Título original: Angels & Demons (2009)
Realização: Ron HowardArgumento: David Koepp e Akiva Goldsman
Elenco: Tom Hanks, Ewan McGregor, Stellan Skarsgård e Ayelet Zurer
Não resistimos a fazer a mesma piada do costume. Anjos e Demónios já merece ser melhor visto que o seu antecessor, pelo penteado melhor de Tom Hanks. Fora de brincadeiras, é de concordar que Ron Howard não fez um mau trabalho. Não sou da opinião que se deve comparar a adaptação com o livro original, pelo que é sempre uma comparação injusta.
Anjos e Demónios possui um ritmo frenético e cativante, muito ao estilo blockbuster, com um argumento competente, muito próximo de um filme de acção, com algumas cenas bastante bem realizadas. A montagem é também exímia, com planos competentes, mesmo que demasiado académicos, enquanto que os cenários são bem projectados. Ron Howard também teve coragem de revelar alguma violência em vários momentos do filme e, não sendo gratuitos, funcionaram bastante bem ao longo do argumento. Essa coragem deixou de existir, quando foram omitidos alguns aspectos polémicos incluídos no livro e que garantiram alguma aprovação do Vaticano após o visionamento da película.
Tom Hanks mantém o seu bom papel, apesar de por vezes pecar em determinados diálogos, falando demais, com pouca expressividade. Em Ayelet Zurer vê-se um talento desperdiçado. A actriz torna-se um mero peão em redor da personagem principal, contracenando pouco com o protagonista e tendo pouca importância na trama. Por seu lado, Ewan McGregor tem um papel surpreendentemente agradável, num misto de qualidades/defeitos, bastante genuíno e revelador de um enorme talento.
Por outro lado, o filme acaba por perder quando explica demasiado determinadas pistas e enigmas da história, numa tentativa desesperante de se fazer perceber perante o público em geral. Mesmo assim essa tendência foi reduzida face às duras críticas sofridas por The Da Vinci Code (2006). Mesmo a descodificação de determinadas informações acabam a dada altura por se revelar demasiado óbvias, mas compensadas pelas enormes reviravoltas. Previsíveis? Provavelmente. Mas são fonte de entretenimento puro e acabam por trazer algum brilho à extensa trama, que frequentemente parece terminar, mas de imediato recomeça. Pena que não tenham dado mais importância à história paralela do CERN.
A banda sonora da autoria de Hans Zimmer adequa-se perfeitamente ao tom épico da longa-metragem, bastante ritmada, com várias mudanças de tom que acompanham a cadência da obra.
De Anjos e Demónios podemos retirar entretenimento e um bom produto desse ponto de vista, mas acaba por lhe faltar alguma consistência e genuinidade que lhe permita dar a volta e dar um passo em frente ao do blockbuster.
Não resistimos a fazer a mesma piada do costume. Anjos e Demónios já merece ser melhor visto que o seu antecessor, pelo penteado melhor de Tom Hanks. Fora de brincadeiras, é de concordar que Ron Howard não fez um mau trabalho. Não sou da opinião que se deve comparar a adaptação com o livro original, pelo que é sempre uma comparação injusta.
Anjos e Demónios possui um ritmo frenético e cativante, muito ao estilo blockbuster, com um argumento competente, muito próximo de um filme de acção, com algumas cenas bastante bem realizadas. A montagem é também exímia, com planos competentes, mesmo que demasiado académicos, enquanto que os cenários são bem projectados. Ron Howard também teve coragem de revelar alguma violência em vários momentos do filme e, não sendo gratuitos, funcionaram bastante bem ao longo do argumento. Essa coragem deixou de existir, quando foram omitidos alguns aspectos polémicos incluídos no livro e que garantiram alguma aprovação do Vaticano após o visionamento da película.
Tom Hanks mantém o seu bom papel, apesar de por vezes pecar em determinados diálogos, falando demais, com pouca expressividade. Em Ayelet Zurer vê-se um talento desperdiçado. A actriz torna-se um mero peão em redor da personagem principal, contracenando pouco com o protagonista e tendo pouca importância na trama. Por seu lado, Ewan McGregor tem um papel surpreendentemente agradável, num misto de qualidades/defeitos, bastante genuíno e revelador de um enorme talento.
Por outro lado, o filme acaba por perder quando explica demasiado determinadas pistas e enigmas da história, numa tentativa desesperante de se fazer perceber perante o público em geral. Mesmo assim essa tendência foi reduzida face às duras críticas sofridas por The Da Vinci Code (2006). Mesmo a descodificação de determinadas informações acabam a dada altura por se revelar demasiado óbvias, mas compensadas pelas enormes reviravoltas. Previsíveis? Provavelmente. Mas são fonte de entretenimento puro e acabam por trazer algum brilho à extensa trama, que frequentemente parece terminar, mas de imediato recomeça. Pena que não tenham dado mais importância à história paralela do CERN.
A banda sonora da autoria de Hans Zimmer adequa-se perfeitamente ao tom épico da longa-metragem, bastante ritmada, com várias mudanças de tom que acompanham a cadência da obra.
De Anjos e Demónios podemos retirar entretenimento e um bom produto desse ponto de vista, mas acaba por lhe faltar alguma consistência e genuinidade que lhe permita dar a volta e dar um passo em frente ao do blockbuster.
Parece que desta vez estamos de acordo. Em praticamente tudo mesmo. Não gostei de Hanks nem Zurer e considero McGregor a grande estrela do filme. Relativamente às comparações com o livro são inevitáveis. Obviamente, nunca poderia ter a mesma intensidade pois imaginamos sempre as coisas de forma diferente mas quando um estúdio arrisca a adaptação de um escrito está sujeita às comparações.
ResponderEliminarAbraço
Fifeco,
ResponderEliminarEu não li o livro, portanto não podia fazer uma grande comparação. Mas conheço quem tenha gostado mais do filme que do livro.
Abraço
Pois, essa pessoa sou eu.
ResponderEliminarMa sinceramente mais porque adivinhei o que se ia passar no livro. Como no filme já não tinha expectativas em relação ao argumento, apenas à forma como o apresentariam, correu melhor.