sábado, 13 de junho de 2009

X-Men Origens: Wolverine, por Carlos Antunes


Título original: X-Men Origins: Wolverine
Realização: Gavin Hood
Argumento: David Benioff e Skip Woods
Elenco: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston e Will i Am

Um filme de acção, sobretudo em equipa, não permite a exploração mais profunda das personagens.
Por isso mesmo é que estes filmes derivados dos centrais parecem uma excelente aposta, desenvolvendo a dimensão dramática da personagem.


Infelizmente, nada disso acontece.
X-Men Origens: Wolverine é, afinal de contas, uma extensão linear da ideia de franchise da saga X-Men.
Acção exagerada e parca em desenvolvimentos, encerrando a hipótese dramática numa funcionalidade que tem de terminar com este filme.
Como se estivesse para lá do espectador o interesse de seguir uma história com contornos que se prolongassem para uma continuação.


Assim, o resultado é uma esquemática preparação de terreno para a luta de dois irmãos que, apesar ou devido às suas características particulares, acabarão por resolver as suas diferenças por via do confronto permanente.
Uma das mais antigas histórias, a do confronto de irmãos, mas uma que poderia resultar, não se inscrevesse tudo isto numa história "maior".
Estamos aqui perante a necessidade de relatar o que é o projecto Arma X de forma a que melhor se lance uma nova personagem para franchise, Deadpool.


O que sobra de permeio são cenas de acção em ritmo irremediavelmente frenético.
Cenas de acção que se crêem perto de um sentido bedéfilo, mas que no seu exagero se tornam ridículas.
Lugares comuns sobrepostos a uma inventividade sem sentido crítico.


O resultado é, portanto, uma história que pouco influencia a percepção da personagem que se tem dos filmes dos mutantes Marvel.
Acredita-se que com algumas piscadelas de olho aos fãs da BD e com a exploração exagerada dos efeitos especiais se satisfará todo o público.
E isso é um erro.


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