim possivelmente o filme mais galardoado numa temporada de prémios.

E chegámos assim ao fim de uma temporada cinematográfica, numa excelente cerimónia de atribuição dos Óscares. Dinâmica, inovadora, arrojada, divertida, com uma excelente apresentação, longe dos clichês habituais. Apesar de previsível, trouxe ainda algumas surpresas.
Amanhã não percam comentários mais longos sobre esta cerimónia. Boa noite!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

And The Oscar goes to...


E já não temos tempo para correr uma longa dissertação sobre a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Documentário e categorias técnicas, mas também não nos parece importante, apesar de poderem advir daí algumas surpresas e pelo menos os (poucos) prémios que pensamos que The Curious Case of Benjamin Button ainda pode ganhar. Também é aqui que The Dark Knight poderá ser recompensado pelo facto de ter sido injustamente afastado das categorias principais.

É uma cerimónia seguramente previsível, com Slumdog Millionaire a sair vitorioso e a fazer história como o filme mais galardoado da história do cinema. Com apresentação de Hugh Jackman, uma cerimónia mais curta, com muita música e espectáculos de dança, esperemos que seja finalmente desta vez que a Academia saia da espiral decadente que atingiu a cerimónia dos mais importantes prémios do cinema americano.



Com um set renovado, a Academia prepara-se para inovar. Pelo menos com um cenário preto, esperemos que não se comprometa. A ver vamos.



Até amanhã, boa cerimónia!

Óscar Watch'09 - Melhor Banda Sonora e Melhor Canção Original



É muitas vezes o componente de importância fulcral num filme: a banda sonora. Consequentemente, dentro da mesma, temos sempre canções que se destacam e que merecem um prémio pelas sensações que transmitem.

Na categoria de Melhor Banda Sonora, temos algumas dúvidas. O mais natural e óbvio é que A.R. Rahman seja recompensado pelos sons de Bollywood com que recheou Slumdog Millionaire, mas o fabuloso trabalho de Thomas Newman põe os ouvidos de qualquer um imediatamente alerta e é um dos pontos altos de Wall-E.



Longe de convencer o grande público, mas que pode proporcionar surpresas é a brilhante composição de Alexandre Desplat por The Curious Case of Benjamin Button. Já a banda sonora de Milk e Defiance, não nos parece que consiga arrecadar votos suficientes para uma vitória.

Já no campo da Melhor Canção Original e depois do incompreendido afastamento de Bruce Springsteen, resta-nos a quase certeza que a disputa se fará entre Jai Ho de Slumdog Millionaire e Down to Earth de Wall-E. O Saya, interpretada também por M.I.A. parece-nos que ficará de lado da competição.

Seguem os vídeos e as músicas de Jai Ho e Down to Earth:


Down to Earth

Óscar Watch'09 - Melhor Argumento Adaptado



Mais uma daquelas que mesmo antes de se abrir a passadeira vermelha, já se adivinha o vencedor. Com Slumdog Millionaire à espera de arrecadar mais um importante prémio, o que poderíamos esperar?

Nomeados:
Os pesos pesados da categoria de Melhor Filme disputam aqui pelo seu argumento adaptado. Inevitavelmente, Simon Beaufoy parte com a natural vantagem, proporcionada por todos os prémios que ganhou ao longo desta temporada.



Mas se houver competição, acreditamos que virá pelo lado de David Hare, com o muito apreciado filme sobre o Holocausto. The Reader foi nomeado pela velha guarda da Academia e poderá proporcionar surpresas a Slumdog Millionaire. Assim como Eric Roth e o seu The Curious Case of Benjamin Button num meticuloso argumento adaptado livremente da obra original.

Nesta categoria perdem o fulgor, os argumentos de Doubt e Frost/Nixon.

As nossas previsões:


Óscar Watch'09 - Melhor Argumento Original



Prestes a começar a noite mais aguardada do ano, pelo menos no que diz respeito ao cinema, o Split Screen Blog conclui agora as suas previsões. Neste caso, é o Melhor Argumento Original que está em jogo.

Nomeados:
Se o preferido das massas é o filme de animação Wall-E, Dustin Lance Black segue a todo o vapor, quase com a certeza de subir ao palco dos Óscares e receber o merecido prémio pelo argumento de Milk. O argumentista de Milk ganhou o prémio em Boston, Holywood, São Francisco, no Sudeste Americano e até foi recompensado pelos seus colegas dos Writers Guild of America (WGA).



Wall-E e Andrew Stanton poderão fazer história na Pixar, mas primeiro terão de ultrapassar muito preconceito. O mesmo que os impediu de serem nomeados para Melhor Filme.

Uma das surpresas do Sundance foi Frozen River e é o fenómeno indie da actualidade cinematográfica. Se a Academia quiser deixar de lado a sua fama de conservadorismo poderá muito bem dar a estatueta dourada a Courtney Hunt.

Mike Leigh e Martin McDonagh serão os com menos hipóteses. A nomeação basta-lhes, pelo menos é que nos parece.

As nossas previsões:


Independent Spirit Awards - Vencedores



No final de uma temporada de galardões, as cerimónias de entrega de prémios na área do cinema sucedem-se. Ontem, em preparação para os Óscares, ocorreu a cerimónia dos Independent Spirit Awards.

Organizada pela Film Independent, uma organização não-lucrativa que apoia o cinema de baixo orçamento, a cerimónia que foi instituída em 1986, atribuiu os mais importantes prémios do cinema independente internacional.

Melhor Filme: The Wrestler


Nomeados:

Melhor Actriz Principal: Melissa Leo (Frozen River)


Nomeados:

Melhor Actor Principal: Mickey Rourke (The Wrestler)


Nomeados:

Melhor Actriz Secundária: Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)


Nomeados:

Melhor Actor Secundário: James Franco (Milk)


Nomeados:

Melhor Realizador: Thomas McCarthy (The Visitor)


Nomeados:

Melhor Argumento: Vicky Cristina Barcelona: Woody Allen


Nomeados:

Melhor Primeiro Argumento: Milk: Dustin Lance Black


Nomeados:

Melhor Fotografia: The Wrestler


Nomeados:

Melhor Primeiro Filme: Synecdoche, New York


Nomeados:

Melhor Filme Estrangeiro: Entre les murs (França)


Nomeados:

Melhor Documentário: Man on Wire


Nomeados:
Prémio John Cassavetes: In Search of a Midnight Kiss


Nomeados:

Prémio “Melhor Que Ficção”: The Order of Myths


Nomeados:

Prémio Revelação do Ano: Lynn Shelton (My Effortless Brilliance)


Nomeados:

Prémio dos Produtores: Heather Rae (Frozen River) e (Ibid)


Nomeados:
O grande vencedor da noite do cinema independente foi The Wrestler, que ganhou três galardões principais (Melhor Filme, Melhor Actor Principal e Melhor Fotografia). Vicky Cristina Barcelona surpreendeu, pois venceu na categoria de Melhor Actriz Secundária, mas também o de melhor argumento.

Alguns dos vencedores destas categorias repetir-se-ão hoje à noite?