Título original: Charlie Bartlett
Realização: Jon Poll
Argumento: Gustin Nash
Elenco: Anton Yelchin, Robert Downey Jr., Hope Davis e Kat Dennings
Charlie Bartlett parece ter algo a dizer sobre a juventude actual, aquela que se tipifica no imaginário de "liceu americano" ao longo de décadas de filmes.
Parece ter algo que, mesmo que não seja novo, é enunciado de maneira diferente.
O filme parece disposto a pegar nos modelos de comportamento, nos papéis que se desenvolvem num liceu, e desconstruí-los por via da análise instruída de Charlie que, nem por isso, deixa de ser a de um dos seus pares.
Há um falso distanciamento da sua personagem que, na verdade, está mais próxima dos grandes problemas de todos os outros do que eles podem imaginar.
Parece ter algo que, mesmo que não seja novo, é enunciado de maneira diferente.
O filme parece disposto a pegar nos modelos de comportamento, nos papéis que se desenvolvem num liceu, e desconstruí-los por via da análise instruída de Charlie que, nem por isso, deixa de ser a de um dos seus pares.
Há um falso distanciamento da sua personagem que, na verdade, está mais próxima dos grandes problemas de todos os outros do que eles podem imaginar.
Mas o filme contenta-se em divertir um pouco o espectador, criando alguns momentos inusitados.
O filme acaba por apenas (re)evidenciar que, se os adultos devem ouvir mais os jovens que têm uma inteligência construída numa base diferente e não necessariamente menos significativa, os jovens devem também compreender as diferenças
Faltava-lhe o risco de dizer algo mais, de levar as questões ao seu âmago. Faltava-lhe tentar, por exemplo, demonstrar as semelhanças que um movimento de rebelião pode ter com a forma política da idolatria da imagem.
Isso impede que o resultado seja mais distinto perante muitos filmes que se têm visto no mesmo género, e impede que o filme seja melhor.
O filme acaba por apenas (re)evidenciar que, se os adultos devem ouvir mais os jovens que têm uma inteligência construída numa base diferente e não necessariamente menos significativa, os jovens devem também compreender as diferenças
Faltava-lhe o risco de dizer algo mais, de levar as questões ao seu âmago. Faltava-lhe tentar, por exemplo, demonstrar as semelhanças que um movimento de rebelião pode ter com a forma política da idolatria da imagem.
Isso impede que o resultado seja mais distinto perante muitos filmes que se têm visto no mesmo género, e impede que o filme seja melhor.
E isso é uma pena, pois teria sido possível "sacar" daqui um grande filme, com a interpretação de Yelchin a justificar quase todas as hipóteses singulares e, quase certamente, todos os riscos tomados.
Yelchin aguenta tudo com que tem de trabalhar no argumento, elevando o melhor e trazendo o pior do ridículo para o convincente.
Ao lado de Yelchin, Downey Jr. parece aqui um verdadeiro figurante.
Yelchin aguenta tudo com que tem de trabalhar no argumento, elevando o melhor e trazendo o pior do ridículo para o convincente.
Ao lado de Yelchin, Downey Jr. parece aqui um verdadeiro figurante.
Charlie Bartlett passou perto de nos ficar na memória, de revolucionar a imagem que temos dos modelos básicos de um liceu americano, tornando-os arquétipos de discussão mais intensa.
Curioso, não sabia desse filme!
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