Título original: Taking Woodstock
Realização: Ang Lee
Argumento: James Schamus
Taking Woodstock é, acima de tudo, uma comédia sobre o desabrochar de um jovem que luta ainda com todas as forças por ser o bom filho de um bizarro casal de judeus emigrados.
Uma comédia onde a enormidade do festival que se tem de organizar em torno deles os obriga a uma igualmente enorme catárse.
Uma comédia onde a enormidade do festival que se tem de organizar em torno deles os obriga a uma igualmente enorme catárse.
Enquanto é apenas isso, uma comédia familiar com laivos de retrato de uma pequena cidade a braços com o maior evento - caos, na perspectiva deles - musical de sempre, o filme tem bastante graça.
As interpretações de Imelda Staunton e Henry Goodman são perfeitas na construção de duas personagens hilariantes, um casal que se antagoniza e que parece capaz de levar à loucura todos os que estão no seu raio de acção.
As interpretações de Imelda Staunton e Henry Goodman são perfeitas na construção de duas personagens hilariantes, um casal que se antagoniza e que parece capaz de levar à loucura todos os que estão no seu raio de acção.
Mas depois disso o filme começa a tentar mostrar o que foi a geração que "nasceu" ali, começa a tentar dar um retrato mais abrangente, crescendo daquele minúsculo epicentro para a grandeza que conhecemos do documentário de Michael Wadleigh.
Quando tenta esse retrato começa a banalizar-se e deita fora a construção da pequena comédia de costumes que tinha montado.
Não consegue tornar-se num mosaico de 1969, tendo de recorrer a uma viagem numa moto para dar uma rápida sucessão de slides de quem foi ao concerto, e não consegue capitalizar as suas personagens-chave.
Quando tenta esse retrato começa a banalizar-se e deita fora a construção da pequena comédia de costumes que tinha montado.
Não consegue tornar-se num mosaico de 1969, tendo de recorrer a uma viagem numa moto para dar uma rápida sucessão de slides de quem foi ao concerto, e não consegue capitalizar as suas personagens-chave.
As personagens que vão surgindo são retratos simplistas de todas as personagens que julgamos terem acabado por unir-se no interior de tal evento.
Seja o veterano do Vietname em stress pós-traumático ou seja o polícia que colocou uma flor no capacete, é tudo tão linear que nos sentimos a braços com uma época mais ridícula do que fascinante.
A culpa, no entanto, não é tanto das personagens em torno de Elliot Tiber mas antes da interpretação monótona e pálida que Demetri martin faz dele.
Esta personagem, que deveria afinal de contas desabrochar com o festival, parece desprovida de emoção e sempre que se encaminha para o palco perde-se em qualquer outro pequeno evento.
E, por culpa disso, pouco mais temos do que um vislumbre do festival e, assim, o filme fica desprovido de toda a magia daquela época.
Seja o veterano do Vietname em stress pós-traumático ou seja o polícia que colocou uma flor no capacete, é tudo tão linear que nos sentimos a braços com uma época mais ridícula do que fascinante.
A culpa, no entanto, não é tanto das personagens em torno de Elliot Tiber mas antes da interpretação monótona e pálida que Demetri martin faz dele.
Esta personagem, que deveria afinal de contas desabrochar com o festival, parece desprovida de emoção e sempre que se encaminha para o palco perde-se em qualquer outro pequeno evento.
E, por culpa disso, pouco mais temos do que um vislumbre do festival e, assim, o filme fica desprovido de toda a magia daquela época.
Ao mesmo tempo, Ang Lee parece pouco à vontade com o material em mãos.
Parece incapaz de lidar com a multidão e, mesmo que em jeito de evocação a Woodstock, o seu ecrã dividido em múltlipos dá mais conta da falta de soluções para mostrar a variedade da multidão.
O melhor que Ang lee consegue é a luminosidade e a animação da trip de ácido que Elliot experimenta o que, na prática, é uma cena "fora do filme", do estilo que o filme tem até esse momento.
Parece incapaz de lidar com a multidão e, mesmo que em jeito de evocação a Woodstock, o seu ecrã dividido em múltlipos dá mais conta da falta de soluções para mostrar a variedade da multidão.
O melhor que Ang lee consegue é a luminosidade e a animação da trip de ácido que Elliot experimenta o que, na prática, é uma cena "fora do filme", do estilo que o filme tem até esse momento.
Taking Woodstock perde-se das suas personagens que constituem a pequena comédia familiarque é o melhor do filme e não chega a ter a magia - nem sequer a música - dos três dias de Verão que definiram uma geração.
Em principio vou ver esta Sexta Feira, depois digo o meu veredicto
ResponderEliminar"Taking Woodstock": 4*
ResponderEliminar"Taking Woodstock" é um filme bastante bom, com uma história interessante e com um elenco que cumpriu o seu dever solidamente.
Cumprimentos, Frederico Daniel.