Não é difícil gostar de Heroes nesta primeira temporada. Apesar da premissa não ser nova nem ser uma série sem falhas, a série consegue ter um argumento minimamente interessante. Para ver Heroes são precisas duas coisas: não questionar demasiado e não esperar demasiada imprevisibilidade
A abordagem às pessoas normais que descobrem poderes extraordinários não é original nem será esta a última vez que terá sido abordada (veja-se o recente filme Push), mas o facto de ser uma consequência de genética e evolução dá um ar mais realista à série (não que eu ache que um codão devesse ser a explicação completa, mas não é de genética que estou aqui para escrever).
Tirando uma ou outra interpretação mais fraca, como por exemplo Adrian Pasdar no papel de Nathan ou até Ali Larter no início interpretando o dualismo Nikki/Jessica, a série conseguiu bons actores que conseguem levar as suas personagens a bom porto. A revelação de Masi Oka e Milo Ventimiglia como Hiro Nakamura e Peter Petrelli respectivamente são, na minha opinião, as melhores. Devo também elogiar a participação de Zachary Quinto como Sylar que tem momentos altos durante a série.
Contudo, o argumento não é perfeito nem constantemente interessante ou imprevisível. Existem diversos buracos na estória e algumas incoerências, algumas delas que espero ver respondidas nas próximas temporadas. Um grande defeito na série para mim é a questão do "nos episódios anteriores", pois diversas vezes incluíram cenas inéditas que explicavam em 3 segundos o que poderia ser um mistério a descobrir durante um episódio. Há quem não concorde comigo e prefira saber logo tudo, mas eu gosto que a série mantenha o seu mistério e as suas dúvidas no ar.
A abordagem às pessoas normais que descobrem poderes extraordinários não é original nem será esta a última vez que terá sido abordada (veja-se o recente filme Push), mas o facto de ser uma consequência de genética e evolução dá um ar mais realista à série (não que eu ache que um codão devesse ser a explicação completa, mas não é de genética que estou aqui para escrever).
Tirando uma ou outra interpretação mais fraca, como por exemplo Adrian Pasdar no papel de Nathan ou até Ali Larter no início interpretando o dualismo Nikki/Jessica, a série conseguiu bons actores que conseguem levar as suas personagens a bom porto. A revelação de Masi Oka e Milo Ventimiglia como Hiro Nakamura e Peter Petrelli respectivamente são, na minha opinião, as melhores. Devo também elogiar a participação de Zachary Quinto como Sylar que tem momentos altos durante a série.
Contudo, o argumento não é perfeito nem constantemente interessante ou imprevisível. Existem diversos buracos na estória e algumas incoerências, algumas delas que espero ver respondidas nas próximas temporadas. Um grande defeito na série para mim é a questão do "nos episódios anteriores", pois diversas vezes incluíram cenas inéditas que explicavam em 3 segundos o que poderia ser um mistério a descobrir durante um episódio. Há quem não concorde comigo e prefira saber logo tudo, mas eu gosto que a série mantenha o seu mistério e as suas dúvidas no ar.
O desenvolvimento das personagens é consideravelmente interessante, assim como o estabelecimento de relações entre si, mas mais uma vez é um pouco previsível. A questão da grande conspiração para um objectivo maior ainda a descobrir onde cada um é como uma peça de xadrez também está um pouco repetitiva e torna a série um pouco aborrecida, embora os argumentistas se tenham esforçado para tentar fazer as personagens jogarem por fora do que seria suposto.
Heroes não será uma grande série de culto ou um conjunto de eventos inesperados, mas é uma série com uma qualidade consideravelmente elevada e algumas premissas interessantes, que merece ser vista sem se esperar demasiado dela.
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