Título original: Arena
Realização: João Salaviza
Argumento: João Salaviza
Elenco: Carloto Cotta, Rodrigo Madeira e Rafael Sardo
Antes de mais vale a pena assinalar o notável que é poder ter-se uma curta-metragem portuguesa a estrear em circuito comercial.
Deveria acontecer mais vezes e não apenas quando um prémio de dimensão inegável a tal "obriga".
Se é verdade que em alguns casos a Atalanta Filmes tem-no feito, a realidade é que esta é uma rara possibilidade.
Deveria acontecer mais vezes e não apenas quando um prémio de dimensão inegável a tal "obriga".
Se é verdade que em alguns casos a Atalanta Filmes tem-no feito, a realidade é que esta é uma rara possibilidade.
Arena tem os seus méritos, sendo o maior deles todos a descoberta de uma grandiosidade que jorra de um espaço tão arquitectonicamente fechado como é o bairro escolhido para filmar.
A arena em que Mauro procura recuperar o seu dinheiro é opressiva e labiríntica, mas à medida que ele a percorre, Salaviza parece capaz de encontrar uma nova perspectiva sobre o espaço.
Como se esta construção terrena e ignorada pretende-se enquadrar o céu (falo da cena passada nas duas pontes de ligação) ou atingi-lo como numa nova e desolada Babel (a cena do estacionamento).
A arena em que Mauro procura recuperar o seu dinheiro é opressiva e labiríntica, mas à medida que ele a percorre, Salaviza parece capaz de encontrar uma nova perspectiva sobre o espaço.
Como se esta construção terrena e ignorada pretende-se enquadrar o céu (falo da cena passada nas duas pontes de ligação) ou atingi-lo como numa nova e desolada Babel (a cena do estacionamento).
Mas se a concepção visual é notável, é incompreensível que o argumento pareça tão pobre.
Há uma falta de conexão entre a indicação inicial e os eventos posteriores, pois Mauro, estando em prisão domiciliária, não pode sair de casa para deitar o lixo mas consegue depois percorrer o bairro à vontade sem limites de espaço.
Salaviza descobriu uma grandeza na arena que definiu para o seu filme, mas parece ter definido mal o lutador que nela inseriu.
Arena é uma interessante obra, embora não pareça justificar em pleno o prémio que recebeu.
Há uma falta de conexão entre a indicação inicial e os eventos posteriores, pois Mauro, estando em prisão domiciliária, não pode sair de casa para deitar o lixo mas consegue depois percorrer o bairro à vontade sem limites de espaço.
Salaviza descobriu uma grandeza na arena que definiu para o seu filme, mas parece ter definido mal o lutador que nela inseriu.
Arena é uma interessante obra, embora não pareça justificar em pleno o prémio que recebeu.
Onde conseguiste ver a curta?
ResponderEliminarGostava bastante de o fazer...
Obrigado :)
RBranco,
ResponderEliminarDe momento a curta está a ser exibida nos cinemas antes do novo filme de Ang Lee, Taking Woodstock.
Ficou respondido pelo Tiago.
ResponderEliminarE a crítica de Taking Woodstock também já anda por aí.
;)
Obrigado :D
ResponderEliminarE perdoem-me a ignorância !
Excelente trabalho, mais uma vez