O oitavo dia de Fantasporto decorreu tranquilamente e sem mais sobressaltos de projecção/cortinas. A cobertura do certame fez-se mais uma vez no Grande Auditório do Teatro Rivoli.
Longa-metragem adaptada da série policial belga homónima cujo maior defeito é precisamente o facto de parecer um longo episódio, em vez de um filme. A produção segue toda a imagética de uma série policial tanto a nível das personagens, como a nível do desenvolvimento de argumento. Embora seja veja de forma fluida e independentemente de conhecermos a série ou não, existem de facto muitas pontas soltas e que remeterão para a versão televisiva, incluindo o desfecho da narrativa.
Immaturi (2011), de Paolo Genovese ½
Immaturi segue a linha do novo cinema italiano de comédia. É uma narrativa simples, linear e inconsequente, mas bastante divertida, com personagens carismáticos e diálogos com piada. Não acrescenta nada de novo ao género, mas entretém bastante o espectador e um dos momentos mais agradáveis do dia.
The Slut (2011), de Hagar Ben-Asher
A israelita Hagar Ben-Asher surpreende na sua primeira longa-metragem, na escrita do argumento, realização e protagonismo, com um filme que é bem mais interessante e denso do que à partida parece. Embora a espaços aborrecido e um argumento nem sempre claro, o filme destaca-se pelo bom trabalho na realização e fotografia, mas também pela densidade impressa às personagens e abertas à interpretação do espectador e um simbolismo latente durante grande parte do filme.
Surpreendente e divertida produção espanhola que remete, a espaços, para um tipo de cinema dos anos 80 e que consegue equilibrar-se bem enquanto género híbrido de comédia de terror. A realização é bastante competente, o argumento pontuado com diálogos divertidos, bem construídos e com algumas reviravoltas na trama que contribuem para a manutenção da expectativa do espectador e para o seu divertimento, claro. Destaque ainda para o trabalho de Carlos Areces como actor secundário.
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