Mostrar mensagens com a etiqueta FEST. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta FEST. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 30 de junho de 2014

"Mother of George" vence o Lince de Ouro no FEST 2014


O FEST - Festival Novos Cineastas | Novo Cinema 2014 premiou o filme Mother of George, de Andrew Dosunmu, com o Lince de Ouro para Melhor Longa-Metragem de Ficção. O filme segue a história de um casal de nigerianos-americanos em Brooklyn que enfrenta os desafios do casamento à medida que tenta gerir um pequeno restaurante e uma dificuldade em ter filhos.

Lince de Ouro - Melhor Longa-Metragem (Ficção)
Mother of George, de Andrew Dosunmu

Menção Honrosa - Longa-Metragem (Ficção)
Little Crushes, de Ireneusz Grzyb e Aleksandra Gowin & Cracks in Concrete, de Umut Dag

Lince de Ouro - Melhor Longa-Metragem (Documentário)
My Love Awaits Me by the Sea, de Mais Darwazah

Prémio do Público - Melhor Filme
Cracks in Concrete, de Umut Dag

Prémio do Público - Melhor Curta
Mother, de Lukasz Ostalski

Prémio C7nema (Prémio da Crítica)
Arabani, de Adi Adwan

Melhor Curta-Metragem (Ficção)
Mother, de Lukasz Ostalski

Menção Honrosa - Curta-Metragem (Ficção)
The Dinner, de Dimitris Argyriou & Tennis Girl, de Daniel Barosa

Melhor Curta-Metragem (Animação)
Rabbit and Deer, de Péter Vácz

Melhor Curta-Metragem (Experimental)
White Lies, de Felix Schaefer

Menção Honrosa - Curta-Metragem (Experimental)
Orpheus, de Alessandro Paratore e Sara Aretino

Melhor Curta-Metragem (Documentário)
Everything Will Be Different Now, de Josefien Hendricks

Menção Honrosa - Curta-Metragem (Documentário)
Boy, de Julie Bezerra Madsen

terça-feira, 2 de julho de 2013

Finlandês "Miss Blue Jeans" recebe o prémio Castelo de Prata no FEST 2013


O finlandês Miss Blue Jeans foi premiado em Espinho, no FEST - Festival Internacional de Cinema Jovem 2013, com o prémio Castelo de Prata, entregue ao melhor filme de ficção do certame. O prémio de Melhor Filme Português coube a O Reino, de Paulo Castilho.

Castelo de Prata - Ficção
Miss Blue Jeans, de Matti Kinnunen (Finlândia)

Castelo de Prata - Documentário
Fidaï, de Damien Ounouri (Algéria)

Prémio do Público - Ficção
Dragan Wende - East Berlin, de Dragan von Petrovic e Lena Muller (Sérvia)

Melhor Filme Português
O Reino, de Paulo Castilho (Portugal)

Melhor Curta - Ficção
Blackstory, de Christoph&Brunner (Alemanha)

Melhor Curta - Animação
The Hopper, de Alex Bruel Flagstack (Alemanha)

Melhor Curta - Experimental
Domicile, de Maéva Ranaivojoana (Alemanha)

Melhor Curta - Documentário
Pig Star, de Michael Angelov (Reino Unido)

Prémio do Público - Melhor Curta
Afro, de Ninja Thyberg (Suécia)

domingo, 8 de julho de 2012

Islandês "Volcano" vence o prémio Castelo de Prata no FEST 2012


Foram ontem anunciados, na sessão de encerramento, os filmes vencedores da secção competitiva do FEST 2012. O principal prémio do certame, o Castelo de Prata na categoria de Ficção, foi atribuído ao islandês Volcano, de Rúnar Rúnarsson. O filme, candidato da Islândia aos Óscares 2012, segue a história de um homem idoso que envelheceu longe dos seus filhos e que, agora reformado antecipadamente devido à doença da mulher, tenta reconciliar-se com a sua família e compensar o passado. O prémio de Melhor Filme Português foi atribuído à curta-metragem Love is The Answer for the Lack of Argument, de Jorge Quintela.

