Título original: Black Swan (2010)
Realização: Darren Aronofsky
Argumento: Mark Heyman e Andres Heinz
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder e Benjamin Millepied
Os holofotes do espectáculo fazem mais uma vez parte do imaginário de Darren Aronofsky, depois de uma incursão aclamada ao universo do wrestling com The Wrestler (2008). Curiosamente a exposição é semelhante, mas se no primeiro há decadência e recuperação final, em Cisne Negro o processo é o inverso. Ambos partiram da mesma ideia, mas acabaram divididos, embora continuem a seguir a intenção de desmascarar a decadência de ambientes com conotações mais positivas.
Para se filmar o brilho e os holofotes há que conhecer bem a sombra, afinal ela é parte integrante da luz. Darren Aronofsky sabe-o e encenou uma versão contemporânea do Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, lançando Natalie Portman para a ribalta como fez com Mickey Rourke. Cisne Negro, um dos mais antecipados filmes do ano, foca-se maioritariamente na personagem principal, uma bailarina no universo competitivo do ballet, em meio a paranóia, suspense e alguns toques de terror. A câmara é íntima, criando uma metáfora sobre a perda da inocência. A obsessão pela perfeição cria ambiguidade e um duelo entre a pureza e a sua perda, um processo de transformação que envolve libertação e passagem para a vida adulta. Uma busca pelo auto-conhecimento através da sexualidade efectivamente explorada de uma forma erotizada, perfeitamente justificável, contudo profundamente arrojada comparativamente com os dois pesos pesados da próxima edição dos Óscares: The Social Network e The King’s Speech. Enquanto estes dois primam pelo formalismo e por isso têm claras hipóteses de triunfar, Cisne Negro não o faz e assume o conceito artístico da trama, ao mesmo tempo que não teme o politicamente incorrecto ou a exploração de um género, visto muitas vezes como menor, que é o terror.
E falamos em terror porque quando se perde a lucidez e quando a mente se confunde, perde-se tudo e isso sim aterroriza. Ao mesmo tempo que o cineasta explora essa temática, tanto a certeza como a dúvida se instalam no espectador, daí que o filme exerça uma influência hipnotizadora no espectador. E explora os nossos próprios receios: a perda da sanidade é o principal. É também a exploração da pressão e das expectativas – as pessoas e as colectivas – tão bem personificada pela personagem de Barbara Hershey: ainda obcecada pelo palco que nunca chegou a ocupar, que num tom condescendente de piedade crítica, tanto protege como pressiona a sua filha, exageradamente. É verdade que tudo isso é filmado com apontamentos tanto originais como cliché – os espelhos, as mudanças físicas – mas o arrojo num tipo de cinema completamente formatado e sujeito a normas sociais é de louvar. A dimensão sexual da história original que poucos se arriscaram a filmar é única e rica que conclui numa dinâmica intensa.
O elenco é brilhante. Fala-se de Natalie Portman e justamente como a principal vencedora dos Óscares – se Annette Bening não lho roubar. A sua entrega é total: física e emocional. Desgastante, perfeita como a que a sua personagem quis atingir, desprendida, em plena e constante mutação. É magistral, cheia de nuances, versátil. Complicado reunir em poucas palavras a dimensão que a actriz conseguiu trazer ao filme e a plataforma que este papel vai ser para a sua carreira. Mila Kunis – uma jovem a ter debaixo de olho – depois de performances interessantes e competentes, tem também aqui uma prestação carismática, antagónica da sua protagonista, no seu desprendimento e segurança. Barbara Hershey, como já referido em cima, tem um desempenho excelente, num papel assustador no seu realismo e absoluto controlo. Winona Ryder, num excelente regresso ao cinema, numa participação pequena com algumas semelhanças com a sua biografia. E por fim, uma personagem curiosa pelas mãos do francês Vincent Cassel, a faísca para a transformação, para a apoteose final.
