Realização: Steven Soderbergh
Argumento: Peter Buchman e Benjamin A. van der Veen
Elenco: Benicio Del Toro, Demián Bichir, Rodrigo Santoro e Catalina Sandino Moreno
Apesar de ter visto as duas metades deste filmes com 15 dias de intervalo, impaciente que estava pela estreia da primeira metade, esperei para falar delas em conjunto, pois é isso que faz mais sentido.
E, por isso mesmo, recomendo vivamente que o espectador tente combinar o visionamento de duas sessões consecutivas de forma a ver este épico intimista de um só "trago".
Soderbergh filma a construção de um mito com dedicação, sentindo a intimidade mas não a explorando.
Cola-se a Che, a alguma da sua vivência, mas não o tenta definir.
Não lhe coloca nenhum rótulo, não tenta justificar o que se vê.
Che é uma personagem viva, sujeita às circunstâncias.
Uma personagem que evolui e não que existe para corroborar uma visão pré-definida.
Por isso mesmo, Che é tão pessoal, tão intimista.
Mas nem por isso é menos épico.
Esta personagem vive, luta, existe tão feroz e tão grandiosamente que é impossível não sentir a sua sedutora imponência.
Mas o que o torna verdadeiramente admirável é a sua determinação convicta, mesmo perante todas as circunstâncias.
Seja durante a ascensão (Cuba) ou durante a queda (Bolívia), Che é sempre Che e é sempre admirável na sua essência.
Ele entrega-se a tudo sozinho, por uma via sempre particular e intransmissível.
Ele não faz parte do grupo, apenas o acompanha se parecem seguir o mesmo caminho.
Assim Che se tornará no mito, sobretudo pela sua humanidade.
É o homem e não a figura que se torna no mito.
A superação da sua condição frágil e a manutenção das suas convicções perante todas as circunstâncias.
Che define o seu caminho próprio e deixa a sua marca singular por aquilo que é ,mesmo quando aquilo que faz o parece superar.
Humanidade essa que Benicio del Toro vive (mais do que representa) com enorme amor.
Ele torna-se Che, pois não haveria hipótese de se acreditar neste épico intimista de outra forma.
Estamos ali para sentir Che Guevara, para experimentar as suas aflições, por isso não poderíamos ter menos do que o próprio Che Guevara perante nós!
E a superar-nos a cada momento!
Apesar de ter visto as duas metades deste filmes com 15 dias de intervalo, impaciente que estava pela estreia da primeira metade, esperei para falar delas em conjunto, pois é isso que faz mais sentido.
E, por isso mesmo, recomendo vivamente que o espectador tente combinar o visionamento de duas sessões consecutivas de forma a ver este épico intimista de um só "trago".
Soderbergh filma a construção de um mito com dedicação, sentindo a intimidade mas não a explorando.
Cola-se a Che, a alguma da sua vivência, mas não o tenta definir.
Não lhe coloca nenhum rótulo, não tenta justificar o que se vê.
Che é uma personagem viva, sujeita às circunstâncias.
Uma personagem que evolui e não que existe para corroborar uma visão pré-definida.
Por isso mesmo, Che é tão pessoal, tão intimista.
Mas nem por isso é menos épico.
Esta personagem vive, luta, existe tão feroz e tão grandiosamente que é impossível não sentir a sua sedutora imponência.
Mas o que o torna verdadeiramente admirável é a sua determinação convicta, mesmo perante todas as circunstâncias.
Seja durante a ascensão (Cuba) ou durante a queda (Bolívia), Che é sempre Che e é sempre admirável na sua essência.
Ele entrega-se a tudo sozinho, por uma via sempre particular e intransmissível.
Ele não faz parte do grupo, apenas o acompanha se parecem seguir o mesmo caminho.
Assim Che se tornará no mito, sobretudo pela sua humanidade.
É o homem e não a figura que se torna no mito.
A superação da sua condição frágil e a manutenção das suas convicções perante todas as circunstâncias.
Che define o seu caminho próprio e deixa a sua marca singular por aquilo que é ,mesmo quando aquilo que faz o parece superar.
Humanidade essa que Benicio del Toro vive (mais do que representa) com enorme amor.
Ele torna-se Che, pois não haveria hipótese de se acreditar neste épico intimista de outra forma.
Estamos ali para sentir Che Guevara, para experimentar as suas aflições, por isso não poderíamos ter menos do que o próprio Che Guevara perante nós!
E a superar-nos a cada momento!
Ora bem, antes de mais digo que concordo com a nota final. O conjunto das duas partes produz um épico muito bom. Diferente mas bom.
ResponderEliminarExiste, quanto a mim, uma clara distinção entre as partes onde a primeira se revela bastante superior. Tem mais ritmo, mais história, mais emoção. A segunda peca por alguma delonga no relato dos eventos e em momentos algo desnecessários a meu ver. Uma coisa é certa. A magnificência da prestação de Del Toro merecia, pelo menos, a nomeação para o Oscar.
Abraço