Castelo de Prata - Ficção
Volcano, de Rúnar Rúnarsson

Castelo de Prata - Documentário
The Kingdom of Mister Edhi, de Amélie Saillez

Melhor Curta-Metragem de Ficção
Confinópolis, de Raphael Araújo

Melhor Curta-Metragem de Animação
What Happens When Kids Don't Eat Soup, de Pavel Prewencki

Melhor Curta-Metragem Experimental
Combustion, de Renaud Hallee

Melhor Curta-Metragem Documental
ABC, de Valérie Mréjen

Melhor Filme Português
Love is the Answer for the Lack of Argument, de Jorge Quintela

Prémio do Público - Longa-Metragem
170 Hz, de Joost van Ginkel

Prémio do Público - Curta-Metragem
To All My Friends, de Behrouz Bigdeli

A partir das 17h de hoje serão exibidas todas as curtas-metragens vencedoras e às 22h será exibida a longa-metragem vencedora, Volcano. As sessões decorrerão na Sala Tempus, do Centro Multimeios de Espinho.

domingo, 1 de julho de 2012

FEST 2012: Os destaques


Começa hoje em Espinho, o FEST - Festival Internacional de Cinema Jovem 2012, um dos mais interessantes festivais nacionais pela forte componente educacional, promovendo masterclasses e workshops com objectivo de fornecer formação e promover o trabalho de criadores de todo o mundo. Agora na sua oitava edição, o FEST 2012 inicia hoje o seu programa com um dia dedicado à família e à população local com um programa direccionado a um público mais infantil, com workshops de cinema, pintura e sessões de cinema. 

São vários os workshops a serem dados durante esta edição, com áreas de acção e formadores distintos: Pitching (com o documentarista espanhol Guillermo García-Ramos), Televisão e Videoclips (com o realizador Brian Grant), Direcção de Actores (com o realizador de Ajami, o israelita Scandar Copti), Collaborative Filmmaking e Mapping (com Synes Elischka), Documentários (com o documentarista dinamarquês Anders Østergaard), Música para Filmes (com o teclista da banda Sigur Rós, Kjartan Sveinsson), Montagem (com o montador de Chicago, Martin Walsh e Sylvie Landra), O Género no cinema (com o cineasta português João Pedro Rodrigues), Design de Produção (com Laurence Bennett, nomeado ao Óscar por The Artist), Efeitos Especiais (com o português Sandro Henriques), Co-Produção de Curtas (com Wim Vanacker), Direcção de Fotografia (com Tom Stern, nomeado ao Óscar por Changeling), entre tantos outros.

Este ano o programa é bastante rico, com interessantes curtas-metragens de jovens realizadores portugueses (que já passaram pelo Shortcutz) e internacionais, mas são algumas das longas-metragens que passamos a destacar:

Primeira longa-metragem de Matthew Gordon que apresenta um retrato de uma América rural nos tempos modernos, centrado na história de um jovem de 14 anos que deseja ter uma família saudável. Porém, no Verão, a sua mãe desaparece e deixa-o a tomar conta do meio-irmão mais novo. Nomeado para dois Independent Spirit Awards (Melhor Fotografia e Prémio John Cassavetes). Filme de abertura do festival e em competição para o Castelo de Prata de Ficção.

Documentário musical sobre a história do surgimento do movimento punk como uma subcultura que lutou contra a segregação racial na África do Sul, Moçambique e Zimbábue. Fez parte da secção IndieMusic do Festival IndieLisboa 2012.

Depois de ter ganho o Óscar de Melhor Curta-Metragem com The Last Farm (2004), o islandês Rúnar Rúnarsson regressa com Volcano, filme multipremiado a nível internacional centrado na história de um homem idoso que envelheceu longe dos seus filhos e que agora reformado antecipadamente devido à doença da mulher, tenta reconciliar-se com a sua família e compensar o passado. Foi o candidato oficial islandês aos Óscares 2012.

