Para o nono dia de festival apenas acompanhámos as duas primeiras sessões da noite no Grande Auditório: o polaco Rose e o britânico Attack the Block. Este último foi agraciado com a presença do realizador Joe Cornish que não deixou de manifestar o seu desagrado com a tradução portuguesa do título do filme: ETs in Da Bairro.
Rose (2011), de Wojciech Smarzowski ½
Rose não foge muito aos habituais filmes com a temática da Segunda Guerra Mundial, mas foca-se num lado menos conhecido: o pós-guerra na região da Masúria (na Polónia), após a ocupação Nazi e do Exército Vermelho. O filme é um drama competente e bem realizado, focado essencialmente na sobrevivência das personagens e focado também na questão da perda da identidade, através da germanização e posteriormente quando os sobreviventes foram sujeitos a verificação da nacionalidade organizada pelo governo comunista da Polónia. Os actores Marcin Dorocinski e Agata Kulesza apresentam dois desempenhos excelentes e que em muito contribuem para o sucesso do filme.
Attack the Block (2011), de Joe Cornish ½
É uma proposta interessante, de uma produção bastante competente, incluindo realização e banda sonora (Steven Price) bastante boas. É um filme que evoca algumas produções dos anos 80, um género híbrido entre comédia, terror e ficção-científica que resulta bem e tendo como pano de fundo uma paisagem suburbana em meio a problemas de marginalidade, mas sem moralismos. Os efeitos visuais são simples e resultam bastante bem e destaca-se o excelente trabalho do jovem actor John Boyega. É uma história simples, a espaços algo repetitiva (e por vezes aborrecida) e também não tão inventiva como faz crer. Mas tem como ponto positivo o de revelar o talento de Joe Cornish (que escreveu e realizou o filme) e esperar por novos projectos seus.
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