Título original: The Adjustement Bureau
Realização: George Nolfi
Argumento: George Nolfi
Agentes do Destino é um filme de Ficção Científica sem meios mas que não deixa de ter os traços essenciais da reflexão da condição humana.
Mais ainda, é um filme de FC despreocupado, que não se importa de misturar comédia romântica no seu âmago de forma a garantir o prazer do público.
Claro que a referência à comédia romântica parece diminuir o poder de mais um dos contos de Philip K. Dick adaptados ao cinema.
Mas não seria ponderável que Matt Damon aceitasse entrar neste filme – convenhamos que ele tem vindo a traçar um percurso recente mais exigente do que sugere neste caso – se não houvesse algo de substancialmente atractivo nele.
Isso que lá está é uma reflexão sobre a escolha entre a ignorância e o conhecimento; entre o destino influente a todo o mundo e o contentamento com a felicidade privada.
Nem sempre a reflexão é subtil – aqueles diálogos abusivos apontando à identificação religiosa, por exemplo – e muito menos aflora a profundidade do que está presente no conto.
Mas para quem aceitar levá-la um pouco para lá do entretenimento da hora e meia de filme acabará por guardar um pouco que seja dela. O mesmo pouco que, apesar de toda a transformação, é identitário da força do trabalho de Philip K. Dick.
Para os restantes, sequiosos apenas de entretenimento sadio, têm o benefício de ter entre Matt Damon e Emily Blunt uma dose de talento e outra de atração.
São uma dupla interessante que se diverte tanto quanto o espectador pode vir a fazê-lo.
Não tendo o mesmo grau de carisma, nem os mesmos valores de produção à sua volta, é ainda assim comparável aos protagonistas de O Turista, actores apreciando a possibilidade de se divertirem com um filme sem pretensões demasiado ousadas.
Reconhece-se a Agentes do Destino engenho e desenvoltura para fazer um filme incaracterístico entre a produção actual.
Por um lado sendo original e irreverente o suficiente para parecer uma lufada de ar fresco aos espectadores mais necessitados de variedade nas salas que frequentam.
Por outro surgindo com uma filosofia mais prática de quem não tem dinheiro a aplicar mesmo se tem objectivos de bilheteira mínimos a alcançar.
Nem num caso nem noutro se afastando muito do que o mainstream costuma aceitar.
Mais ainda, é um filme de FC despreocupado, que não se importa de misturar comédia romântica no seu âmago de forma a garantir o prazer do público.
Claro que a referência à comédia romântica parece diminuir o poder de mais um dos contos de Philip K. Dick adaptados ao cinema.
Mas não seria ponderável que Matt Damon aceitasse entrar neste filme – convenhamos que ele tem vindo a traçar um percurso recente mais exigente do que sugere neste caso – se não houvesse algo de substancialmente atractivo nele.
Isso que lá está é uma reflexão sobre a escolha entre a ignorância e o conhecimento; entre o destino influente a todo o mundo e o contentamento com a felicidade privada.
Nem sempre a reflexão é subtil – aqueles diálogos abusivos apontando à identificação religiosa, por exemplo – e muito menos aflora a profundidade do que está presente no conto.
Mas para quem aceitar levá-la um pouco para lá do entretenimento da hora e meia de filme acabará por guardar um pouco que seja dela. O mesmo pouco que, apesar de toda a transformação, é identitário da força do trabalho de Philip K. Dick.
Para os restantes, sequiosos apenas de entretenimento sadio, têm o benefício de ter entre Matt Damon e Emily Blunt uma dose de talento e outra de atração.
São uma dupla interessante que se diverte tanto quanto o espectador pode vir a fazê-lo.
Não tendo o mesmo grau de carisma, nem os mesmos valores de produção à sua volta, é ainda assim comparável aos protagonistas de O Turista, actores apreciando a possibilidade de se divertirem com um filme sem pretensões demasiado ousadas.
Reconhece-se a Agentes do Destino engenho e desenvoltura para fazer um filme incaracterístico entre a produção actual.
Por um lado sendo original e irreverente o suficiente para parecer uma lufada de ar fresco aos espectadores mais necessitados de variedade nas salas que frequentam.
Por outro surgindo com uma filosofia mais prática de quem não tem dinheiro a aplicar mesmo se tem objectivos de bilheteira mínimos a alcançar.
Nem num caso nem noutro se afastando muito do que o mainstream costuma aceitar.
Muito bom o filme, recomendo a todos.
ResponderEliminarhttp://cinema10.com.br/filme/the-adjustment-bureau
Adorei o filme! Só acho que devia ter um aviso para pessoas facilmente impressionáveis eu saí com a certeza de que os controladores tavam mexendo muito com a minha vida.
ResponderEliminarSério, alguém ainda vai olhar para a queda da internet do mesmo jeito?
http://caixasdepandoras.blogspot.com/2011/05/os-agentes-do-destino.html