Realização: Paul Schrader
Argumento: Yoram Kaniuk e Noah Stollman
Elenco: Jeff Goldblum, Willem Dafoe, Derek Jacobi e Ayelet Zurer
Na sessão de encerramento do Fantasporto, o realizador Paul Schrader fez a ressalva que, apesar de toda a polémica que se faz acerca dos filmes com a temática do Holocausto, Adam Resurrected não é mais um filme sobre o tema. Toda a história do filme nasceu da mente fértil do escritor israelita Yoram Kaniuk e portanto não é baseado em factos reais.
Adam Renascido não é uma película fácil de definir. Aliás todo o argumento é complexo, enigmático e o mesmo se reflecte no elenco. É um drama poderoso sobre um sobrevivente do Holocausto, anterior artista de circo, que mergulhou no seu mundo próprio num hospital psiquiátrico. Uma viagem ao universo fantástico do realizador que já nos trouxe histórias perturbadoras como Taxi Driver e Raging Bull.
Apesar de instalado num hospital psiquiátrico, Adam não é um mero doente como os outros e isso é contemplado de imediato. O porquê dessa situação é revelado de forma competente, através de flashbacks, ao longo de todo o filme. Mas além do argumento que se revelou um dos mais fortes que passou por esta edição do Fantasporto, Adam Renascido apresenta um forte elenco de onde se destacam três actores.
Jeff Goldblum (Independence Day) tem um desempenho psicótico e perturbador, interpretando muito bem o papel de Adam Stein, assombrado pelas memórias e pela própria consciência e sentido moral. Esta é uma das mais explosivas interpretações do ano.
Willem Dafoe (Shadow of the Vampire), por sua vez, resultou muito na sua pose austera e face psicótica, no papel de um perturbador oficial nazi e que em dois momentos distintos cruza a sua vida com a do protagonisma, de uma forma incomum para um filme com a temática do Holocausto.
Adam Renascido não é uma película fácil de definir. Aliás todo o argumento é complexo, enigmático e o mesmo se reflecte no elenco. É um drama poderoso sobre um sobrevivente do Holocausto, anterior artista de circo, que mergulhou no seu mundo próprio num hospital psiquiátrico. Uma viagem ao universo fantástico do realizador que já nos trouxe histórias perturbadoras como Taxi Driver e Raging Bull.
Apesar de instalado num hospital psiquiátrico, Adam não é um mero doente como os outros e isso é contemplado de imediato. O porquê dessa situação é revelado de forma competente, através de flashbacks, ao longo de todo o filme. Mas além do argumento que se revelou um dos mais fortes que passou por esta edição do Fantasporto, Adam Renascido apresenta um forte elenco de onde se destacam três actores.
Jeff Goldblum (Independence Day) tem um desempenho psicótico e perturbador, interpretando muito bem o papel de Adam Stein, assombrado pelas memórias e pela própria consciência e sentido moral. Esta é uma das mais explosivas interpretações do ano.
Willem Dafoe (Shadow of the Vampire), por sua vez, resultou muito na sua pose austera e face psicótica, no papel de um perturbador oficial nazi e que em dois momentos distintos cruza a sua vida com a do protagonisma, de uma forma incomum para um filme com a temática do Holocausto.
A curiosidade advém da personagem interpretada por Ayelet Zurer, que irá contracenar com Tom Hanks no filme Anjos e Demónios. O seu desempenho é excelente e a sua personagem mais original do que poderíamos imaginar, co-protagonizando algumas cenas exímias com a personagem Adam Stein. Ambos vivem uma relação estranha, mas que se conjuga perfeitamente no argumento.
Além da história inicial com a narrativa do Holocausto, em que longe dos horrores físicos, Adam é subjugado de forma desumana e animal, destaca-se a narrativa secundária em que a personagem encara o seu sofrimento passado como uma missão presente. Esta narrativa complementar faz recordar o filme L’Enfant Sauvage (1970) de François Truffaut, com todas as especificidades filosóficas e morais que isso envolve.
Paul Schrader tem em Adam Renascido uma excelente obra de realização, que encerrou de forma excelente o Fantasporto e que merece um visionamento atento por parte de todos.
Além da história inicial com a narrativa do Holocausto, em que longe dos horrores físicos, Adam é subjugado de forma desumana e animal, destaca-se a narrativa secundária em que a personagem encara o seu sofrimento passado como uma missão presente. Esta narrativa complementar faz recordar o filme L’Enfant Sauvage (1970) de François Truffaut, com todas as especificidades filosóficas e morais que isso envolve.
Paul Schrader tem em Adam Renascido uma excelente obra de realização, que encerrou de forma excelente o Fantasporto e que merece um visionamento atento por parte de todos.
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