Decorreu hoje a conferência de imprensa de apresentação do festival IndieLisboa 2012, no qual os seus directores fizeram questão de salientar que não se deixaram condicionar pela crise como, admitem, no ano anterior. Um dos mais importantes festivais nacionais regressará assim a Lisboa entre 26 de Abril a 6 de Maio, dividindo-se entre a Culturgest, Cinema São Jorge e Cinema Londres, numa programação de onde se destacam 232 filmes - 38 deles portugueses - com a maior competição portuguesa de sempre (cinco longas-metragens e 18 curtas-metragens) e em antestreia mundial, o festival exibirá sete longas-metragens e 26 curtas-metragens.
A edição de 2012 do Festival - devido a cortes no orçamento - extinguiu a secção Herói Independente (retrospectiva de homenagem) pela primeira vez em nove anos, mas terá as seguintes secções: Competição Internacional, Competição Nacional, Observatório, Cinema Emergente (com direito a um programa de Cinema Suíço - "Um Bando à Parte"), Pulsar do Mundo, IndieJúnior, IndieMusic, Director's Cut, Parabéns Viennale (com destaque para cinco filmes representativos de cada década da mostra austríaca) e Novíssimos (que destaca os jovens cineastas portugueses).
Em breve destacaremos em pormenor a programação completa do IndieLisboa 2012, mas há muito bom cinema a ser exibido, além dos já anunciados Dark Horse, de Todd Solondz a abrir o certame; Le Skylab, de Julie Delply, a encerrar. E Take Shelter, de Jeff Nichols, no último dia do festival. A saber, o italiano L'estate di Giacomo, de Alessandro Comodin, presença no Festival de Locarno 2011 e vencedor do festival de Belfort 2011 ou o romeno Everybody in Our Family, ambos na competição internacional. A estes juntam-se ainda The Color Wheel, de Alex Ross Perry; O Som ao Redor, do brasileiro Kleber Mendonça Filho; L, de Babis Makridis; De jueves a domingo, de Dominga Sotomayor; Berlim Telegram, de Leila Albayaty ou Formentera, de Ann-Kristin Reyels.
A competição nacional far-se-á representar por cinco longas-metragens, entre as quais, A Casa, de Júlio Alves; Em Segunda Mão, de Catarina Ruivo, com o último papel em cinema do falecido actor Pedro Hestnes; From New York with Love, de André Valentim Almeida; Jesus Por Um Dia, de Helena Inverno e Por Aqui Tudo Bem, de Pocas Pascoal. Já nas curtas-metragens nacionais (um recorde de inscrições para o festival), dezoito delas foram seleccionadas para competição e outras terão oportunidade de serem exibidas na secção Novíssimos. De curtas-metragens e além de Rafa (vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2012) e Cerro Negro, ambas do jovem João Salaviza, o festival terá ainda oportunidade de exibir ainda One Way or Another, de Edgar Pêra; O Que Arde Cura, de Guerra da Mata; Outras Cartas ou o Amor Inventado, de Leonor Noivo; Julian, de António da Silva; Palácios de Pena, de Gabriel Abrantes ou a curta-metragem Night, de Flávio Pires (Artur) e da recém-inaugurada produtora portuense Best Take.
Na secção dedicada aos documentários, a conhecida Pulsar do Mundo, será exibido o documentário do artista e activista chinês Ai Weiwei, Ordos 100; Mercado de Futuros, de Mercedes Alvárez ou ¡Vivan las Antipodas!. No IndieMusic haverá ainda direito a Inni, sobre os Sigur Rós; Punk in Africa; Neil Young Journeys, de Jonathan Demme; Andrew Bird: Fever Year ou o brasileiro Vou Rifar o meu coração.
Já nos filmes a serem exibidos fora de concurso teremos alguns regressos inevitáveis e algumas obras bastante antecipadas: 4:44 Last Day on Earth, de Abel Ferrara, recentemente anunciado na Mostra SyFy, mas posteriormente cancelado; Into the Abyss, de Werner Herzog; Alps, do grego Yorgos Lanthimos (realizador de Dogtooth); o austríaco Michael, de Markus Schleinzer, que provocou alguma polémica no Festival de Cannes 2011 ao explorar a temática da pedofilia; Terri, de Azazel Jacbos, exibido no Festival de Sundance 2011 e The Loneliest Planet, de Julia Loktev, vencedor do Grande Prémio do Júri do AFI Fest 2011. Em português teremos ainda os documentários Raúl Brandão Era um Grande Escritor..., de João Canijo e A Vossa Casa, de João Mário Grilo.
A programação continuará com eventos paralelos, como o caso do Indie by Night na Rua Nova do Carvalho, em Lisboa e que se passará a chamar temporariamente, Rua Dr. Indie Lisboa.
Fontes: IndieLisboa, Ípsilon, C7nema
Excelente texto Tiago Ramos! Parabéns!
ResponderEliminarObrigado MJ. Em breve farei uma série de artigos que destacam em pormenor os principais filmes que serão exibidos no festival.
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