Argumento: Sharman Macdonald
Elenco: Keira Knightley, Sienna Miller, Cillian Murphy e Matthew Rhys
A questão dos rótulos é, por si só, demasiado enganadora. Anunciado como uma biopic do poeta britânico Dylan Thomas, No Limite do Amor não é mais que um romance de faca e alguidar, onde a suposta personagem principal é das mais secundárias.
No Limite do Amor torna-se quase uma peça tablóide sobre a suposta vida promíscua do poeta, focando-se num polémico e complexo triângulo amoroso, que pouco mais é um pretexto para assemelhar a película a algo semelhante a Atonement (2007). John Maybury tenta criar um ponto de vista poético e romanceado em tempos de guerra, neste caso, Segunda Guerra Mundial. O que resulta em sentido estético não resulta porém em termos narrativos, acabando por cingir-se a essa componente dramática, apenas como um complemento à vida pessoal de Dylan Thomas.
Não é seguramente uma biopic. A construção narrativa é instável e incoerente, principalmente à medida que não se foca no trabalho literário do poeta e dá primazia ao triângulo amoroso, que também não permite explicar correctamente as motivações das personagens por detrás das acções. Por conseguinte, acaba-se por transmitir uma perspectiva bastante subjectiva, simplista e de certa forma viciada, do contexto social e biografia de Dylan Thomas.
Esteticamente, No Limite do Amor está bem concebido. Mas o ângulo demasiado objectivo das câmaras acaba por impedir uma aproximação emocional às personagens. O guarda-roupa está adequado à época, sendo um dos pontos altos do filme, bem como a banda sonora que incute o espírito desolador da Segunda Guerra Mundial.
O elenco não é propriamente exímio na interpretação das suas personagens. Têm um trabalho satisfatório, mas entram demasiadas vezes em piloto automático, condicionados pelo argumento. Keira Knightley repete a fórmula habitual, já comum nos últimos filmes que integra. Sienna Miller tem um papel bastante interessante, a que não foi dado grande ênfase, de certa forma neurótico como em Factory Girl (2006). Matthew Rhys tem uma personagem superficial, o que é irónico, sendo supostamente o protagonista. Cillian Murphy é de longe a personagem mais interessante, principalmente na parte final da longa-metragem, com um desempenho competente.
No Limite do Amor é um romance básico e simplista, que vale apenas pelo valor estético.
No Limite do Amor torna-se quase uma peça tablóide sobre a suposta vida promíscua do poeta, focando-se num polémico e complexo triângulo amoroso, que pouco mais é um pretexto para assemelhar a película a algo semelhante a Atonement (2007). John Maybury tenta criar um ponto de vista poético e romanceado em tempos de guerra, neste caso, Segunda Guerra Mundial. O que resulta em sentido estético não resulta porém em termos narrativos, acabando por cingir-se a essa componente dramática, apenas como um complemento à vida pessoal de Dylan Thomas.
Não é seguramente uma biopic. A construção narrativa é instável e incoerente, principalmente à medida que não se foca no trabalho literário do poeta e dá primazia ao triângulo amoroso, que também não permite explicar correctamente as motivações das personagens por detrás das acções. Por conseguinte, acaba-se por transmitir uma perspectiva bastante subjectiva, simplista e de certa forma viciada, do contexto social e biografia de Dylan Thomas.
Esteticamente, No Limite do Amor está bem concebido. Mas o ângulo demasiado objectivo das câmaras acaba por impedir uma aproximação emocional às personagens. O guarda-roupa está adequado à época, sendo um dos pontos altos do filme, bem como a banda sonora que incute o espírito desolador da Segunda Guerra Mundial.
O elenco não é propriamente exímio na interpretação das suas personagens. Têm um trabalho satisfatório, mas entram demasiadas vezes em piloto automático, condicionados pelo argumento. Keira Knightley repete a fórmula habitual, já comum nos últimos filmes que integra. Sienna Miller tem um papel bastante interessante, a que não foi dado grande ênfase, de certa forma neurótico como em Factory Girl (2006). Matthew Rhys tem uma personagem superficial, o que é irónico, sendo supostamente o protagonista. Cillian Murphy é de longe a personagem mais interessante, principalmente na parte final da longa-metragem, com um desempenho competente.
No Limite do Amor é um romance básico e simplista, que vale apenas pelo valor estético.
Guardava algumas expectativas até à data da sua estreia, onde fora muito criticado..
ResponderEliminarJackson,
ResponderEliminarÉ realmente um filme fraquinho, na minhã opinião, não é sequer recomendável.
A maior virtude deste filme foi ter despertado em mim um enorme interesse em conhecer a fundo a obra de Dylan Thomas, que acaba por ser aqui uma personagem menor e tão pouco explorada
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