O holandês Marco van Geffen, considerado um dos mais promissores jovens cineastas europeus, apresenta um filme sobre a história de uma au-pair polaca que começa a trabalhar numa pequena aldeia holandesa. Mas ao ter dificuldades em se relacionar com os seus anfitriões, acaba por se sentir cada vez mais alienada, ao mesmo tempo que carrega um terrível segredo.

Vencedor do Prémio do Público no Festival Nederlands 2011, o filme retrata a história de amor de dois adolescentes surdos-mudos. Quando os pais de Evy não concordam com a sua relação, planeiam fugir e esconder-se num local especial onde Evy vai tentar engravidar.

7 seX 7 (2011), de Irena Skoric
Primeira longa-metragem de Irena Skoric, 7 seX 7 é uma antologia de sete novelas eróticas, que no final estão interligadas entre si, abordando temáticas como a tensão sexual, dividindo-se entre comédia e drama.

Produção japonesa que fez furor a nível internacional, inclusive no Festival de Sundance 2012 e no Festival de Tóquio 2011, onde ganhou o prémio de Melhor Filme. About the Pink Sky é filmado a preto e branco e narra a história de Izumi, uma estudante que encontra uma carteira cheia de dinheiro na rua e que decide utilizá-lo. Porém, quando decide devolver a carteira ao dono, este exigi uma série de favores a Izumi.

Exibido no IndieLisboa 2012, o documentário segue os meses de um rigoroso ano de digressão do cantautor Andrew Bird, que termina em Chicago doente e lesionado. O filme apresenta um retrato da precária técnica de looping multi-instrumental e várias actuações ao vivo.

Produção australiana com um formato alternativo de financiamento. Através do sistema de crowdfunding, a produtora vendeu cada frame do filme por um dólar, disponibilizando depois o filme simultaneamente em DVD e através de torrent gratuito. The Tunnel é um thriller de terror que utiliza a técnica de found footage para centrar-se na história de uma equipa de jornalistas que investiga uns túneis abandonados no coração de Sidney.


O FEST 2012 decorre em Espinho de 1 a 8 de Julho.

domingo, 3 de julho de 2011

FEST 2011 - Festival Internacional de Cinema Jovem: Destaques: Os vencedores



Decorreu hoje a sessão de encerramento do FEST 2011 - Festival Internacional de Cinema Jovem na qual foram divulgados os vencedores do certame competitivo. O grande vencedor do festival foi Obselidia, de Diane Bell, um drama independente que venceu os prémios Alfred P. Sloan e Melhor Fotografia no Festival de Sundance 2010.

Curtas-metragens

Melhor Ficção
Autumn, de Ivo Costa (Portugal)

Melhor Documentário
“R” is for Realdoll, de Katja Niemi (Finlândia)

Melhor Experimental
Sister, de Michael Rittmannsberger (Áustria)

Melhor Animação
After Me, de Paul Emile Boucher, Thomas Bozovic, Madeleine Charruaud, Dorianne Fibleuil, Benjamin Flouw, Mickael Riciotti, Antonie Robert (França)

Melhor Trabalho Académico
Sonor, de Levin Peter (Alemanha)

Melhor Filme Português
Autumn, de Ivo Costa (Portugal)

Longas-metragens

Melhor Ficção
Obselidia, de Diane Bell (EUA)

Melhor Documentário
Superheroes, de Jack Romero (Alemanha)


Leia também:

terça-feira, 28 de junho de 2011

La Nana, por Tiago Ramos



Título original: La nana (2009)
Realização: Sebastián Silva
Argumento: Sebastián Silva e Pedro Peirano
Elenco: Catalina Saavedra, Claudia Celedón, Andrea García-Huidobro, Mariana Loyola, Agustín Silva e Alejandro Goic

