quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dupla Sedução, por Tiago Ramos



Título Original: Duplicity (2009)
Realização: Tony Gilroy
Argumento: Tony Gilroy
Elenco: Clive Owen, Julia Roberts, Tom Wilkinson e Paul Giamatti

Existe um enorme conflito de interesses em Dupla Sedução. Se o nome de Tony Gilroy, conhecido por Michael Clayton - Uma Questão de Consciência, bem como da dupla Julia Roberts e Clive Owen, estimula o espectador, há qualquer coisa entre a complexidade do argumento que não resulta bem.



Seria de esperar uma determinada leveza de Duplicity que acaba por não se revelar. A longa dimensão filme (cerca de duas horas) acaba por se tornar demasiado entediante e superficial, especialmente na primeira hora da película. Contudo, a realização de Tony Gilroy é dinâmica, com recurso a planos rápidos, a split screens constantes, misturados com flashbacks e uma banda sonora intensa, criada por James Newton Howard.

Apesar de tentar surpreender os espectadores com várias reviravoltas, Dupla Sedução acaba por se engolir a si próprio, revelando demasiado cedo o golpe preparado pela dupla de espiões. Isto acaba por fazer com que o restante filme se torne demasiado prevísivel apesar das pretensões do realizador.



O ponto alto do filme é a química resultante da dupla de actores Julia Roberts e Clive Owen, que já se tinha revelado elevada no filme Closer, em 2004. E é essa provocação e charme constantes que culminam no auge da interacção entre ambos, mas que se torna muito curta. Não devemos desconsiderar, no entanto, o mérito dos papéis secundários, essencialmente Tom Wilkinson e Paul Giamatti, enquanto CEOs de empresas concorrentes, que imprimem energia e divertimento à trama e a complementam.

Dupla Sedução é um produto de entretenimento, que girando em volta de um eterno bluff das personagens, provoca essa mesma sensação no espectador, tornando-se demasiado prevísivel.

Classificação:

2 comentários:

  1. Tiago, este filme ainda não saiu por aqui, mas tenho lido boas críticas sobre. E assista Departures quando sair por ai, vale a pena!

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  2. Pedro Tavares, não é dos melhores, mas é um produto de entretenimento interessante.

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