Título original: Predators
Realização: Nimród Antal
Argumento: Alex Litvak e Michael Finch
Entramos directamente no meio da acção em Predadores, com os corpos a caírem sobre o terreno. Sem introduções desnecessárias, nem demoras inconsequentes.
Sabemos que boa parte do grupo que temos perante nós vai morrer em breve, portanto evitam quaisquer enquadramento dramático. Um breve currículo de cada personagem demonstrando as suas habilitações para estarem ali e depois iniciam-se as hostilidades.
Sabemos que boa parte do grupo que temos perante nós vai morrer em breve, portanto evitam quaisquer enquadramento dramático. Um breve currículo de cada personagem demonstrando as suas habilitações para estarem ali e depois iniciam-se as hostilidades.
A excepção a isto é, claro, a personagem de Adrien Brody que aproveita bem para dar algum carácter e fundo intrigante ao seu mercenário citador de Hemingway.
A sua relação com a mulher do grupo desequilibra pouco favoravelmente o seu apelo como protagonista mas ainda assim não seria mau volta a vê-lo como líder de mais um filme.
Mais dignidade "artística" ainda chega com as breves mas alucinadas - e focadas e precisas - cenas de Laurence Fishburne como o enlouquecido sobrevivente.
Se as restantes personagens são carne para canhão - exceptuando Topher Grace, a (semi-)incógnita que dura até a fim - é bom ter prestações de bom nível a balizar o nosso interesse para lá das cenas de acção.
A sua relação com a mulher do grupo desequilibra pouco favoravelmente o seu apelo como protagonista mas ainda assim não seria mau volta a vê-lo como líder de mais um filme.
Mais dignidade "artística" ainda chega com as breves mas alucinadas - e focadas e precisas - cenas de Laurence Fishburne como o enlouquecido sobrevivente.
Se as restantes personagens são carne para canhão - exceptuando Topher Grace, a (semi-)incógnita que dura até a fim - é bom ter prestações de bom nível a balizar o nosso interesse para lá das cenas de acção.
Há ainda que levar em conta o imaginário de Robert Rodriguez cujo nome ganhou clara preponderância sobre o de Nimród Antal.
Nimród Antal comanda bem o ritmo do argumento, aproveitando ao máximo o suspense inicial e depois seguindo de forma despachada e sem restrições para as consecutivas cenas de acção.
Mas quando, no meio de uma perseguição, há tempo para um combate de lâminas numa clareira com a erva ao sabor do vento, claramente estamos perante inspirações diversificadas e, acima de tudo, inesperadas num filme como este.
Infelizmente a cena não sai tão bem quanto isso, pois não foi possível baixar-lhe o ritmo o suficiente para que o efeito fosse máximo.
Apesar das intenções de Rodriguez, Predators não tem o mesmo apelo que Aliens, mas também Predator não tinha exactamente a qualidade de Alien.
Mas ressuscitar esta saga a gosto tanto do público que não conhece o original como do que conhece as referências é um golpe preciso.
Claro que estes últimos se interrogarão como é que Predadores maiores e em maior número conseguem morrer mais facilmente, mas isso só mostra que ainda há quem aprecie realmente estas criaturas e a possibilidade de as ver de novo em acção.
Mas ressuscitar esta saga a gosto tanto do público que não conhece o original como do que conhece as referências é um golpe preciso.
Claro que estes últimos se interrogarão como é que Predadores maiores e em maior número conseguem morrer mais facilmente, mas isso só mostra que ainda há quem aprecie realmente estas criaturas e a possibilidade de as ver de novo em acção.
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