Realização: Pedro Almodóvar
Argumento: Pedro Almodóvar
Elenco: Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo e Chus Lampreave
Existe um encadeamento de ideias assentes num mistério recheado de fé e crendices populares que confere a Volver - Voltar uma novidade no Cinema de Almodóvar. É uma história de paralelismos entre Mãe e Filha, uma segunda versão de Todo sobre mi madre (1999), um generation gap que resulta numa viagem colorida, um pouco mais distante da movida de Madrid e mais dedicado à Espanha rural.
É um filme que aborda o regresso às origens e ao Passado, que funciona como redenção com destino ao Futuro. É uma história de Amor obsessivo, o amor de Raimunda por Paula e de Irene por Raimunda, é um jogo de espelhos, um dominó de sucessões. Mas além da obsessão pelo Amor, há também um sentimento obsessivo pela Morte. A Morte é, afinal de contas, o mote de todo o argumento de Pedro Almodóvar.
Cineasta este que emerge numa espécie de conto fantasmagórico, um thriller sobre as crenças populares, mas que infelizmente não sabe ao seu melhor. Pedro Almodóvar apenas confere uma nova cor a um melodrama já requentado demasiadas vezes, dando origem àquilo que considero um filme menor do realizador. É um filme que consegue ser bom apenas suportado pelas interpretações femininas. É mesmo o seu filme mais feminino, "baseado nas mulheres da minha vida", disse Almodóvar a propósito ou como diria Raimunda "cosas de mujeres".
Carmen Maura tem um excelente regresso à ribalta, que consegue oscilar seguramente entre o drama e a comédia. E depois temos uma Penélope Cruz ainda mais genuína, mais rica, forte e poderosa, confirmando que se renova quando dirigida por Pedro Almodóvar. Uma bem merecida nomeação para o Óscar de Melhor Actriz.
E depois temos a fotografia de Volver. Rica, colorida, moderna e rural, folclórica e contemporânea, num fascinante equilíbrio. E temos também uma interessante banda sonora da autoria de Alberto Iglesias, mas que não é o seu melhor.
Mas o maior problema é que o argumento do filme não está à altura da realização. Nota-se uma grande diferença em termos narrativo, numa ineficaz transição entre o melodrama e a comédia de Almodóvar. Ainda bem que as chicas de Almodóvar conseguem dar uma imagem mais coesa ao seu argumento.
Volver - Voltar é fascinante, mas não tanto como algumas das suas outras obras.
É um filme que aborda o regresso às origens e ao Passado, que funciona como redenção com destino ao Futuro. É uma história de Amor obsessivo, o amor de Raimunda por Paula e de Irene por Raimunda, é um jogo de espelhos, um dominó de sucessões. Mas além da obsessão pelo Amor, há também um sentimento obsessivo pela Morte. A Morte é, afinal de contas, o mote de todo o argumento de Pedro Almodóvar.
Cineasta este que emerge numa espécie de conto fantasmagórico, um thriller sobre as crenças populares, mas que infelizmente não sabe ao seu melhor. Pedro Almodóvar apenas confere uma nova cor a um melodrama já requentado demasiadas vezes, dando origem àquilo que considero um filme menor do realizador. É um filme que consegue ser bom apenas suportado pelas interpretações femininas. É mesmo o seu filme mais feminino, "baseado nas mulheres da minha vida", disse Almodóvar a propósito ou como diria Raimunda "cosas de mujeres".
Carmen Maura tem um excelente regresso à ribalta, que consegue oscilar seguramente entre o drama e a comédia. E depois temos uma Penélope Cruz ainda mais genuína, mais rica, forte e poderosa, confirmando que se renova quando dirigida por Pedro Almodóvar. Uma bem merecida nomeação para o Óscar de Melhor Actriz.
E depois temos a fotografia de Volver. Rica, colorida, moderna e rural, folclórica e contemporânea, num fascinante equilíbrio. E temos também uma interessante banda sonora da autoria de Alberto Iglesias, mas que não é o seu melhor.
Mas o maior problema é que o argumento do filme não está à altura da realização. Nota-se uma grande diferença em termos narrativo, numa ineficaz transição entre o melodrama e a comédia de Almodóvar. Ainda bem que as chicas de Almodóvar conseguem dar uma imagem mais coesa ao seu argumento.
Volver - Voltar é fascinante, mas não tanto como algumas das suas outras obras.
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