Título original: The Green Hornet
Realização: Michel Gondry
Argumento: Seth Rogen e Evan Goldberg
Seth Rogen reviu Green Hornet como veículo para a sua típica comédia de camaradagem masculina.
A versão cada vez mais carregada de adrenalina do buddy movie, seduzindo o público que se tem vindo a fidelizar ao género dos super-heróis com as muitas apostas Marvel.
Diria que a expectativa para que tal mistura funcionasse bem não seria descabida, até porque o filme tem uma pose trapalhona na sua abordagem à dupla de heróis.
Em oposição à cada vez mais adulta - e sem alternativas - corrente para o género, o filme procura ligar-se às origens clássicas dos super-heróis e seguir por elas com menos seriedade.
Isso é somente o início. Depois Seth Rogen encaminha o filme para o espaço habitual para os limites em que consegue encarnar as suas personagens e torna a acção num triste espaço de comédia.
Comédia que vai substituindo o carácter nostálgico e descomprometido do filme por algo mais tosco e menos compenetrado.
O que até aí veríamos como comédia de acção irreverente por ser despreocupada torna-se numa patetice se deixa levar pelo facilitismo da má comédia.
O desinvestimento numa obra que fosse uma alternativa à seriedade dos super-heróis modernos mas, mesmo assim, um retrato coerente de uma dupla de personagens masculinas, é tão mais grave quanto se vê Michel Gondry a desaparecer debaixo de um filme que perde a identidade.
Ele, adepto do artenasato cinematográfico, seria capaz de explorar o que está por baixo da pirotecnia.
Falo da falta de confiança do vilão de serviço na cena de abertura que conta com Christoph Waltz a fazer correr o seu talento ou da primeira luta de Kato, onde o cenário altera as proporções para que as cenas lá possam decorrer.
Depois dessas, não há mais nada que não pudesse ter sido feito por um realizador em estreia. Como também não há mais nada que um realizador de talento pudesse ter tirado do argumento.
A revolta ou desapontamento com o filme, consoante o grau de rejeição que o filme causar a cada espectador, não se deve apontar na sua expressão mais acesa a nenhum destes elementos mas sim a mais um caso de 3D injustificável.
Tentar compensar o insucesso nas bilheteiras tornando os bilhetes mais caros produzirá o efeito contrário, de afastar ainda mais algum do público - já não muito extenso imagino - do filme.
Os estúdios, de tanto tentarem implementar o 3D à força, acabarão por condená-lo mais rapidamente ao fastio do público e ao desaparecimento.
A versão cada vez mais carregada de adrenalina do buddy movie, seduzindo o público que se tem vindo a fidelizar ao género dos super-heróis com as muitas apostas Marvel.
Diria que a expectativa para que tal mistura funcionasse bem não seria descabida, até porque o filme tem uma pose trapalhona na sua abordagem à dupla de heróis.
Em oposição à cada vez mais adulta - e sem alternativas - corrente para o género, o filme procura ligar-se às origens clássicas dos super-heróis e seguir por elas com menos seriedade.
Isso é somente o início. Depois Seth Rogen encaminha o filme para o espaço habitual para os limites em que consegue encarnar as suas personagens e torna a acção num triste espaço de comédia.
Comédia que vai substituindo o carácter nostálgico e descomprometido do filme por algo mais tosco e menos compenetrado.
O que até aí veríamos como comédia de acção irreverente por ser despreocupada torna-se numa patetice se deixa levar pelo facilitismo da má comédia.
O desinvestimento numa obra que fosse uma alternativa à seriedade dos super-heróis modernos mas, mesmo assim, um retrato coerente de uma dupla de personagens masculinas, é tão mais grave quanto se vê Michel Gondry a desaparecer debaixo de um filme que perde a identidade.
Ele, adepto do artenasato cinematográfico, seria capaz de explorar o que está por baixo da pirotecnia.
Falo da falta de confiança do vilão de serviço na cena de abertura que conta com Christoph Waltz a fazer correr o seu talento ou da primeira luta de Kato, onde o cenário altera as proporções para que as cenas lá possam decorrer.
Depois dessas, não há mais nada que não pudesse ter sido feito por um realizador em estreia. Como também não há mais nada que um realizador de talento pudesse ter tirado do argumento.
A revolta ou desapontamento com o filme, consoante o grau de rejeição que o filme causar a cada espectador, não se deve apontar na sua expressão mais acesa a nenhum destes elementos mas sim a mais um caso de 3D injustificável.
Tentar compensar o insucesso nas bilheteiras tornando os bilhetes mais caros produzirá o efeito contrário, de afastar ainda mais algum do público - já não muito extenso imagino - do filme.
Os estúdios, de tanto tentarem implementar o 3D à força, acabarão por condená-lo mais rapidamente ao fastio do público e ao desaparecimento.
Estou com medo de ir ver o filme, conheço imensa gente que também não gostou. Mas não deixo de estar curiosa, e para além do mais adoro o Christopher Waltz, portanto acho que vou dar uma oportunidade ao filme :P Gostei do teu texto, e parabéns pelo blog! Vou acompanhá-lo.
ResponderEliminarSarah
http://depoisdocinema.blogspot.com
"Green Hornet":
ResponderEliminarApesar de só ter visto recentemente "Green Hornet" em DVD e apesar de não o ter visto em 3D, gostei bastante dos seus efeitos especiais.
"The Green Hornet" é um filme divertido, com muita ação e uma história da qual eu gostei bastante.
4*
Análise completa em http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/06/green-hornet.html