Cisne Negro é tecnicamente exímio. A fotografia (Matthew Libatique) e a direcção artística (David Stein), focadas entre o preto e o branco – num claro simbolismo sobre a dualidade – e o temporariamente rosa – a ingenuidade da protagonista – que depois culmina no vermelho – referência ao processo de amadurecimento (a dada altura, a protagonista esconde sangue com uma toalha cor-de-rosa). Subtil, mas absolutamente essencial para transmitir todo o ambiente da trama. O mesmo se passa com a banda sonora de Clint Mansell, claramente baseada na original de Tchaikovsky, mas que contribui positivamente em todos os momentos – destaque ainda para o confronto entre o arrojado e o formal, entre o clássico e o pop numa das polémicas cenas, composta pelos The Chemical Brothers. O mesmo se passa com o guarda-roupa, montagem e edição sonora.
A história nunca esconde o seu final. É previsível, mas absolutamente digno. Cisne Negro culmina num grand finale digno de uma super-produção de ballet. Sufocante, abismal, estarrecedor, absolutamente devastador e que dificilmente nos sairá da mente nos próximos anos. A dada altura o director da companhia de ballet diz que «perfeição técnica não supera a necessidade de emoção». Cisne Negro consegue os dois. «I was perfect».
Para se filmar o brilho e os holofotes há que conhecer bem a sombra, afinal ela é parte integrante da luz. Darren Aronofsky sabe-o e encenou uma versão contemporânea do Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, lançando Natalie Portman para a ribalta como fez com Mickey Rourke. Cisne Negro, um dos mais antecipados filmes do ano, foca-se maioritariamente na personagem principal, uma bailarina no universo competitivo do ballet, em meio a paranóia, suspense e alguns toques de terror. A câmara é íntima, criando uma metáfora sobre a perda da inocência. A obsessão pela perfeição cria ambiguidade e um duelo entre a pureza e a sua perda, um processo de transformação que envolve libertação e passagem para a vida adulta. Uma busca pelo auto-conhecimento através da sexualidade efectivamente explorada de uma forma erotizada, perfeitamente justificável, contudo profundamente arrojada comparativamente com os dois pesos pesados da próxima edição dos Óscares: The Social Network e The King’s Speech. Enquanto estes dois primam pelo formalismo e por isso têm claras hipóteses de triunfar, Cisne Negro não o faz e assume o conceito artístico da trama, ao mesmo tempo que não teme o politicamente incorrecto ou a exploração de um género, visto muitas vezes como menor, que é o terror.
E falamos em terror porque quando se perde a lucidez e quando a mente se confunde, perde-se tudo e isso sim aterroriza. Ao mesmo tempo que o cineasta explora essa temática, tanto a certeza como a dúvida se instalam no espectador, daí que o filme exerça uma influência hipnotizadora no espectador. E explora os nossos próprios receios: a perda da sanidade é o principal. É também a exploração da pressão e das expectativas – as pessoas e as colectivas – tão bem personificada pela personagem de Barbara Hershey: ainda obcecada pelo palco que nunca chegou a ocupar, que num tom condescendente de piedade crítica, tanto protege como pressiona a sua filha, exageradamente. É verdade que tudo isso é filmado com apontamentos tanto originais como cliché – os espelhos, as mudanças físicas – mas o arrojo num tipo de cinema completamente formatado e sujeito a normas sociais é de louvar. A dimensão sexual da história original que poucos se arriscaram a filmar é única e rica que conclui numa dinâmica intensa.
O elenco é brilhante. Fala-se de Natalie Portman e justamente como a principal vencedora dos Óscares – se Annette Bening não lho roubar. A sua entrega é total: física e emocional. Desgastante, perfeita como a que a sua personagem quis atingir, desprendida, em plena e constante mutação. É magistral, cheia de nuances, versátil. Complicado reunir em poucas palavras a dimensão que a actriz conseguiu trazer ao filme e a plataforma que este papel vai ser para a sua carreira. Mila Kunis – uma jovem a ter debaixo de olho – depois de performances interessantes e competentes, tem também aqui uma prestação carismática, antagónica da sua protagonista, no seu desprendimento e segurança. Barbara Hershey, como já referido em cima, tem um desempenho excelente, num papel assustador no seu realismo e absoluto controlo. Winona Ryder, num excelente regresso ao cinema, numa participação pequena com algumas semelhanças com a sua biografia. E por fim, uma personagem curiosa pelas mãos do francês Vincent Cassel, a faísca para a transformação, para a apoteose final.
