Elenco: Ryan Reynolds, Willem Dafoe, Emily Watson, Carrie-Anne Moss, Julia Roberts e Hayden Panettiere
Dennis Lee tem aqui uma interessante história familiar que se passeia pelo tempo cronológico e emocional, à medida que as personagens vão evoluindo de um estado de luto e tragédia para um estágio final de bem-estar com o seu eu pessoal e posteriormente colectivo.
Numa dissecação exaustiva e complexa de cada personagem acabamos por entrar no mundo dos Taylor e os seus parentescos, que nos remetem para um desequilíbrio pessoal, numa altura em que toda uma família entra em crise e se separa, ressuscitando os fantasmas passados, como única forma de se redimir no presente.
Dennis Lee consegue assim um retrato interessante, embora não perfeito, da disfunção familiar que faz o próprio espectador se reconhecer em determinadas cenas ou personagens. A realização é um tanto inexperiente, mas não cai no erro de criar um filme demasiado melodramático, apesar de reunir alguns dos ingredientes que o poderiam tornar demasiado abusivo.
O que por muitos é apelidado de inconsistências e lacunas no argumento é, a meu ver, uma tentativa de dar ao espectador margem de manobra para criar as suas próprias especulações e teorias sobre o que realmente se passou com as personagens. E isso é dar ao espectador um papel activo, factor a que muitos não dão importância.
O elenco é todo ele de luxo, o que acaba por prejudicar o desempenho individual de cada um, mas criando boas interpretações no geral e de forma colectiva. Embora o talento de alguns seja subaproveitado, destaca-se a prestação de Willem Dafoe e Ryan Reynolds, dupla que fornece alguns dos mais interessantes conflitos familiares. É também sempre bom vermos Carrie-Anne Moss no grande ecrã, pena que não tenha sido dado grande enfoque à sua personagem.
No geral, Um Segredo Muito Nosso é um filme agradável, perspicaz e interessante que, não sendo uma obra-prima, revela-se um bom trabalho pela parte de Denis Lee.
Numa dissecação exaustiva e complexa de cada personagem acabamos por entrar no mundo dos Taylor e os seus parentescos, que nos remetem para um desequilíbrio pessoal, numa altura em que toda uma família entra em crise e se separa, ressuscitando os fantasmas passados, como única forma de se redimir no presente.
Dennis Lee consegue assim um retrato interessante, embora não perfeito, da disfunção familiar que faz o próprio espectador se reconhecer em determinadas cenas ou personagens. A realização é um tanto inexperiente, mas não cai no erro de criar um filme demasiado melodramático, apesar de reunir alguns dos ingredientes que o poderiam tornar demasiado abusivo.
O que por muitos é apelidado de inconsistências e lacunas no argumento é, a meu ver, uma tentativa de dar ao espectador margem de manobra para criar as suas próprias especulações e teorias sobre o que realmente se passou com as personagens. E isso é dar ao espectador um papel activo, factor a que muitos não dão importância.
O elenco é todo ele de luxo, o que acaba por prejudicar o desempenho individual de cada um, mas criando boas interpretações no geral e de forma colectiva. Embora o talento de alguns seja subaproveitado, destaca-se a prestação de Willem Dafoe e Ryan Reynolds, dupla que fornece alguns dos mais interessantes conflitos familiares. É também sempre bom vermos Carrie-Anne Moss no grande ecrã, pena que não tenha sido dado grande enfoque à sua personagem.
No geral, Um Segredo Muito Nosso é um filme agradável, perspicaz e interessante que, não sendo uma obra-prima, revela-se um bom trabalho pela parte de Denis Lee.
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