Título original: Shrink
Realização: Jonas Pate
Argumento: Thomas Moffett
Um psiquiatra bestseller em auto-ajuda, procurado pelas estrelas, está deprimido, sem esperança
Mas estando perdido acaba por, de forma retorcida, levar a que as vidas dos seus pacientes se enredem e se componham.
Entre famosos e desconhecidos, Hollywood sai num postal de possibilidades e igualdade.
O mosaico de vidas que se compõem nos encontros e que se organizam e sustentam mutuamente é banal.
Mas estando perdido acaba por, de forma retorcida, levar a que as vidas dos seus pacientes se enredem e se componham.
Entre famosos e desconhecidos, Hollywood sai num postal de possibilidades e igualdade.
O mosaico de vidas que se compõem nos encontros e que se organizam e sustentam mutuamente é banal.
As personagens interessam menos que as ideias genéricas que transmitem.
O foco descai depois para a vida errante do próprio psiquiatra, como que a querer dizer que o tratamento vale menos do que a confiança cega no risco de viver e seguir em frente.
Só quando uma adolescente com problemas sérios e com uma paixão pelo mundo do cinema - do qual o psiquiatra vê as costuras e os podres e do qual está farto - é que ele começa a salvar-se a ele próprio.
O argumento, além de pobre, é um trabalho de boa vontade para com Hollywood, a querer salvaguardar o olhar embevecido que ainda pode salvar as vidas do seu obscurantismo. Não só soa a falso como é a própria negação da sua tese.
O foco descai depois para a vida errante do próprio psiquiatra, como que a querer dizer que o tratamento vale menos do que a confiança cega no risco de viver e seguir em frente.
Só quando uma adolescente com problemas sérios e com uma paixão pelo mundo do cinema - do qual o psiquiatra vê as costuras e os podres e do qual está farto - é que ele começa a salvar-se a ele próprio.
O argumento, além de pobre, é um trabalho de boa vontade para com Hollywood, a querer salvaguardar o olhar embevecido que ainda pode salvar as vidas do seu obscurantismo. Não só soa a falso como é a própria negação da sua tese.
O que de melhor acontece no filme é Kevin Spacey, entendendo-se com isto que ele faz um papel que já é uma segunda pele e que, por isso, sem esforço lhe sai bem.
Claro que, por outro lado, pode bem ser que esse mesmo papel se torne rapidamente cansativo para quem o encara como um manequim genérico sobre o qual se deposita uma nova roupagem e serve a mais um filme...
Já sabemos que ele faz de neurótico desanimado como poucos por isso é escusado que ele o demonstre sucessivamente.
Só o facto de o resto à sua volta ser tão fraco é que nos leva a abstrair-nos e valorizarmos a sua interpretação com pouco de novo.
Claro que, por outro lado, pode bem ser que esse mesmo papel se torne rapidamente cansativo para quem o encara como um manequim genérico sobre o qual se deposita uma nova roupagem e serve a mais um filme...
Já sabemos que ele faz de neurótico desanimado como poucos por isso é escusado que ele o demonstre sucessivamente.
Só o facto de o resto à sua volta ser tão fraco é que nos leva a abstrair-nos e valorizarmos a sua interpretação com pouco de novo.
De boas intenções estão o inferno e filmes menos bons cheios.
Atirar-se a um filme com uma agenda, por mais sincera ou emotiva que seja, é meio caminho andado para o falhanço. Shrink escapa-lhe por uma nesga.
Atirar-se a um filme com uma agenda, por mais sincera ou emotiva que seja, é meio caminho andado para o falhanço. Shrink escapa-lhe por uma nesga.
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