Cisne Negro é tecnicamente exímio. A fotografia (Matthew Libatique) e a direcção artística (David Stein), focadas entre o preto e o branco – num claro simbolismo sobre a dualidade – e o temporariamente rosa – a ingenuidade da protagonista – que depois culmina no vermelho – referência ao processo de amadurecimento (a dada altura, a protagonista esconde sangue com uma toalha cor-de-rosa). Subtil, mas absolutamente essencial para transmitir todo o ambiente da trama. O mesmo se passa com a banda sonora de Clint Mansell, claramente baseada na original de Tchaikovsky, mas que contribui positivamente em todos os momentos – destaque ainda para o confronto entre o arrojado e o formal, entre o clássico e o pop numa das polémicas cenas, composta pelos The Chemical Brothers. O mesmo se passa com o guarda-roupa, montagem e edição sonora.
A história nunca esconde o seu final. É previsível, mas absolutamente digno. Cisne Negro culmina num grand finale digno de uma super-produção de ballet. Sufocante, abismal, estarrecedor, absolutamente devastador e que dificilmente nos sairá da mente nos próximos anos. A dada altura o director da companhia de ballet diz que «perfeição técnica não supera a necessidade de emoção». Cisne Negro consegue os dois. «I was perfect».
Classificação:
É um filme tão bom que para mim é até difícil falar sobre ele. 5* mais do que merecidas, provavelmente merecia as 6, naqueles filmes que mereciam estar acima de todos os outros.
ResponderEliminarTiago, não te enganaste... Gostei muito!! Ainda assim penso que não lhe consigo dar já as 5 estrelas visto que a sincronização do som incomodou-me um bocado no começo e penso que o argumento insiste excessivamente nos sinais físicos da transformação.. Mas de resto, adorei a câmara constantemente colocada atrás da nuca da Nina, as cenas de dança filmadas de forma intima e o estudo da transformação (ou direi, afloramento?) do carácter de Nina..
ResponderEliminarPortman tem aqui o papel da sua vida e agarra-o com unhas e dentes... Uma entrega fenomenal! Kunis foi uma enorme surpresa, cheia de carisma, irradiando uma luminosidade "negra" expressa no seu belíssimo olhar (para não ser nomeada ao Óscar as outras 5 interpretações têm de estar óptimas)... Hershey (porque nem sequer houve buzz para nomeação ao Óscar???) e Ryder estão óptimas como símbolos da degradação e decadência..
4,5*
Mas isso do som foi problema do projeccionista e assim, não do filme. Quanto ao resto, sim, tem alguns clichés do género... mas caramba, o resto compensa.
ResponderEliminarTodo o elenco está excelente, sim. A Hershey chegou a ser referida, mas não tem a mesma força que as nomeadas. Mas pronto, ainda bem que gostaste!
Há uma cadeira na sala de cinema com o meu nome hoje. Só espero não ficar decepcionado. É o perigo das expectativas criadas serem gigantescas.
ResponderEliminarEstou confiante que não será o caso. Espero. :p Depois conta como foi.
ResponderEliminarExcelente crítica, Tiago! É isto mesmo. Sem tirar nem pôr. Tendo em conta o quão esquisito consegues ser, fico muito contente por teres visto a beleza e mestria do filme, e por ter despertado em ti sentimentos tão fortes como em mim. Já o vi três vezes e o impacto mantém-se intacto, apesar de as falhas (os tais clichés) irem-se tornando cada vez mais transparentes. Mas lá está, perdoa-se tudo.
ResponderEliminarAbraço.
Ai a minha fama. :P Mas sim, percebo-te. Lá está, o filme foi muito emocional para mim (vi-o duas vezes sempre com o mesmo impacto) e além de ser excelente, as falhas são menores quando comparadas com a obra final! É devastador ao máximo.
ResponderEliminarAbraço
É mesmo bom, especialmente porque mexe muito emocionalmente com o espectador. Daí a facilidade em dar notas tão elevadas.
