Sujidade & Sabedoria segue pequenos pormenores de vidas de personagens que estão à deriva, em busca de um sonho que sabem bem qual é mas que não conseguem definir no interior das suas vidas.
São personagens que buscam apenas para se contentarem e sujeitarem às poucas hipóteses que a vida lhes atira.
São personagens que buscam apenas para se contentarem e sujeitarem às poucas hipóteses que a vida lhes atira.
Sujidade e Sabedoria vive de fulgores criativos, ideias que Madonna vai tendo, repletas de um imaginário sexual e cabarético.
Mas são ideias quase a vulso, que poderiam ser vários pequenos contos, cada um pertencente a uma nova personagem, mas que Madonna tenta ligar para definir pequenos microcosmos de uma mão cheia de personagens orbitando as vidas umas das outras.
Mas são ideias quase a vulso, que poderiam ser vários pequenos contos, cada um pertencente a uma nova personagem, mas que Madonna tenta ligar para definir pequenos microcosmos de uma mão cheia de personagens orbitando as vidas umas das outras.
Madonna atira-se a isto com cuidado visual, embora os terrenos que pisa já não sejam nem choque nem sedução.
As transgressões destas personagens são cada vez mais evidências visuais modernas e banalizadas.
E, por isso, faz tanta falta um mais bem definido sentido de unidade para tantas eventualidades, para justificar que o filme se pareça algo mais do que um catálogo das tais transgressões.
As transgressões destas personagens são cada vez mais evidências visuais modernas e banalizadas.
E, por isso, faz tanta falta um mais bem definido sentido de unidade para tantas eventualidades, para justificar que o filme se pareça algo mais do que um catálogo das tais transgressões.
Mas a verdadeira tristeza deste filme é que Madonna convoca, evidentemente, o imaginário dos Gogol Bordello para o filme mas não consegue extrair o máximo da música.
Madonna, por aquilo que sabemos da sua personalidade e carreira, não seria apenas mais um caso de curiosidade ao estrear-se como realizadora, mas ainda precisa de mais investimento para se tornar na Autora - dentro de um universo que já é muit seu - que parece querer ser.
Madonna, por aquilo que sabemos da sua personalidade e carreira, não seria apenas mais um caso de curiosidade ao estrear-se como realizadora, mas ainda precisa de mais investimento para se tornar na Autora - dentro de um universo que já é muit seu - que parece querer ser.
Vi esse filme da Madonna a realizadora, aqui há uns meses atrás num canal TVCine e devo dizer que achei ao inicio um filme muito fraco mas contudo, á medida que o filme ia avançando acabei por gostar do filme. Este filme curiosamente tem muito mais do estilo europeu que do americano. Acabou no fim por fazer sentido a forma como inicia, na verdade o fim do filme aparece logo ao inicio... eu gostei mas não é filme para se ver muitas vezes. Mas sem dúvida que parece que a Madonna arranjou diversos avatars nestas personagens para as várias facetas da sua carreira. É isso que o torna curioso...
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