Cinema não é só Hollywood. E se tanto falamos do que se passa do outro lado do Atlântico, não nos podemos esquecer que, numa época da globalização, o cinema é das artes mais internacionais e que cada vez mais cinéfilos começam a apreciar aquilo que se faz em outros países. O Split Screen propõe-lhe agora uma viagem pelo cinema mundial. Primeira paragem, o país irmão: Espanha!
Comecemos então por Espanha onde, durante 36 anos, sob o regime de Franco, foi impossível criar uma indústria cinematográfica vibrante, na qual os cineastas se pudessem exprimir livremente. Depois de Franco, o cinema espanhol tornou-se dos melhores do mundo. Cineastas e amantes do cinema, como Luis Buñuel (1900-1983), foi trabalhar para Hollywood em versões de filmes americanos, na língua espanhola. Antes dessa sua viagem, Buñuel realizou Las Hurdes (1933), um arrojado documentário sobre uma região remota do país, onde a pobreza e o fraco desenvolvimento foram expostos. Este foi o primeiro dos três filmes que ele realizou sobre a sua terra natal.
Após a Guerra Civil Espanhola, a indústria cinematográfica passou a estar sob o controlo do Estado, com rígidas linhas morais. Por esse mesmo motivo, é que Raza (1942), filme de José Luis Sáenz de Heredia (1911-1992), se tornou um ícone do cinema espanhol dos anos 40: baseava-se num romance autobiográfico do general Franco. Contudo, apesar das restrições, nos anos seguintes emergiu um cinema espanhol distinto, liderado por Juan Antonio Bardem (1922-2002) e Luis García Berlanga (1921- ). Filmes como Esa Pareja Feliz (1953), Bienvenido Mister Marshall (1953) (efeito da ajuda americana numa pequena cidade espanhola) e El Verdugo (1964), foram filmes que realizaram em conjunto e são vistos como excelentes filmes espanhóis. Bardem chegou inclusive a ganhar o FIPRESCI em Cannes pelo seu Muerte de un ciclista (1955) e Berlanga o prémio Goya para melhor realizador por Todos a la cárcel (1993).
Por outro lado, Carlos Saura (1932- ) foi o primeiro realizador espanhol a abordar a temática da Guerra Civil Espanhola e os seus resultados, foi assim com La Caza (1966). Saura é um dos mais conceituados cineastas da actualidade e ganhou inclusive um prémio BAFTA, para Melhor Filme de Língua Estrangeira, pelo musical Carmen (1983). Mais recentemente ficou conhecido pelo documentário Fados (2007), sobre a cultura musical do fado em Portugal.
Contudo, o surto de criatividade espanhola surgiu nos anos 80, quando Pedro Almodóvar (1949 -) começou a nos presentear com os seus espantosos dramas. Todo sobre mi madre (1999) ganhou o BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, assim como Hable con ella (2002), que também levou o prémio de Melhor Argumento Original. Por este último, Almodóvar esteve nomeado para o Óscar de Melhor Realizador, mas foi o argumento original que acabou por levar o galardão. Fernando Trueba (1955) viu também o seu Belle epoque (1992), vencer o BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, assim como Mar adentro (2004) de Alejandro Amenábar (1972- ), ganhou os European Film Awards, para Melhor Realizador. Já o seu The Others (2001), incluiu a icónica Nicole Kidman num argumento de terror.
Após a Guerra Civil Espanhola, a indústria cinematográfica passou a estar sob o controlo do Estado, com rígidas linhas morais. Por esse mesmo motivo, é que Raza (1942), filme de José Luis Sáenz de Heredia (1911-1992), se tornou um ícone do cinema espanhol dos anos 40: baseava-se num romance autobiográfico do general Franco. Contudo, apesar das restrições, nos anos seguintes emergiu um cinema espanhol distinto, liderado por Juan Antonio Bardem (1922-2002) e Luis García Berlanga (1921- ). Filmes como Esa Pareja Feliz (1953), Bienvenido Mister Marshall (1953) (efeito da ajuda americana numa pequena cidade espanhola) e El Verdugo (1964), foram filmes que realizaram em conjunto e são vistos como excelentes filmes espanhóis. Bardem chegou inclusive a ganhar o FIPRESCI em Cannes pelo seu Muerte de un ciclista (1955) e Berlanga o prémio Goya para melhor realizador por Todos a la cárcel (1993).
Por outro lado, Carlos Saura (1932- ) foi o primeiro realizador espanhol a abordar a temática da Guerra Civil Espanhola e os seus resultados, foi assim com La Caza (1966). Saura é um dos mais conceituados cineastas da actualidade e ganhou inclusive um prémio BAFTA, para Melhor Filme de Língua Estrangeira, pelo musical Carmen (1983). Mais recentemente ficou conhecido pelo documentário Fados (2007), sobre a cultura musical do fado em Portugal.
Contudo, o surto de criatividade espanhola surgiu nos anos 80, quando Pedro Almodóvar (1949 -) começou a nos presentear com os seus espantosos dramas. Todo sobre mi madre (1999) ganhou o BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, assim como Hable con ella (2002), que também levou o prémio de Melhor Argumento Original. Por este último, Almodóvar esteve nomeado para o Óscar de Melhor Realizador, mas foi o argumento original que acabou por levar o galardão. Fernando Trueba (1955) viu também o seu Belle epoque (1992), vencer o BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro, assim como Mar adentro (2004) de Alejandro Amenábar (1972- ), ganhou os European Film Awards, para Melhor Realizador. Já o seu The Others (2001), incluiu a icónica Nicole Kidman num argumento de terror.
Mais recentemente filmes como O Labirinto de Fauno (2006) - vencedor de três Óscares da Academia, O Enigma de Fermat (2007), O Maquinista (2004) - com Christian Bale, O Orfanato (2007) - com a talentosa Belén Rueda e [REC] (2007) - vencedor do Fantasporto - deram a conhecer a nova vaga do cinema espanhol. Nesta divulgação de Espanha, surgem também Guillermo del Toro - nomeado para um Óscar, Javier Bardem - vencedor de um Óscar, Penélope Cruz - nomeada para dois Óscares e vencedora de um e Antonio Banderas - nomeado para 3 Globos de Ouro.
Esta rubrica pretende realizar uma abordagem (não exaustiva e claro está, aberta a sugestões) à diversidade do cinema mundial, cobrindo países e títulos significativos, mas não podem esperar perfeição e que inclua tudo. É apenas com base naquilo que vou lendo em enciclopédias do tema e/ou em sítios da Internet.
Esta rubrica pretende realizar uma abordagem (não exaustiva e claro está, aberta a sugestões) à diversidade do cinema mundial, cobrindo países e títulos significativos, mas não podem esperar perfeição e que inclua tudo. É apenas com base naquilo que vou lendo em enciclopédias do tema e/ou em sítios da Internet.
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