ResponderEliminarSim, deveria ser mas meteu-me mesmo confusão... Até nem me lembro bem dessa parte porque me estava a irritar... Os clichés do género não me incomodaram minimamente. Não acho que para se fazer uma obra suprema tem que se fugir a todos os clichés possíveis.. O importante é que, caso os usem, "admitir" que os estão a fazer e trabalhá-los bem.. E neste caso foi o que aconteceu.. O jogo de espelhos pode ser cliché mas é extremamente importante para a história...
ResponderEliminarQuanto ao elenco, eu adorei mesmo a Kunis e a Hershey.. Estão perfeitas para aquilo que lhes era pedido.. Até acho que em algumas cenas roubam o show da Portman... Se não foram nomeadas ao Óscar, as restantes interpretações (ainda não vi nenhuma) têm mesmo de estar a excelente nível... Porém, o facto da Portman ter um papel tão rico em nuances e tão bem desempenhado é capaz de lhes ter retirado algum destaque...
Vou seguramente rever... Talvez ainda lhe suba a minha nota... All in all, um excelente filme e um Óscar garantido para a Portman.
Na antestreia do Porto, os primeiros minutos estavam dobrados em alemão, pelo que me disseram. Uma confusão. Sim, também não me irritaram porque são justificados.
ResponderEliminarSim, elas estão muito bem mesmo. Das actrizes secundárias nomeadas que já vi estão todas excelentes. Era um ano complicado. A Lesley Manville também merecia e muito mesmo!
Sim, a Natalie Portman está soberba. Porém, ainda tem a ameaça da Anette Bening...
Foi isso mesmo!!! Eu fiquei extremamente WTF?? Até pensei que era suposto começar assim... Mas depois não tinha lógica nenhuma com o resto... Além de que não estava minimamente sincronizado com as o movimento dos lábios dos actores... Isso acabou por naturalmente "estragar" um pouco a minha concentração no começo do filme...
ResponderEliminarSe Bening ganhar à Portman lá se vai a minha pouca consideração pela Academia...
LOL, pois, daqueles erros fantásticos! :P
ResponderEliminarSim, tens razão. Eu acho que a Bening já merecia, mas com esta interpretação da Natalie Portman é injusto que o receba. Mas ainda me custa a crer que a Academia, conservadora como é, vá dar o Óscar a um desempenho como este. Mas espero estar bem errado!
Estou sem palavras... provavelmente o filme mais violento que já vi, tão forte é a pancada que se sente ao vê-lo. Amei...
ResponderEliminarEu sabia que ias gostar. :) É espantosa a reacção que o filme consegue produzir, é verdade. Quando o vi das duas vezes senti-me mesmo mal... é demasiado devastador. Mas a um nível positivo. Ou negativo, nem sei bem. Mas é isso, é difícil exprimir o que se sente.
ResponderEliminarO grande problema da Academia é que por vezes confunde melhor interpretação do ano com prémio carreira... Mas quando dão um prémio carreira, fecham um buraco, ou seja, actor de grande nível que nunca venceu um - muitas vezes injustamente (quando vão dar um desses à Moore??) - mas acabam por abrir outro porque mais tarde vão "ter" que premiar aquele actor que merecia e não ganhou...
ResponderEliminarQuanto à Portman, se a Academia conseguiu nomear o "Kynodontas" (que eu acho ainda mais provocador que o "Black Swan"), consegue dar o Óscar a Portman... :P
Nem uma referencia à obra literária na qual Aronofsky se inspira para fazer este filme - Nina Sayers é Yakov Petrovitch Golyadkin, de "O Duplo" de Dostoievski
ResponderEliminarObrigado pela referência. :)
ResponderEliminarAbsolutamente perfeito!!!
ResponderEliminarExcelente crítica, sublinho tudo a 100%. O filme do ano, magistral.
ResponderEliminarObrigado :)
ResponderEliminarX-cellent! Aronofsky nos presentiando com sua criatividade e talento genuínos. Costumo dizer que ele, Nolan e Fincher renovam minhas esperanças no futuro do cinema americano. Eu sei, Nolan não é americano, mas como a maior parte dos grandes cineastas que construíram a história do cine americano não eram... já o estou incluindo nessa lista.
