Título original: It's Complicated
Realização: Nancy Meyers
Argumento: Nancy Meyers
É interessante ver a argúcia com que Nancy Meyers vem rasgando o preconceito geracional Hollywoodiano através do modelo da comédia romântica.
Ao reatribuir os propósitos românticos aos casais que atravessam as idades entre 40 (ou a caminho) e 60 anos, ela vai discutindo o papel que estas gerações ainda tâm na indústria que, em geral, para um género tão "consumível" procura sempre os casais mais "frescos".
Nancy Meyers trabalho no género mantendo-o fiel a uma ideia clássica que não arrisca nem falha.
Ela não é uma realizadora com uma imaginação fresca, tem antes um domínio sereno das características do género e uma mão-cheia de piadas que quando não funcionam não é por não terem graça, mas por não terem novidade já.
Ao reatribuir os propósitos românticos aos casais que atravessam as idades entre 40 (ou a caminho) e 60 anos, ela vai discutindo o papel que estas gerações ainda tâm na indústria que, em geral, para um género tão "consumível" procura sempre os casais mais "frescos".
Nancy Meyers trabalho no género mantendo-o fiel a uma ideia clássica que não arrisca nem falha.
Ela não é uma realizadora com uma imaginação fresca, tem antes um domínio sereno das características do género e uma mão-cheia de piadas que quando não funcionam não é por não terem graça, mas por não terem novidade já.
Claro que convocando para o jogo um trio de actores de elevado calibre, a tarefa de fazer ir torna-se mais simples, mesmo com piadas reutilizadas.
Um Steve Martin com a sua habitual verve, um Alec Baldwin a confirmar que já há muito que deveria andar a fazer papéis cómicos assim e uma Meryl Streep com rédea solta a divertir-se tanto a si mesma quanto a nós, são garantia de um filme aprazível onde ninguém leva demasiado a sério o trabalho entre mãos, mas antes deixa que a química genuína passe da vida real para o ecrã.
Um Steve Martin com a sua habitual verve, um Alec Baldwin a confirmar que já há muito que deveria andar a fazer papéis cómicos assim e uma Meryl Streep com rédea solta a divertir-se tanto a si mesma quanto a nós, são garantia de um filme aprazível onde ninguém leva demasiado a sério o trabalho entre mãos, mas antes deixa que a química genuína passe da vida real para o ecrã.
Numa história pouco evidente sobre a possibilidade do amor para lá do divórcio - onde, aliás, este serve de catárse aos erros que tem o casamento - com a química já mencionada é fácil de conseguir um bom efeito, senão cómico, pelo menos de boa disposição geral.
O filme, seguro e eficaz, não revoluciona mas agrada, o que pode bem ser o seu objectivo último.
E se ignorarmos a "aberração" da Disney com que se estreou, The Parent Trap, é seguro dizer que Nacy Meyers se afirmou como uma das últimas guardiãs de um género altamente banalizado.
Que tenha agora chegado ao seu melhor filme é apenas um prenúncio de que mais alguns bons passos poderão ser dados para benefício de quem frequenta as salas.
O filme, seguro e eficaz, não revoluciona mas agrada, o que pode bem ser o seu objectivo último.
E se ignorarmos a "aberração" da Disney com que se estreou, The Parent Trap, é seguro dizer que Nacy Meyers se afirmou como uma das últimas guardiãs de um género altamente banalizado.
Que tenha agora chegado ao seu melhor filme é apenas um prenúncio de que mais alguns bons passos poderão ser dados para benefício de quem frequenta as salas.
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