Elenco: Jack O'Connell, Kelly Reilly, Michael Fassbender e Tara Ellis
Eden Lake tem os elementos indispensáveis para satisfazer os espectadores de filmes de terror, sem descurar quem procura um exercício mais exigente do que o simples survival horror.
Isto significa, na prática, que perante o seguimento das melhores regras deste género, está também uma perturbadora reflexão da natureza humana no mundo actual.
O jogo de claustrofobia e tensão que James Watkins cria tem enorme impacto.
A sobrevivência do casal, que apenas procurava um pequeno paraíso, torna-se numa angústia que se instala de imediato no espectador. Violentamente, mesmo.
A fuga do "mal" sente-se na carne.
Essa verdadeira angústia, beneficiando da inteligência que James Watkins revela, cria-se verdadeiramente graças àquele que é o verdadeiro trunfo deste filme.
Ao invés de um qualquer abstracto "mal", quem se coloca no encalço do casal é um grupo de jovens.
Liderados pelo mais violento entre eles, vingativo e calculista - e aparentemente amoral -, numa onda de súbita mas controlada loucura.
O espectro que se ergue é a da perca de limites - de consciência, de respeito, de civismo - pelas novas gerações que se sentem impunes.
E dentro desse espectro revela-se algo ainda pior. A facilidade de influências, a malvadez que brota surpreendentemente numa idade da qual se esperaria ainda inocência, até para com os próprios pares.
E o final - surpreendente na sua energia cruel - revela ainda mais como essa impunidade influencia a geração jovem.
Como o que se passou nos bosques pela mão daqueles jovens se justifica na essência do pensamento a que as gerações anteriores lhes revelam.
O orgulho que sobre de tudo isto - veja-se o olhar que se revela na imagem acima - é ainda mais aterrador do que todas as acções que vieram antes.
Sem explicações oferecidas ao espectador, tem de ser nossa a procura de conclusões.
Obrigar-nos a fazê-lo perante um (bom) filme de terror é ainda mais admirável.
Eden Lake tem os elementos indispensáveis para satisfazer os espectadores de filmes de terror, sem descurar quem procura um exercício mais exigente do que o simples survival horror.
Isto significa, na prática, que perante o seguimento das melhores regras deste género, está também uma perturbadora reflexão da natureza humana no mundo actual.
O jogo de claustrofobia e tensão que James Watkins cria tem enorme impacto.
A sobrevivência do casal, que apenas procurava um pequeno paraíso, torna-se numa angústia que se instala de imediato no espectador. Violentamente, mesmo.
A fuga do "mal" sente-se na carne.
Essa verdadeira angústia, beneficiando da inteligência que James Watkins revela, cria-se verdadeiramente graças àquele que é o verdadeiro trunfo deste filme.
Ao invés de um qualquer abstracto "mal", quem se coloca no encalço do casal é um grupo de jovens.
Liderados pelo mais violento entre eles, vingativo e calculista - e aparentemente amoral -, numa onda de súbita mas controlada loucura.
O espectro que se ergue é a da perca de limites - de consciência, de respeito, de civismo - pelas novas gerações que se sentem impunes.
E dentro desse espectro revela-se algo ainda pior. A facilidade de influências, a malvadez que brota surpreendentemente numa idade da qual se esperaria ainda inocência, até para com os próprios pares.
E o final - surpreendente na sua energia cruel - revela ainda mais como essa impunidade influencia a geração jovem.
Como o que se passou nos bosques pela mão daqueles jovens se justifica na essência do pensamento a que as gerações anteriores lhes revelam.
O orgulho que sobre de tudo isto - veja-se o olhar que se revela na imagem acima - é ainda mais aterrador do que todas as acções que vieram antes.
Sem explicações oferecidas ao espectador, tem de ser nossa a procura de conclusões.
Obrigar-nos a fazê-lo perante um (bom) filme de terror é ainda mais admirável.
Faz lembrar uma versão distante de Funny Games.
ResponderEliminarEste Eden Lake é muito bom! É um filme de terror com bastante violência, mas com muitos miolos também. Uma mensagem muito pertinente acerca dos nossos jovens actuais...
ResponderEliminarUm dos piores filmes de "terror" (?!) da década.
ResponderEliminarOra viva Anônimo!
ResponderEliminarDeve ter visto poucos filmes de terror, esta década.
Mas evoco um bem conhecido, Hostel, que por comparação é bem pior.
Outros, ainda piores saíram directamente em DVD por cá ou não saíram de todo.
4* também
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