ResponderEliminarTodo o filme caminha para aquele final exímio e perfeito é o culminar, o climax. E Aronofsky fá-lo maravilhosamente.
ResponderEliminarO filme realmente toca-se bastante com o Wrestler, até nalguns movimentos de câmara o recordei, e obviamente no retrato do protagonista, um em relação ao wrestling e outro ao Ballet, tal como descreveste depois os caminhos são diferentes.
Adorei, e eu que sou daqueles que também adorou o Social Network, vou torcer por este nos Òscares.
Não adiantará muito torcer pelo Black Swan, porque não terá grandes hipóteses. Mas este já é o meu preferido do ano. Por mim, ganharia o The Social Network... mas vai ganhar o The King's Speech.
ResponderEliminarObrigado pelo comentário! :)
Sim, tenho plena noção que não vai ganhar.
ResponderEliminarO King's ainda não vi. Mas como a academia poderá querer ser diferente novamente, não me admirava que tirasse o óscar ao social. Se é merecido ou não é que não faço ideia.
Vai tirar com praticamente toda a certeza o Óscar ao The Social Network. Se merece ou não... bem, até merece. Eu dou-lhe 9*. Mas é porque é tecnicamente exímio, as interpretações são quase perfeitas... e a história é comovente, motivadora. Mas é o seguro. É um filme académico, oficial, nada arrojado. É claramente filme de Óscares de há uns anos atrás...
ResponderEliminarFui hoje rever o "Black Swan". Curiosamente, não sei se por agora o filme ter começado e acabado na mesma linguagem ou por ter estado mais focado em alguns pormenores, gostei ainda mais do filme e o final desta vez conseguiu arrepiar-me. Portman tem mesmo de levar o Óscar e continua a ser um mistério para mim como é que a Kunis não levou sequer uma nomeação (e mesmo depois de ver "The fighter" continua a ser a minha favorita). É, realmente, uma obra artisticamente irretocável!
ResponderEliminarSim, eu arrepiei-me sempre das duas vezes e a reacção final foi sempre a mesma: estarrecimento completo.
ResponderEliminarFoi isso que me faltou na 1ª vez para lhe dar o 10, que agora muito justamente lhe atribuo...
ResponderEliminarEu gostei, especialmente, de ouvir o elenco a "falar" alemão! :D
ResponderEliminarLOL, essa falha técnica da antestreia foi lamentável. E houve quem fosse falar com a equipa do cinema e eles responderam que era mesmo assim, pelo que sei.
ResponderEliminarEsse foi um momento que nunca vou esquecer!! Mas melhor foi eu achar que aquilo era russo... LOL E o momento da troca em que, num diálogo, uma pessoa (penso que a mãe) diz uma pergunta em alemão e a outra (penso que a Nina) responde em inglês... Simply priceless!! E ainda houve gente que nem sequer reparou... :S
ResponderEliminarEu tenho uma teoria. Eu acho que o senhor da projecção pôs o filme a rolar e saiu para ver o futebol (nesse dia jogou o porto vs benfica). Depois, só quando algumas pessoas começaram a sair para avisar os funcionários é que ele voltou. De certeza que foi isso :) Mas, para mim, o cerne da questão é: como é possível que as pessoas consigam/gostem de ver filmes dobrados (ainda por cima quando se nota a léguas a diferença entre o som e o movimento das bocas)? É o medo! Parece que os actores estão possuídos por espíritos e a falar com vozes diferentes.
ResponderEliminarÉ por filmes como este que vale a pena ir ao cinema. Magistral.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
» CINEROAD - A Estrada do Cinema «
Plenamente de acordo!
ResponderEliminarVi hoje o filme e fiquei deveras estupefacto! A prestação de todo o elenco, especialmente a de Natalie Portman, consegue controlar-nos e fazer-nos sentir emoções reais. E eu, que nunca fui grande apreciador de ballet, ganhei uma nova perspectiva e um certo interesse pelo mesmo. É pena que todo o trabalho de Natalie Portman seja demonstrada em apenas 100 minutos, pois ela merecia muito mais, apesar de se evidenciar claramente na sua interpretação. As 5 estrelas são bem merecidas, bem como o Óscar de Melhor Actriz! :D
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