Título original: Mes Stars et Moi
Realização: Laetitia Colombani
Argumento: Laetitia Colombani
Elenco: Kad Merad, Catherine Deneuve, Emmanuelle Béart, Mélanie Bernier, Maria de Medeiros e Scali Delpeyrat
Perante provas da vitalidade da indústria francesa de cinema, como é de facto este As minhas estrelas, a única pergunta que subsiste é como podem continuar a estrear tão poucos títulos por cá, optando-se ao invés por estrear filmes de origem norte-americana cuja relevência e capacidade para chamar público é nula - e basta pensar em Redline, estreado recentemente.
Perante provas da vitalidade da indústria francesa de cinema, como é de facto este As minhas estrelas, a única pergunta que subsiste é como podem continuar a estrear tão poucos títulos por cá, optando-se ao invés por estrear filmes de origem norte-americana cuja relevência e capacidade para chamar público é nula - e basta pensar em Redline, estreado recentemente.
As minhas estrelas é um filme determinado a reflectir com humor nas relações extremadas que se criam entre as estrelas de cinema e os seus fãs, bem como na condição comportamental das próprias estrelas no interior do seu mundo fechado.
Porque não é apenas Robert (Kad Merad) que vive obcecado com as estrelas. Também elas vivem obcecadas consigo próprias.
E se ele se resigna a uma vida de perseguição distante das três actrizes, também elas se resignam a situações incomportáveis nas suas próprias vidas.
Porque não é apenas Robert (Kad Merad) que vive obcecado com as estrelas. Também elas vivem obcecadas consigo próprias.
E se ele se resigna a uma vida de perseguição distante das três actrizes, também elas se resignam a situações incomportáveis nas suas próprias vidas.
Mas nessa reflexão, este filme não se afasta da concepção de filme popular.
Não há nenhuma cisão entre o tipo de público que pode e pretende atingir.
Trata-se, no fundamental, de uma comédia de costumes, com a sua lição de como todos temos algo a aprender com quem nos rodeia, por mais bizarro que o processo possa ser.
Não há nenhuma cisão entre o tipo de público que pode e pretende atingir.
Trata-se, no fundamental, de uma comédia de costumes, com a sua lição de como todos temos algo a aprender com quem nos rodeia, por mais bizarro que o processo possa ser.
O resultado, apesar de algum humor falhado, é prazeroso, refrescante e divertido.
Kad Merad volta a revelar o seu talento cómico, depois de já se ter destacado em Paris 36 - num papel que, apesar de secundário, era o mais ricamente conseguido - no seio de uma tríade de actrizes plenas de classe, que se passeiam pelo ecrã com graciosidade e acerto.
Kad Merad volta a revelar o seu talento cómico, depois de já se ter destacado em Paris 36 - num papel que, apesar de secundário, era o mais ricamente conseguido - no seio de uma tríade de actrizes plenas de classe, que se passeiam pelo ecrã com graciosidade e acerto.
Um cinema sobre cinema, para todos os públicos.
Ou, se preferirem, a prova de que não há forma de se saber o que quer o público (especializado e não especializado, se é que tais coisas existem) fazendo cinema com algo para contar.
Ou, se preferirem, a prova de que não há forma de se saber o que quer o público (especializado e não especializado, se é que tais coisas existem) fazendo cinema com algo para contar.
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