segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Daybreakers - O Último Vampiro, por Carlos Antunes


Título original: Daybreakers
No que toca à corrente construção de cenários modernos para a sociedade de vampiros, Daybreakers tem uma premissa muito boa.
Entrega aos vampiros o domínio do mundo com uma sociedade tão corriqueira como a que hoje conhecemos mas com uma crescente falta de sangue que sustente a população.
Entre a procura de um substituto para o sangue e a resistência subterrânea dos humanos, surge um Willem Dafoe com uma informação preponderante.


O que tudo isto permite construir é um mundo pensado para esconder a luz, com recursos curiosos - os carros conduzidos através de três câmaras, por exemplo - e com uma boa quantidade de estilo.
É o mais notório do filme e ajuda a solidificar os pormenores de um mundo muito interessante e construídos para uma possibilidade de ideias.
Sente-se que o que é construído é bem explorado até que surge Willem Dafoe - um ex vampiro - com a sua descoberta da cura do vampirismo.
A partir daí a resolução fica a cargo de tiros e cenas de perseguição, menos interessantes do que tudo o que as antecedeu.


Até esse momento era possível ver no filme a metáfora da humanidade actual, dependente de demasiadas matérias-primas que, verdadeiramente, não lhes pertence.
A falsa procura de soluções alternativas apenas para encher jornais, o escape em frente apenas para os que podem pagar, a violenta estratificação social.
Estão lá todos os problemas que vivemos hoje tornados em boa matéria de ficção científica.
Ou seja, era um filme de vampiros moderno e intenso, mas com substância. Só lhe faltou ir até ao fim com a mesma determinação.



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