A vitalidade do cinema sul-americano tem chegado, a bom tempo, cada vez mais perto dos cinéfilos. A própria abertura da Academia a este cinema (os Óscares 2010 foram um bom exemplo disso, com dois títulos presentes nos nomeados a melhor filme estrangeiro: o peruano La teta asustada e o argentino e vencedor do prémio El secreto de sus ojos), bem como as distribuidoras que começam a prestar maior atenção ao que de melhor se faz abaixo dos Estados Unidos têm contribuído para esta maior divulgação. La nana é uma dessas surpresas (ainda sem data de estreia em Portugal - mas exibido no FEST - Festival Internacional do Cinema Jovem). Oriundo do Chile, foi uma das grandes surpresas de 2009, recebendo inclusive uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

A rotina de uma emprega doméstica interna que trabalha ali há tanto tempo que já é parte integrante da família é fascinante. A câmara omnisciente de Sebastián Silva segue-a, sabendo avançar a narrativa apenas com imagens e fazer insinuações mesmo com o que não se vê. Em La nana são precisamente as sensações que fazem o filme. A câmara testemunha os acontecimentos daquela casa, gerida pela criada, de uma forma praticamente fetichista, cuja fotografia simples e quase amadora, imprime um grande sentido realista e verosímil.

O foco de La nana está no comportamento humano. Na forma como Raquel se anula a si mesma para servir os outros, mas como simultaneamente, se vê numa posição irreal. Vinte e quatro horas por dia a servir aquela família, vê-se tanto do lado de outro como do lado de fora, o que faz da sua personagem ainda mais característica. De notar a brilhante cena em que a obrigam a comemorar o seu aniversário em família, o que origina um interessante conflito de personalidade. Todo este trabalho Catalina Saavedra, grande revelação do cinema chileno, cuja expressão é mais reveladora que qualquer diálogo - daí que as falas de Raquel sejam curtas, mas eficazes. O sarcasmo e humor negro revelado pela sua personagem que tanto se sente demasiado auto-confiante, como se vê perdida entre um mundo que não é o dela, mas cuja longa permanência lhe tolda a percepção do mesmo. Não há um culpado em La nana, nem uma recriminação da figura patronal, nem condescendência pela figura assalariada. Daí cujo retrato social soe mais fidedigno, longe da propaganda política. Raquel é como se fosse da família, mas não o é. As contradições desta figura ora educadora e governanta, ora criada, que confunde noções de autoridade, é tão (positivamente) desinspirada que a torna numa das melhores personagens e interpretações do ano. Não é um estudo sociológico da profissão, mas mais da construção pessoal da personagem.

O lado cru do filme brutalmente real - nunca antes no cinema se recriou tão honestamente a vida de uma empregada doméstica - é contrabalançado por uma segunda parte mais humana, com a tentativa de reaprender a viver para si mesma. Porque se tudo estava feito para culminar numa tragédia, termina de uma forma modesta e sensível, mesmo que fácil.

Classificação:


domingo, 26 de junho de 2011

Hanna, por Tiago Ramos



Título original: Hanna (2011)
Realização: Joe Wright
Argumento: Seth Lochhead e David Farr
Elenco: Saoirse Ronan, Cate Blanchett e Eric Bana

Quem esteve atento à curta, mas interessante, filmografia de Joe Wright, certamente lhe terá parecido que o seu foco deveria estar no género de época. Este pensamento, talvez irreflectido e precipitado, terá que ver com a comparação entre duas interessantes obras do género - Pride & Prejudice (2005) e Atonement (2007) - e uma menos bem conseguida e altamente criticada - The Soloist (2009). Por isso é natural que quando pensámos em Hanna como a sua incursão ao universo dos filmes de acção, a sensação era um misto de curiosidade e temor. Temor nada mais que injustificado, já que Hanna não fica a dever a alguns dos filmes de acção que inundam as bilheteiras durante o ano, com o bónus de introduzir alguma novidade na forma como a exibe, deixando a marca de Joe Wright como autor.

