Realização: Peter Lord e Jeff Newitt
Argumento: Gideon Defoe
Elenco de vozes (V.P.): Fernando Luís, Soraia Chaves, Luís Esparteiro, João Baião e Cláudia Cadima
Com a popularidade de sagas como Piratas das Caraíbas, as mais recentes referências aos piratas da Somália ou aos crescentes piratas online, as histórias de piratas poderão ter ganho um novo advento, recuperando todo o espírito aventureiro ligado ao imaginário infanto-juvenil dos espectadores e potenciando o seu poder cómico. Os estúdios Aardman quiseram reaproveitar esse filão em formato de animação utilizando mais uma vez as técnicas de clay animation e stop motion, tal como em Chicken Run (2000) ou Wallace and Gromit: The Curse of the Were Rabbit (2005). E é precisamente ao nível da animação que este Os Piratas! mais surpreende, numa irrepreensível técnica com magníficos detalhes visuais. O uso do 3D intensifica o trabalho visual técnico do filme, em especial em cenas que utilizam muito bem o jogo de luz e sombra, mas também nunca distai o espectador da espectador, pelo que na verdade uma versão em 2D também não diminuiria o filme.
Contudo é precisamente no conteúdo que reside o ponto fraco de Os Piratas!. Não que este não seja particularmente engraçado, mas nos seus primeiros quarenta minutos (note-se que a versão tem apenas cerca de noventa) perde-se em algum marasmo e na contextualização demasiado longa da história e das personagens, tentando por vezes criar piadas forçadas e que pouco ajudam o espectador a interessar-se por estas. Mas e felizmente na segunda metade do filme este rapidamente ganha ritmo dividindo-se entre gags visuais (graças ao excelente design de produção) e algumas piadas físicas, com algum humor inteligente e britânico, cheio de referências que podem agradar também aos adultos (entre as quais referências criativas a Charles Darwin - também ele uma personagem do filme - e as teorias evolutivas). As personagens secundárias acabam por criar mais divertimento que o protagonista em si, especialmente a grande vilã da história, Rainha Vitória, e o Pirata Albino.
Pena que este potencial que mostrou em pouco mais de meia hora do seu fim não seja suficiente para suportar todo o peso do filme. Contudo, Os Piratas! é um pequeno tesouro, tecnicamente eficaz e ritmicamente cómico que serve de uma lufada de ar fresco num mercado de animação saturado pelos grandes estúdios.
Elenco de vozes (V.P.): Fernando Luís, Soraia Chaves, Luís Esparteiro, João Baião e Cláudia Cadima
Com a popularidade de sagas como Piratas das Caraíbas, as mais recentes referências aos piratas da Somália ou aos crescentes piratas online, as histórias de piratas poderão ter ganho um novo advento, recuperando todo o espírito aventureiro ligado ao imaginário infanto-juvenil dos espectadores e potenciando o seu poder cómico. Os estúdios Aardman quiseram reaproveitar esse filão em formato de animação utilizando mais uma vez as técnicas de clay animation e stop motion, tal como em Chicken Run (2000) ou Wallace and Gromit: The Curse of the Were Rabbit (2005). E é precisamente ao nível da animação que este Os Piratas! mais surpreende, numa irrepreensível técnica com magníficos detalhes visuais. O uso do 3D intensifica o trabalho visual técnico do filme, em especial em cenas que utilizam muito bem o jogo de luz e sombra, mas também nunca distai o espectador da espectador, pelo que na verdade uma versão em 2D também não diminuiria o filme.
Contudo é precisamente no conteúdo que reside o ponto fraco de Os Piratas!. Não que este não seja particularmente engraçado, mas nos seus primeiros quarenta minutos (note-se que a versão tem apenas cerca de noventa) perde-se em algum marasmo e na contextualização demasiado longa da história e das personagens, tentando por vezes criar piadas forçadas e que pouco ajudam o espectador a interessar-se por estas. Mas e felizmente na segunda metade do filme este rapidamente ganha ritmo dividindo-se entre gags visuais (graças ao excelente design de produção) e algumas piadas físicas, com algum humor inteligente e britânico, cheio de referências que podem agradar também aos adultos (entre as quais referências criativas a Charles Darwin - também ele uma personagem do filme - e as teorias evolutivas). As personagens secundárias acabam por criar mais divertimento que o protagonista em si, especialmente a grande vilã da história, Rainha Vitória, e o Pirata Albino.
Pena que este potencial que mostrou em pouco mais de meia hora do seu fim não seja suficiente para suportar todo o peso do filme. Contudo, Os Piratas! é um pequeno tesouro, tecnicamente eficaz e ritmicamente cómico que serve de uma lufada de ar fresco num mercado de animação saturado pelos grandes estúdios.
Classificação:
É uma pena que uma vez mais só estreie nas salas de cinema a versão dobrada. Infelizmente isto vai acontecendo cada vez com mais frequência com os filmes de animação. Enfim, por muito boa que possa estar a versão Portuguesa há sempre muita coisa que se perde na tradução, principalmente numa comédia, por isso é com muita pena minha que não irei ver este filme ao cinema. Ficarei à espera da versão DVD/BluRay.
ResponderEliminarCompartilho bastante de sua opinião. Não há aqui aquele encanto criativo de A FUGA DAS GALINHAS ou A BATALHA DOS VEGETAIS, ao menos não no que se refere à história. O protagonista, infelizmente, não é interessante, e, como você bem diz, o ritmo é bastante prejudicado por mais de metade do filme. Felizmente a técnica ainda é deslumbrante, e dá para ficar algum tempo só a admirá-la.
ResponderEliminar