Realização: Bryan Bertino
Argumento: Bryan Bertino
Elenco: Liv Tyler, Scott Speedman, Glenn Howerton e Laura Margolis
Inicialmente previsto para estrear em Portugal a 11 de Setembro do ano passado, Os Estranhos foi alvo da (contínua) má gestão da distribuidora portuguesa ZON Lusomundo e só agora chegou aos nossos cinemas. O interesse perante o filme chegou através do trailer que prometia bastante, principalmente um regresso aos verdadeiros clássicos de terror e suspense.
A primeira meia hora do filme deixa antever um enorme potencial e curiosamente chegamos ao fim do mesmo com a noção que Os Estranhos não é um mau filme. No entanto, é daqueles que perdem por toda a expectativa elevada que geram.
Os Estranhos assemelha-se a Vacancy, realizado por Nimród Antal, no género de suspense psicológico que habitualmente é melhor recebido pela crítica, do que os actuais sanguinários géneros de terror como o da saga Saw. Próximo das origens, a câmara de Bryan Bertino inicialmente capta de forma competente o sentido claustrofóbico do espaço físico, mas também a claustrofobia em que as personagens se encontram no momento.
O problema é que a inexperiência de Bryan Bertino repara-se de imediato após uns minutos de filme. A premissa é bastante boa e prima pela simplicidade, o problema é que aparenta e transperece um vazio narrativo imperdoável. Diálogos escassos, incompreensão da sequência narrativa e dos acontecimentos que antecederam ao drama do casal. O facto de ser vazio em conteúdo provoca cansaço no espectador, apesar de não ser uma película demasiado extensa.
O facto de ser inspirado em factos verídicos reflecte-se na perspectiva com que vemos o filme e imprime medo, mas a falta de motivos para manter intacta a essência do mesmo reflecte o sentido contrário. Os Estranhos tem um dos argumentos mais redutores de que há memória, onde se inclui a linearidade das personagens.
O regresso de Liv Tyler (Armageddon) não foi também o esperado. A actriz limita-se a gritar em grande maioria das cenas e por vezes não consegue transmitir a expressividade exigida para a sua personagem. Também Scott Speedman (Underworld) deixa bastante a desejar, num momento baixo da sua carreira onde também as cenas deixadas a seu critério não eram, também, muito exigentes.
Bryan Bertino é melhor realizador que argumentista. A realização é capaz e funcional, a caracterização e construção dos cenários simples, mas eficaz. O argumento é redutor, linear e enfadonho, apesar de todo o potencial que podia ter libertado.
Os Estranhos promete mais do que consegue e isso é decepcionante.
A primeira meia hora do filme deixa antever um enorme potencial e curiosamente chegamos ao fim do mesmo com a noção que Os Estranhos não é um mau filme. No entanto, é daqueles que perdem por toda a expectativa elevada que geram.
Os Estranhos assemelha-se a Vacancy, realizado por Nimród Antal, no género de suspense psicológico que habitualmente é melhor recebido pela crítica, do que os actuais sanguinários géneros de terror como o da saga Saw. Próximo das origens, a câmara de Bryan Bertino inicialmente capta de forma competente o sentido claustrofóbico do espaço físico, mas também a claustrofobia em que as personagens se encontram no momento.
O problema é que a inexperiência de Bryan Bertino repara-se de imediato após uns minutos de filme. A premissa é bastante boa e prima pela simplicidade, o problema é que aparenta e transperece um vazio narrativo imperdoável. Diálogos escassos, incompreensão da sequência narrativa e dos acontecimentos que antecederam ao drama do casal. O facto de ser vazio em conteúdo provoca cansaço no espectador, apesar de não ser uma película demasiado extensa.
O facto de ser inspirado em factos verídicos reflecte-se na perspectiva com que vemos o filme e imprime medo, mas a falta de motivos para manter intacta a essência do mesmo reflecte o sentido contrário. Os Estranhos tem um dos argumentos mais redutores de que há memória, onde se inclui a linearidade das personagens.
O regresso de Liv Tyler (Armageddon) não foi também o esperado. A actriz limita-se a gritar em grande maioria das cenas e por vezes não consegue transmitir a expressividade exigida para a sua personagem. Também Scott Speedman (Underworld) deixa bastante a desejar, num momento baixo da sua carreira onde também as cenas deixadas a seu critério não eram, também, muito exigentes.
Bryan Bertino é melhor realizador que argumentista. A realização é capaz e funcional, a caracterização e construção dos cenários simples, mas eficaz. O argumento é redutor, linear e enfadonho, apesar de todo o potencial que podia ter libertado.
Os Estranhos promete mais do que consegue e isso é decepcionante.
Não sei o que raios eu vi no Scott Speedman, mais gosto dele, este não tive a chance de ver ainda!
ResponderEliminarPara mim não houve papel nenhum relevante na história do cinema, que ele tivesse interpretado...
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