Argumento: Richard Eyre
O melhor de O Outro Homem é sempre a promessa do que vamos ver, mas seja porque o texto original era demasiado breve para uma longa-metragem ou porque Richard Eyre não soube tirar o melhor partido do material que tinha à disposição, as expectativas geradas por essa promessa nunca se cumprem.
Há algumas cenas que parecem preparadas para constituirem um grandioso retrato do confronto entre os dois homens, como aquelas em que jogam xadrez com toda a racionalidade enquanto se degladiam e enganam levados pelo amor a uma mulher que já morreu e de que ambos querem possuir o entendimento.
Mas essas cenas parecem perdidas num longo espaço em branco de insinuações que parecem criadas para completar um texto que não teria a dimensão suficiente para uma longa-metragem.
Insinuações que não resultam em nada mais do que pequenos pedaços perdidos de narrativa.
Mas essas cenas parecem perdidas num longo espaço em branco de insinuações que parecem criadas para completar um texto que não teria a dimensão suficiente para uma longa-metragem.
Insinuações que não resultam em nada mais do que pequenos pedaços perdidos de narrativa.
Até o excelente duo de actores masculino parece pouco convincente nas suas composições, sobretudo Neeson, que ora está exagerado ora apagado.
Estão ambos perdidos nos espaços vazios que o seu confronto deveria preencher. Estão abandonados sem o outro para lhes fazer frente.
Felizmente que Laura Linney está mais luminosa, uma secundária de luxo a deixar bem vincadas na memória as suas breves cenas.
Estão ambos perdidos nos espaços vazios que o seu confronto deveria preencher. Estão abandonados sem o outro para lhes fazer frente.
Felizmente que Laura Linney está mais luminosa, uma secundária de luxo a deixar bem vincadas na memória as suas breves cenas.
O Outro Homem tem a qualidade de um grande melodrama mas não tem a eloquência para lidar com ele.
O seu desfecho é absolutamente anti-climático, como se o realizador e os actores desistissem de súbito de defender as personagens e a história em que não acreditavam já.
Sentimos que havia muito a dizer só que não o souberam encontrar.
O seu desfecho é absolutamente anti-climático, como se o realizador e os actores desistissem de súbito de defender as personagens e a história em que não acreditavam já.
Sentimos que havia muito a dizer só que não o souberam encontrar.
Sem comentários:
Enviar um comentário