Deu-se hoje o pontapé de partida para mais uma edição do Fantasporto. Nesta primeira semana que antecede o período competitivo, conhecido como pré-Fantas, vão ser exibidos alguns filmes em retrospectiva, mas também algumas primeiras exibições dos filmes em competição (uma inovação trazida no ano passado).
A noite de hoje tinha como opções três filmes em retrospectiva de Ed Wood (conhecido como o pior realizador de sempre) - Bride of the Monster (1955), Night of the Ghouls (1959) e Plan 9 from Outer Space (1959) - no Grande Auditório ou o alemão Hell (filme que estará em competição na secção Cinema Fantástico) no Pequeno Auditório. A escolha fez-se por este último.
Hell (2011), de Tim Fehlbaum
Filme de temática pós-apocalíptica (um não muito longínquo 2016), com uma tempestade solar a servir de cenário a uma história de sobrevivência. O hell (inferno) do título não é senão mais que a palavra alemã para brilho. E é precisamente esse brilho intenso, graças à excelente fotografia de Markus Förderer, que consegue manter um ambiente coerente e claustrofóbico à trama. É um filme que entretém o espectador e o deixa interessado na história até ao fim, mas que acaba por se banalizar a si próprio quando se divide de um drama sci-fi pós-apocalíptico para um survival horror movie típico. Não que isso lhe retire o mérito, mas apenas o torna semelhante a tantos outros. Destaque para o desempenho da actriz alemã Hannah Herzsprung (The Reader) e para um filme que não precisa de muitos efeitos visuais para cumprir o seu objectivo. (Apenas uma nota para as legendas brancas em cenas predominantemente da mesma cor e que dificultam por vezes a compreensão dos diálogos, especialmente para quem não está familiarizado com o alemão).
[Hell voltará a ser exibido quarta-feira, 29 de Fevereiro, às 23h15, no Grande Auditório do Teatro Rivoli, do Porto].
Sem comentários:
Enviar um comentário