É precisamente a forma como assume as rédeas da história, que torna Hanna num dos improváveis grandes filmes do ano. O cuidado visual confirma a direcção tomada com os seus filmes anteriores, mas o experimentalismo e o arrojo visual são uma novidade. A banda sonora dos The Chemical Brothers celebra a adrenalina da protagonista em simultâneo (destaque para um remix de In the Hall of the Mountain King). A música acompanha a tensão intensa, tal como a câmara de Joe Wright se multiplica em movimentos abruptos e arrojados. Slow motion, shaky cam, split screens, planos curtos e música intensa podem ser escolhas cliché quando falamos num filme de acção, mas nas mãos de Joe Wright adquirem em simultâneo alguma sensibilidade rara no género. Ainda para mais porque a fotografia - agora em parceria com Alwin H. Kuchler também auxilia nessa sensibilidade, algo que já é apanágio no cinema do cineasta.

Mas embora o cineasta tenha muito mérito, poderia não ter resultado não fosse a competência de Saoirse Ronan, uma das mais promissoras actrizes da sua geração e que já tem uma nomeação ao Óscar de Melhor Actriz Secundária no seu currículo, precisamente em conjunto com Joe Wright. Além de assumir perfeitamente o papel de protagonista badass - que garante uma sensação cool ao espectador - a actriz consegue também oscilar entre uma ingenuidade comovente, assim como cenas de grande comic relief. Cate Blanchett e Eric Bana não estão mal, mas não chegam sequer perto da qualidade do desempenho da jovem. Um destaque para a subvalorizada Olivia Williams. Apesar da sua personagem ser secundária e sem grande importância para a história, o seu charme e inteligência são impossíveis de descurar.

O único problema é que o filme é longo demais para o argumento que tem em mãos. Uma história de acção high-tech à mistura com alguma ficção-científica, potencialmente interessante, mas que deixa demasiadas pontas soltas que, se bem utilizadas, poderiam servir para aumentar o mistério em redor da trama, mas que neste caso, a tornam inconclusiva. Porque se a primeira metade da história traz-nos uns interessantes rasgos de acção, quando equilibrada com uma narrativa mais ligeira e algo cómica, a dada altura, torna-se vazio e repentino. O que é pena porque se temos aqui um bom filme, poderíamos ter tido um excelente.

Classificação:

´

domingo, 5 de junho de 2011

FEST 2011 - Festival Internacional de Cinema Jovem: Destaques



Na sua sétima edição, o FEST é mais que um mero festival de cinema. Na sua carta de intenções incluem-se, além de uma competição oficial de filmes, a partilha de informações e experiências através da sua vertente académica. De seu sufixo Festival Internacional de Cinema Jovem, o festival destaca-se pela sua secção Training Ground, onde se incluem uma série de workshops e masterclasses e que resulta num importante evento de formação.

O FEST 2011 traz este ano nomes sonantes: o português Eduardo Serra (nomeado para o Óscar de Melhor Fotografia por The Wings of the Dove e Girl with a Pearl Earring) dará uma masterclass sobre a manipulação da luz na direcção de fotografia; o editor de som David MacMillan (vencedor de três Óscares de Melhor Som por The Right Stuff, Speed e Apollo 13); o britânico Marc Price, realizador de Colin (2008) - produzida com apenas 50€ - que vai orientar uma masterclass em produção de cinema com poucos recursos; os espanhóis Víctor García León (Mas Que Pena Gloria) e Guillermo García-Ramos falarão sobre interpretação dramática e desenvolvimento de produção e guião, respectivamente. A eles juntam-se ainda a editora Juliette Welfling - nomeada ao Óscar de Melhor Montagem por O Escafandro e a Borboleta e vencedora de quatro prémios César - que dará uma masterclass sobre edição; Eugenio Cabellero, vencedor de um Óscar de Melhor Direcção Artística por El Laberinto del Fauno, leccionará sobre Design de Produção, entre tantos outros. Haverão ainda diversas lab rooms com temas como filmar com DSLRS, maquilhagem com poucos recursos, pitching, técnicas de caracterização e argumento.

