segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Fantasporto 2010: Conferência de Imprensa



Como não poderia deixar de ser, o Split Screen esteve presente na conferência de imprensa do Fantasporto 2010, que festeja este ano, a sua 30.ª edição. As grandes novidades do certame já haviam sido publicadas neste blogue, sendo esta conferência a confirmação das mesmas, com presença da organização do festival: Mário Dorminsky, Beatriz Pacheco Pereira e António Reis.

De facto, segundo apontou Mário Dorminsky, um dos organizadores do festival, "este é um festival jovem, nunca parado no tempo", salientando a intenção de sempre fazer mais e melhor. Tendo como ponto de partida o cinema fantástico e onírico há 30 anos atrás, o Fantasporto tornou-se assim o evento anual em Portugal com maior impacto nacional e internacional, tendo até sido considerado pela Variety como um dos mais importantes festivais no Mundo.

Confirmando a sua intenção de permanecer no Porto, Mário Dorminsky aproveitou para mencionar o facto de estarmos em tempos de crise e de os apoios para um festival realizado a Norte serem escassos - não obstante a imagem do mesmo na promoção do país e da zona Norte a nível turístico. Não deixa de ser curioso que os maiores financiamentos do festival, partam de financiamentos privados como da Unicer (através da Super Bock - e que confirmou um contrato trianual com o certame), da Fossil (directamente da sede em Dallas) ou da ZON (promovendo filmes exibidos no Fantasporto nos seus canais). Não obstante o apoio do Estado, das autarquias do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia e do Instituto do Cinema e do Audiovisual, foram tecidas algumas críticas aos apoios financeiros do Turismo de Portugal - importantes, mas limitados e sempre em cima da hora. Sem financiamentos maiores é complicado para um festival desta envergadura poder planear com antecedência as viagens e estadias dos seus convidados que poderiam ser muitos mais, se existissem mais apoios.

Foi já confirmada a presença no festival do produtor Samuel Hadida e do realizador Michael J. Bassett, na apresentação do filme Solomon Kane - que iniciará o certame. Teremos ainda a presença confirmada de Stacy Keach, recentemente conhecido pela sua participação na série Prison Break ou no filme American History X (1998). Mais convidados serão apresentados posteriormente.



Quanto à programação do Festival, Beatriz Pacheco Pereira debruçou-se sobre a importância do cinema português, reforçando a existência de seis sessões dedicadas exclusivamente, ainda com direito a uma retrospectiva da carreira de Luís Galvão Teles, com destaque para a exibição do mítico A Confederação: O Povo É Que Faz a História (1978). O Fantasporto terá ainda directo a uma retrospectiva sobre o cinema francês, com o apoio da embaixada do país, estando confirmada a exibição de Alphaville (1965), de Jean-Luc Godard, e Le dernier combat (1983) , de Luc Besson.

A nível da programação já divulgada há 3 dias neste espaço, mas António Reis destacou a selecção dos filmes como não sendo feita exclusivamente através de distribuidores, solicitando-os directamente à origem, o que permite o acontecimento de duas antestreias mundiais, muitas antestreias europeias e a grande maioria delas nacionais. Da mesma destacou-se por exemplo Thirst, de Chan-wook Park, como uma escolha polémica e que causará burburinho entre a religião católica.

Destaque final ainda para a já referida temática da robótica e o workshop SFX que terá lugar nos dias 24 e 25 de Fevereiro, que terão lugar ao início e final do dia. Ou ainda para a extensão do festival em Sines. Brevemente divulgaremos mais algumas novidades, bem como apresentaremos mais alguns filmes que serão exibidos nesta 30.ª edição do Fantasporto.


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