Ágora é um filme recheado mas nem por isso com uma identidade definida.
O filme está tripartido entre o relato de um triângulo amoroso, a história de uma filósofa realmente à frente do seu tempo e a lição para as gerações presentes sobre o valor do conhecimento e o risco do fundamentalismo.
Tudo isto está junto mas não se chega a interligar de forma a que o todo se eleve para lá das suas partes.
O filme está tripartido entre o relato de um triângulo amoroso, a história de uma filósofa realmente à frente do seu tempo e a lição para as gerações presentes sobre o valor do conhecimento e o risco do fundamentalismo.
Tudo isto está junto mas não se chega a interligar de forma a que o todo se eleve para lá das suas partes.
A culpa é do argumento que se quer muito abrangente mas que na verdade é mais disperso e quebrado do que outra coisa.
Temos sempre a sensação que o argumento tem uma pretensão enorme mas que o seu discurso é mera retórica.
Mas é também de Alejandro Amenábar enquanto realizador que se deslumbrou com a bela reprodução de um mundo que já não existe e se deixou levar por uma vontade demasiado grande de a exibir.
Temos sempre a sensação que o argumento tem uma pretensão enorme mas que o seu discurso é mera retórica.
Mas é também de Alejandro Amenábar enquanto realizador que se deslumbrou com a bela reprodução de um mundo que já não existe e se deixou levar por uma vontade demasiado grande de a exibir.
Só que a exibição é o menos, pois Amenábar sempre que pode enche o filme de floreados - os planos de aproximação à Terra a partir do Espaço são os mais evidentes - que querem tornar mais evidente a dimensão eterna e "maior que a vida" do relato e da mensagem do realizador. Na verdade, tais floreados são de uma inutilidade que os torna irritantes ao longo do filme.
No seio deste desnorte, só mesmo a interpretação de Rachel Weisz se afasta da mediania. É um prazer observá-la, luminosa de uma forma discreta.
Isso não é, no entanto, suficiente para que Ágora deixe uma marca para lá do final dos créditos.
No seio deste desnorte, só mesmo a interpretação de Rachel Weisz se afasta da mediania. É um prazer observá-la, luminosa de uma forma discreta.
Isso não é, no entanto, suficiente para que Ágora deixe uma marca para lá do final dos créditos.
fraquissima esta crítica. O autor dela não captou o conteúdo da história. Não digo que o filme seja realmente bom, ele é fraco. Mas a critica que escreveram aqui é mais fraca ainda. Não se deu nem ao trabalho de ler um pouco sobre o que é Ágora, qual a importancia dela no contexto do filme, e porque colocaram a filósofa como papel central. Não falou nada a respeito do filme discutir cientifiscismo contra religião, nem teve o trabalho de fundamentar um pouquinho mais o conteúdo a respeito do fundamentalismo, também algo que o filme discute muito bem. Com certeza a pessoa que escreveu deve ser jornalista. Patética, nunca mais entro aqui só por causa desta crítica. Voce é um campeão.!
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