No que diz respeito aos filmes, o programa incluirá na sua secção competitiva uma série de curtas-metragens oriundas de mais de 19 países. O filme contará ainda com uma mostra de longas-metragens, incluídas em várias secções como Castelo de Prata Ficção e a retrospectiva Panorama Light and Sound. Organizamos aqui uma série de destaques cinematográficos do programa do festival que decorrerá de 26 de Junho a 03 de Julho na cidade de Espinho:

Hanna (2011), de Joe Wright

Depois de uma recepção fraca por parte da crítica e público com The Soloist (2009), o britânico Joe Wright volta a ambientar-se num mundo contemporâneo e explorar o cinema de acção, voltando a trabalhar com Saoirse Ronan, depois desta ter sido nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária por Atonement (2007). No filme que fará parte da sessão de abertura do FEST 2011, seguimos a história uma criança de 14 anos que foi criada pelo seu pai para ser uma fria máquina de matar, mas que acaba por relacionar-se com uma família francesa que a ajuda a seguir uma vida mais convencional. Ao elenco juntam-se Eric Bana (Star Trek), Cate Blanchett (The Aviator), Olivia Williams (The Ghost Writer) e Tom Hollander (The Soloist). O filme conta com banda sonora original dos The Chemical Brothers.

La Nana (2009), de Sebastián Silva

Nomeado para um Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, o chileno La Nana venceu ainda inúmeros prémios internacionais, especialmente devido à soberba e fracturante interpretação de Catalina Saavedra como uma empregada que trabalha há 23 anos em casa da mesma família e que subitamente se vê insegura na sua posição naquela casa. Infelizmente não chegou a ser o candidato do Chile aos Óscares 2010, mas tinha boas hipóteses de ser nomeado.

Da Croácia chega uma aposta diferente. Uma comédia negra com traços de terror e thriller e raízes nos slashers movies, vencedora do prémio para Melhor Guarda-Roupa e Melhor Montagem no 57.º Festival Nacional de Pula, na Croácia. A história começa quando o novo patrão de uma agência de marketing organiza um fim-de-semana de rafting e paintball para os seus empregados, com o intuito de organizarem exercícios de teambuilding.

Filme de estreia do polaco Tomasz Emil Rudzik, cuja inspiração surgiu após morar num bloco de apartamentos na Alemanha. No filme seguimos a vida de três estudantes estrangeiros que procuram aceitação. Os seus caminhos cruzam-se no elevador de um edifício para estudantes em Munique.

Este drama independente narra a história de um livreiro empenhado em construir uma enciclopédia de aparelhos obsoletos e um jovem projeccionista de cinema mudo que decidem ir até ao Death Valley entrevistar um cientista recluso que prevê a quase extinção da população devido às alterações climáticas. O filme venceu os prémios Alfred P. Sloan e Melhor Fotografia no Festival de Sundance 2010.

Filme finlandês, vencedor do Prémio Castelo de Prata no FEST 2009, que conta a história de um jovem de 14 anos que, depois de uma infância traumática numa série de lares adoptivos, é colocado numa escola de correcção. The Home of Dark Butterflies foi o candidato da Finlândia aos Óscares 2008.

Bal-Can-Can (2006), de Darko Mitrevski
Co-produção entre a Macedónia, Itália e Reino Unido, Bal-Can-Can é uma comédia negra sobre um homem que foge da guerra. Durante essa fuga acaba por enrolar a sogra recém-falecida num tapete que entretanto desaparece. No filme seguimos a sua jornada em busca do tapete.

Wristcutters: A Love Story (2006), de Goran Dukic

Na história seguimos Zia, uma jovem norte-americano que após se suicidar acaba a viver no limbo. É lá que acaba por encontrar um ex-músico russo, que descobre que a sua ex-namorada se suicidou um mês depois dele. Ambos partem numa jornada em sua busca. Wristcutters: A Love Story é um road movie em busca do amor.