Título original: Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (2007)
Realização: Tim Burton
Argumento: John Logan e Stephen Sondheim
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen e Alan Rickman
Tim Burton é dos poucos realizadores no mundo que se mantém fiel ao mesmo género cinematográfico. Independentemente do filme que realize, Tim Burton liberta sempre a sua veia fantasiosa de carácter negro e onde quer que se movimente dentro do seu Universo é sempre um génio.
Por seu lado, Sweeney Todd é algo incomum na carreira do realizador, por ser um musical. No entanto, nem isso fez com que o realizador se distanciasse da sua fórmula negra, com cenários detalhados e uma fantástica caracterização das personagens. Tim Burton encontrou na obra de Stephen Sondheim, um motivo extra para continuar com o seu universo fantástico. Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street transpira cliché, como já é habitual nas suas obras, muito por culpa da atmosfera obscura que imprime. Se bem que isso não tem afastado os fãs do seu trabalho enquanto realizador, consagrando-o cada vez no panorama do cinema mundial.
Quanto ao elenco não há nada de novo. Johnny Depp mantém a sua postura profissional e a garra habitual que impregna nas personagens e Helena Bonham Carter continua com as suas personagens algo psicóticas e carentes, mas com uma prestação fantástica. A surpresa chega na forma de Sacha Baron Coen que tem um papel pequeno, mas eficaz e que se distancia bastante (e felizmente) dos seus trabalhos anteriores.
Contudo considero que há qualquer coisa que falha em Sweeney Todd e esse vazio surge precisamente no argumento, que parece incompleto e bastante solitário. O filme refugia-se demais na atmosfera soturna e sombria e no tema da vingança sanguinária de Sweeney Todd e Mrs. Lovett. Os temas são demasiado negros e alguns até rídiculos, bem como os momentos das canções nem sempre são oportunos, tornando por vezes o tom do filme em algo bizarro.
Falta ousadia e vontade de arriscar neste filme. A dada altura as personagens ficam-se demasiado pelas cantorias e não exploram a motivação por detrás das suas acções, penalizando demasiado o filme por isso. Tim Burton perde o fulgor em momentos cruciais da realização, prendendo-se demasiado ao seu estilo, evidenciando dificuldades até na direcção de actores, que aparentam estar já em modo automático.
Longe de ser uma obra-prima, Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street deslumbra visualmente, mas acaba por ser mais um filme de Tim Burton, sem trazer algo de novo à sua fórmula.
Extras:
Por seu lado, Sweeney Todd é algo incomum na carreira do realizador, por ser um musical. No entanto, nem isso fez com que o realizador se distanciasse da sua fórmula negra, com cenários detalhados e uma fantástica caracterização das personagens. Tim Burton encontrou na obra de Stephen Sondheim, um motivo extra para continuar com o seu universo fantástico. Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street transpira cliché, como já é habitual nas suas obras, muito por culpa da atmosfera obscura que imprime. Se bem que isso não tem afastado os fãs do seu trabalho enquanto realizador, consagrando-o cada vez no panorama do cinema mundial.
Quanto ao elenco não há nada de novo. Johnny Depp mantém a sua postura profissional e a garra habitual que impregna nas personagens e Helena Bonham Carter continua com as suas personagens algo psicóticas e carentes, mas com uma prestação fantástica. A surpresa chega na forma de Sacha Baron Coen que tem um papel pequeno, mas eficaz e que se distancia bastante (e felizmente) dos seus trabalhos anteriores.
Contudo considero que há qualquer coisa que falha em Sweeney Todd e esse vazio surge precisamente no argumento, que parece incompleto e bastante solitário. O filme refugia-se demais na atmosfera soturna e sombria e no tema da vingança sanguinária de Sweeney Todd e Mrs. Lovett. Os temas são demasiado negros e alguns até rídiculos, bem como os momentos das canções nem sempre são oportunos, tornando por vezes o tom do filme em algo bizarro.
Falta ousadia e vontade de arriscar neste filme. A dada altura as personagens ficam-se demasiado pelas cantorias e não exploram a motivação por detrás das suas acções, penalizando demasiado o filme por isso. Tim Burton perde o fulgor em momentos cruciais da realização, prendendo-se demasiado ao seu estilo, evidenciando dificuldades até na direcção de actores, que aparentam estar já em modo automático.
Longe de ser uma obra-prima, Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street deslumbra visualmente, mas acaba por ser mais um filme de Tim Burton, sem trazer algo de novo à sua fórmula.
Extras:
- Menu Interactivo
- Índice de Capítulos
- Acesso directo às cenas do filme através do menu
- Idiomas
- Trailers
A derradeira obra-prima de Tim Burton!
ResponderEliminarSádico, satírico e formidável.
P.S - Quanto aos extras, recomendo vivamente a versão com dois discos, tá bem recheada :)
Jackson,
ResponderEliminarPara mim nada bate o seu Eduardo Mãos-de-Tesoura. Achei que este Sweeney Todd tinha muito mais a ganhar se não fosse tão musical...
Pois, esta edição era fraquinha, porque trazia outros filmes de Tim Burton no mesmo pack.