Título original: Contrato
Realização: Nicolau Breyner
Argumento: Pedro Bandeira-Freire
Elenco: Pedro Lima, Cláudia Vieira, Vítor Norte, José Wallenstein, Nicolau Breyner e Sofia Aparício
Editora: Hora Mágia, Lda.
Para lá de quaisquer valores de produção, falar de Contrato é falar de uma das piores produções portuguesas de tempos recentes.
Não pretendo sequer abordar a qualidade daquilo que constitui a técnica da obra – dos efeitos especiais às técnicas de filmagem, parece tudo bastante pobre.
Isso poderia ser desculpado com a simples inexistência de um investimento nacional no desenvolvimento dessas qualidades técnicas.
Isso poderia ser desculpado com a simples inexistência de um investimento nacional no desenvolvimento dessas qualidades técnicas.
O pior deste filme vem da forma como ele repassa todos os clichés do filme de acção, como ridiculamente joga os seus trunfos (leia-se twists mirabolantes) num pretenso thriller ou como cai rapidamente na ideia de chamar espectadores ao cinema com uma exposição sexual desnecessária a roçar o softcore.
O pior deste filme vem das interpretações amadoras e afectadas que não raras vezes colocam o espectador a rir despropositadamente (Wallenstein é a digna excepção).
O pior deste filme vem da sua global falta de nexo que constitui a sua hora e meia de duração.
O pior deste filme vem da sua global falta de nexo que constitui a sua hora e meia de duração.
Seja o diálogo inicial, ridículo como se um imitador de Quentin Tarantino tiveses escrito algo para uma versão de segunda categoria de Humphrey Bogart, durante uma má trip de LSD; seja a falta de lógica interna do comportamento das duas personagens centrais, ridículo como qualquer má desculpa para o início de um filme pornográfico; ou sejam as personagens singulares, ridículas como caricaturas de uma produção de série Z…
É tudo mau demais para ser verdade.
É tudo mau demais para ser verdade.
Nicolau Breyner teve muito pouco sorte com o filme que lhe serviu de estreia na realização.
O argumento é um nulo absoluto de onde seria impossível retirar algo mais do que um filme péssimo.
E isto mesmo se tentassem – como Nicolau tentou com alguma sabedoria mas sem grande talento – compor as cenas com o máximo de dignidade.
O argumento é um nulo absoluto de onde seria impossível retirar algo mais do que um filme péssimo.
E isto mesmo se tentassem – como Nicolau tentou com alguma sabedoria mas sem grande talento – compor as cenas com o máximo de dignidade.
Dizer que o filme foi inspirado na obra de Dennis McShade/Dinis Machado deverá somente ofender o autor!
Extras
Vi Contrato em 10 minutos. Não aguentei ficar a ver o "pseudo" filme. Dizer que é mau ... já é um elogio!!
ResponderEliminar