Realização: Isabel Coixet
Argumento: Nicholas Meyer e Philip Roth
Elegia é um profundo lamento pela vida perdida, pelo amor desperdiçado, pela juventude desaparecida.
Elegia é uma longa revisão da vida contra a última descoberta do amor.
Elegia é uma longa revisão da vida contra a última descoberta do amor.
Elegia é, afinal de contas, a revisão da serena impossibilidade de um homem viver uma vida amorosa saudável, sem se impedir de destruir a verdadeira felicidade, sem se impedir de destruir a relação que poderia ter com o seu filho, sem se impedir de chorar o seu próprio e auto-imposto Fado.
A verdade é que o homem parece, independentemente da sua idade, sempre um garoto perante uma mulher bonita e, mais grave, perante o amor.
Um garoto capaz de dar cabo de tudo, ainda que comporte consigo um conhecimento imenso sobre as mulheres, ainda que seja na verdade um mestre idolatrado pela mulher que ama.
Um garoto capaz de dar cabo de tudo, ainda que comporte consigo um conhecimento imenso sobre as mulheres, ainda que seja na verdade um mestre idolatrado pela mulher que ama.
Elegia é, visivelmente, uma adaptação literária.
Esse é o ponto mais fraco do filme, a sua excessiva e omnipresente narração, sempre como uma terrível obrigação de se manter fiel ao material de origem, sem saber como o atraiçoar ao ponto de o filme se poder tornar uma obra de méritos próprios.
Esse é o ponto mais fraco do filme, a sua excessiva e omnipresente narração, sempre como uma terrível obrigação de se manter fiel ao material de origem, sem saber como o atraiçoar ao ponto de o filme se poder tornar uma obra de méritos próprios.
O verdadeiro drama não se vê nas personagens, mas nas palavras que se ouvem.
As visões de Ben Kingsley são como pequenas ilustrações daquilo que a sua personagem nos conta.
A sua interpretação tem a eficiência que o seu talento lhe permite atingir sem dificuldade mas à qual falta verdadeiro investimento.
A interpretação está em piloto automático, bem como a de Penélope Cruz a ter de passar por uma atraente e rendida aluna.
As visões de Ben Kingsley são como pequenas ilustrações daquilo que a sua personagem nos conta.
A sua interpretação tem a eficiência que o seu talento lhe permite atingir sem dificuldade mas à qual falta verdadeiro investimento.
A interpretação está em piloto automático, bem como a de Penélope Cruz a ter de passar por uma atraente e rendida aluna.
Tais interpretações rimam bem com o filme, inconcretizadas, demasiado cerebrais e teóricas, mas meramente funcionais.
O longo (demasiado mesmo) lamento que é todo o filme acaba por terminar de forma inconsequente, num fade-out que afinal de contas não resultou de nada mais senão do acabamento do discurso.
O longo (demasiado mesmo) lamento que é todo o filme acaba por terminar de forma inconsequente, num fade-out que afinal de contas não resultou de nada mais senão do acabamento do discurso.
Kingsley parece feito de madeira e Cruz fez bem em mostrar os seios, porque não mostrou mais nenhum talento.
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