Título original: Unbreakable (2000)
Realização: M. Night Shyamalan
Argumento: M. Night Shyamalan
Elenco: Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright Penn, Spencer Treat Clark e Charlayne Woodard
“A vida real não cabe nos quadradinhos desenhados para ela”.
M. Night Shyamalan é dos casos mais bicudos da indústria cinematográfica. Odiado e amado, poucos realizadores possuem tanta ambiguidade como este. Tão depressa foi considerado como um dos realizadores mais promissores da actualidade, como um génio na sua fase decadente. Pessoalmente, é dos meus realizadores preferidos e poucas vezes me desiludiu. O problema maior é que todos os trabalhos lançados por Shyamalan são alvo de comparação entre o seu primeiro grande sucesso O Sexto Sentido, sem se aperceberem que essa é uma pequena parte do seu currículo.
Unbreakable será certamente dos melhores filmes da carreira de M. Night Shyamalan e aquele que possui um dos melhores elencos. A temática deste argumento baseia-se na banda desenhada, que é das formas de expressão preferidas do realizador. O Protegido é negro e filosófico, com as raízes de Shyamalan bem vincadas, no que diz respeito à narrativa lenta, a que já nos habitou.
Esse poderá ser o maior defeito que muitos apontam ao filme: o facto de algumas partes serem bastante enfadonhas e aparentemente pouco acrescentarem ao argumento. Contudo, cada pequeno pormenor, após um visionamento atento, realmente importa. O Protegido é feito de pormenores simples, que o melhoram com o passar do tempo e nos revela uma obra original e surpreendente.
Um ponto a destacar são as interpretações de Bruce Willis e Samuel L. Jackson, tendo este último a seu cargo, um dos papéis mais misteriosos e fascinantes dos últimos anos. Interessente e sem revelar muito do argumento, é o facto de ambos as personagens resultarem como ying e yang do filme, matéria e anti-matéria no ramo da Física.
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