sábado, 25 de abril de 2009

DVD: Cubo 2: Hipercubo, por Tiago Ramos



Título original: Hypercube: Cube 2 (2002)
Realização: Andrzej Sekula
Argumento: Sean Hood
Elenco: Kari Matchett, Geraint Wyn Davies, Grace Lynn Kung, Matthew Ferguson, Neil Crone e Barbara Gordon

(Esta crítica pretende estabelecer comparações com o primeiro filme. Contém SPOILERS)

Cubo 2: Hipercubo aborda uma história em muito semelhante à do primeiro cubo. Oito estranhos acordam numa divisão em forma de cubo. Quase de imediato percebem que este é um lugar diferente - em Matemática é um cubo de 4 dimensões, um hipercubo. Enquanto os prisioneiros exploram as divisões intermináveis são defrontados com obstáculos mortais. Mas nada é o que parece: a esquerda é a direita, subir é descer, sair é entrar. Mas alguém guarda um segredo que ameaça destruir a existência como eles a conhecem. Apenas um pode sobreviver ao hipercubo.

Hipercubo não se pode chamar uma sequela do Cubo, porque apenas assenta na mesma temática, sem nenhum dos personagens ter alguma relação com o primeiro filme. O filme acaba por ser mais um remake do original, porque mantendo a mesma lógica de ideias, apenas moderniza o cenário. Desta vez, nota-se um aumento no financiamento da produção: portas de alta tecnologia, com sensores de tacto, salas brancas e luminosas, num estilo mais clínico e menos industrial. Enquanto que em Cubo, as personagens foram aprisionadas no espaço com roupas militares e sem qualquer um dos seus objectos pessoais, em Hipercubo, todas as personagens vestem as mesmas roupas de quando foram aprisionadas e trazem os seus objectos pessoais, como canetas, facas, óculos e relógios (acabando por ser essenciais ao desenrolar da história).

Enquanto que no primeiro Cubo, nenhum dos personagens sabe porque se encontra ali, nem apresenta nenhuma relação entre si, em Cubo 2: Hipercubo todos os personagens têm um elo de ligação: a empresa Izon, financiadora do projecto do Cubo. Aliás, enquanto que no primeiro filme não interessava perceber o objectivo do Cubo, na sequela Andrzej Sekula não parece querer esconder que o cubo tem fins militares e corporativos. Logo na sequência inicial do filme vê-se o Coronel Thomas Maguire a perguntar onde estão os números e a pedir uma oportunidade, permitindo perceber logo a ligação com o Departamento de Defesa e com o primeiro cubo.


No primeiro Cubo a Matemática permitia a salvação, através dos números primos ou da factorização de enormes dígitos; contudo no Hipercubo a ficção científica é altamente explorada, através do uso da Física Quântica, teletransporte, universos paralelos, distorção do tempo e do espaço ou da gravidade. No Hipercubo perde-se a noção do primeiro filme de que o maior inimigo ali são as emoções humanas, pois perde-se a noção de espaço claustrofóbico. Aqui todas as interpretações parecem demasiado forçadas, perdendo assim todo a confusão e medo existente entre as personagens do primeiro elenco.

Sekula perdeu ao tentar ser arrojado. Perdeu-se a noção de sobrevivência, a fuga das armadilhas, pelo deambular constante de sala em sala, até encontrar uma nova dimensão dentro do hipercubo. No hipercubo chega-se a um ponto que se percebe que todos vão morrer até à desintegração do cubo, descoberta pelos cálculos do professor candidato ao Prémio Nobel.

Hipercubo tem qualidade e entretenimento, no entanto, perde grande parte da qualidade inicial

Classificação:

Extras:


  • Menus Interactivos
  • Selecção de capítulos
  • Trailer


Classificação dos Extras:

4 comentários:

  1. realmente é muito incipiente a personificação dos participantes...eles parecem forçados e quase irrisório, tem uma razão bizarra, mas não convincente, de ser e estar ali. ainda assim ja assisti trez vezes a essa trilogia...

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  2. amigo, como conseguir a ost desse trilogia?

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  3. Franbogado,
    Primeiro que tudo obrigado pela visita ao blogue. Concordo com a tua opinião. Este segundo filme é o pior na construção e desenvolvimento das personagens, mas mesmo assim conseguimos gostar dele. A trilogia tem os seus altos e baixos (obviamente que o original é o melhor), mas no seu geral vale a pena.
    Quanto à banda sonora, não encontro menção alguma sobre a existência/venda da mesma.

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  4. Aceitável e bastante bizarra a nível de avanços entre cubos. É um bom entretenimento e com alguns truques visuais bastante interessantes. Não é tão bom como o original mas como sequela, com o mesmo modo operativo, dá alguma coisa mais ao mistério dos cubos. Não é um filme especial mas eu gostei!

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