Realização: Ken Kwapis
Argumento: Abby Kohn e Marc Silverstein
Elenco: Ben Affleck, Drew Barrymore, Jennifer Aniston, Bradley Cooper, Justin Long, Kevin Connolly, Jennifer Connelly e Scarlett Johansson
Na (des)construção de fantasias as mulheres são quase profissionais. Mas no que toca a interpretar os sinais deixados pelo sexo oposto, as mulheres diferem em muito dos homens. E se ele não me ligar? E se ele não quiser dormir comigo? E se ele não quiser casar? Bem, talvez ele não esteja assim tão interessado. Ou talvez até esteja. Em suma: serei a excepção ou a regra?
Elaborado na forma de um manual, o filme de Ken Kwapis é baseado no livro homónimo de Greg Behrendt e Liz Tucillo (argumentistas de alguns episódios de Sex and the City). Ele Não Está Assim Tão Interessado acaba por ser uma paródia aos relacionamentos actuais.
Certamente o público feminino irá soltar algumas gargalhadas ao reconhecer-se em muitas das mais variadas situações do filme, bem como as motivações e acções masculinas acabam por ser descortinadas em alguns momentos. Estereótipos não faltam no argumento: a solteirona desesperada para encontrar namorado, a rapariga que partilha casa há vários anos, mas que só pensa em casar, a esposa feliz que acaba por ser traída, a rapariga que se envolve com o homem casado, a rapariga que vive relações pela internet, o amigo que desvenda os truques do sexo masculino e as muitas amigas com comentários do género "Ele não é homem para ti.", "Isso é porque ele tinha medo da tua maturidade emocional"...
Não é uma obra-prima, não é inovador, mas é um puro produto de bom entretenimento, que consegue levar o espectador a reconhecer-se em cada instante do filme. Seja como excepção ou regra. O tom documental que a longa-metragem assume em algumas partes do filme, garante alguns gags bastante divertidos.
O problema contudo é o excesso de estrelas no elenco, que acaba por ofuscar algumas delas, dando-lhes desempenhos completamente aquém do esperado. É uma trama de relações cruzadas, onde todos os personagens acabam por se conhecer ou envolver de alguma forma. Uma espécie de manta de retalhos de estrelas de Hollywood que peca por esse mesmo excesso. Contudo a grande surpresa do argumento foi o talento e química de Justin Long e Ginnifer Goodwin, que garante um dos pares mais interessantes do filme. Por outro lado, existe talento subaproveitado como o de Jennifer Connely, Jennifer Aniston e sobretudo, Ben Affleck, que tem um dos piores desempenhos de sempre.
O argumento é cliché, estereotipado e com mais momentos light do que se desejaria. A realização é banal, já muito vista em cinema do género. Porém, na minha opinião, vale a pena, é divertido, não promete mais do que devia. Afinal, é uma simples paródia, uma comédia. Afinal os relacionamentos humanos não são feitos de clichés? Todos nós vamos nos conseguir reconhecer no filme ou pelo menos, alguém conhecido.
Na (des)construção de fantasias as mulheres são quase profissionais. Mas no que toca a interpretar os sinais deixados pelo sexo oposto, as mulheres diferem em muito dos homens. E se ele não me ligar? E se ele não quiser dormir comigo? E se ele não quiser casar? Bem, talvez ele não esteja assim tão interessado. Ou talvez até esteja. Em suma: serei a excepção ou a regra?
Elaborado na forma de um manual, o filme de Ken Kwapis é baseado no livro homónimo de Greg Behrendt e Liz Tucillo (argumentistas de alguns episódios de Sex and the City). Ele Não Está Assim Tão Interessado acaba por ser uma paródia aos relacionamentos actuais.
Certamente o público feminino irá soltar algumas gargalhadas ao reconhecer-se em muitas das mais variadas situações do filme, bem como as motivações e acções masculinas acabam por ser descortinadas em alguns momentos. Estereótipos não faltam no argumento: a solteirona desesperada para encontrar namorado, a rapariga que partilha casa há vários anos, mas que só pensa em casar, a esposa feliz que acaba por ser traída, a rapariga que se envolve com o homem casado, a rapariga que vive relações pela internet, o amigo que desvenda os truques do sexo masculino e as muitas amigas com comentários do género "Ele não é homem para ti.", "Isso é porque ele tinha medo da tua maturidade emocional"...
Não é uma obra-prima, não é inovador, mas é um puro produto de bom entretenimento, que consegue levar o espectador a reconhecer-se em cada instante do filme. Seja como excepção ou regra. O tom documental que a longa-metragem assume em algumas partes do filme, garante alguns gags bastante divertidos.
O problema contudo é o excesso de estrelas no elenco, que acaba por ofuscar algumas delas, dando-lhes desempenhos completamente aquém do esperado. É uma trama de relações cruzadas, onde todos os personagens acabam por se conhecer ou envolver de alguma forma. Uma espécie de manta de retalhos de estrelas de Hollywood que peca por esse mesmo excesso. Contudo a grande surpresa do argumento foi o talento e química de Justin Long e Ginnifer Goodwin, que garante um dos pares mais interessantes do filme. Por outro lado, existe talento subaproveitado como o de Jennifer Connely, Jennifer Aniston e sobretudo, Ben Affleck, que tem um dos piores desempenhos de sempre.
O argumento é cliché, estereotipado e com mais momentos light do que se desejaria. A realização é banal, já muito vista em cinema do género. Porém, na minha opinião, vale a pena, é divertido, não promete mais do que devia. Afinal, é uma simples paródia, uma comédia. Afinal os relacionamentos humanos não são feitos de clichés? Todos nós vamos nos conseguir reconhecer no filme ou pelo menos, alguém conhecido.
Sem querer ser pretensioso, a sua classificação surpreendeu-me, ainda que não o tinha visto. O patamar onde este género (falo de padrões, não deste filme especificamente, baseando-me apenas na sua premissa e apresentação) realiza é francamente baixo, sem surpreender, e parecendo-me mais um que preenche esse requisitos, a curiosidade pelo filme cresceu, vendo que lhe deste 3,5 estrelas! A ver portanto!
ResponderEliminarAbraço.
Jackson, eu próprio me surpreendo com as pontuações baixas que dão ao filme. O filme é cliché, muito mesmo, a sua premissa e apresentação estão mais que batidas. É tudo verdade. Mas o filme não se propôs a mais nada que isso mesmo. É um produto de entretenimento, onde todos se vão reconhecer (especialmente as mulheres). A mim pareceu-me divertido. Mas é tudo uma questão de opinião.
ResponderEliminarEu fui um pouco 'obrigado' pela minha cara metade a ir ver este filme ao cinema, e posso dizer que me agradou e surpreendeu bastante.
ResponderEliminarEstava à espera de algo bem mais cliché e previsivel, mas a verdade é que acaba por ser um que admite desde inicio ser uma comédia romântica, mas acaba por perder um pouco esse estigma conforme o tempo de visualização vai passando.
Para mim é mais fácil votar de 1 a 10, por isso daria um 7 :)
Pagani, concordo plenamente. É por essa perspectiva que vejo. E um 7 é um 3,5. ;)
ResponderEliminarBoa review do filme e muito certeira.
ResponderEliminarDeixa no final uma sensação de faltar algo mais mas a verdade é que é um filme que gostei muito mesmo assim. E a premissa é bastante interessante.
Obs: Merecia um poster bem melhor e que incluísses a Ginnifer Goodwin na informação do elenco. Só ela vale o filme todo...
Tens toda a razão, a crítica é antiga e na verdade, é a Ginnifer Goodwin que suporta grande parte do filme!
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