Realização: Randall Miller
É inevitável ao olharmos para Duelo de Castas que o senso comum nos traga à memória Sideways (2004), de Alexander Payne. A base da história é semelhante: os vinhos da Califórnia. Mas a forma como a mesma se desenvolve é distinta, primando pela simpatia, e sendo pouco mais que isso.
Baseado na história real do chamado "Julgamento de Paris" que coincide com o início do boom vinícola na Califórnia em 1976, Duelo de Castas mistura a componente dramática com um tom ligeiro. Os intervenientes são retratados de forma estereotipada, demasiado irónica por vezes, o que lhe atribui um formato distinto do esperado. De igual forma, as tramas secundárias são muito mal trabalhadas e aprofundadas, o que contribui para a noção de um filme pouco consistente e profundo. Mas ao mesmo tempo temos um produto refrescante, fruto de um género indie que tem ganho um lugar cada vez mais importante e destacado na indústria cinematográfica.
O elenco, apesar de incluir actores célebres em Hollywood como Chris Pine e Alan Rickman, tem prestações moderadas, mas as suas personagens são prejudicadas pelo argumento e caracterização, especialmente a patética cabeleira do primeiro ou o sotaque rídiculo do segundo.
A fotografia é um dos elementos mais positivos do filme, nos seus tons ocres e amarelos, que fornecem um bonito postal das paisagens vinícolas californianas e um tom que confirma a simpatia do filme.
O pior é a ridícula tradução do título em português. O filme não confronta as castas, mas sim os vinhos franceses e californianos, até porque o senso comum facilmente entende que ambos não são sinónimos. Aliás, em Bottle Shock as principais castas são as mesmas dos dois lados do Atlântico. O conceito referido no título original refere-se ao fenómeno químico e físico que o vinho "perfeito" sofre.
Apesar de tudo isto, Duelo de Castas não é um mau filme, é apenas menor do que aquilo que poderia ser. É simpático, divertido e colorido. Mas facilmente se perde no universo cinematográfico.
Baseado na história real do chamado "Julgamento de Paris" que coincide com o início do boom vinícola na Califórnia em 1976, Duelo de Castas mistura a componente dramática com um tom ligeiro. Os intervenientes são retratados de forma estereotipada, demasiado irónica por vezes, o que lhe atribui um formato distinto do esperado. De igual forma, as tramas secundárias são muito mal trabalhadas e aprofundadas, o que contribui para a noção de um filme pouco consistente e profundo. Mas ao mesmo tempo temos um produto refrescante, fruto de um género indie que tem ganho um lugar cada vez mais importante e destacado na indústria cinematográfica.
O elenco, apesar de incluir actores célebres em Hollywood como Chris Pine e Alan Rickman, tem prestações moderadas, mas as suas personagens são prejudicadas pelo argumento e caracterização, especialmente a patética cabeleira do primeiro ou o sotaque rídiculo do segundo.
A fotografia é um dos elementos mais positivos do filme, nos seus tons ocres e amarelos, que fornecem um bonito postal das paisagens vinícolas californianas e um tom que confirma a simpatia do filme.
O pior é a ridícula tradução do título em português. O filme não confronta as castas, mas sim os vinhos franceses e californianos, até porque o senso comum facilmente entende que ambos não são sinónimos. Aliás, em Bottle Shock as principais castas são as mesmas dos dois lados do Atlântico. O conceito referido no título original refere-se ao fenómeno químico e físico que o vinho "perfeito" sofre.
Apesar de tudo isto, Duelo de Castas não é um mau filme, é apenas menor do que aquilo que poderia ser. É simpático, divertido e colorido. Mas facilmente se perde no universo cinematográfico.
Guardo muita curiosidade relativamente a Bottleshock, e sou fã do trabalho de Rickman!
ResponderEliminarJackson,
ResponderEliminarÉ um bom actor, mas não gostei assim tanto desta personagem dele. O filme é curioso, mas nada mais que isso.
É um filme que, também, me capta a atenção. Mesmo não sendo um muito provável grande filme, é um género que costumo apreciar.
ResponderEliminarAbraço.
Red Dust,
ResponderEliminarÉ ligeiro e assenta-lhe bem este tom indie. Nesse sentido poderá agradar a muitos, pedia-se apenas uma maior profundidade narrativa.