Título original: Invictus
Realização: Clint Eastwood
Argumento: Anthony Peckham
Tendo pouco tempo antes lido o livro onde Clint Eastwood foi buscar a sua inspiração para este filme, sabia bem que não se tratava aqui de abordar a complexa e poderosa vida de Nelson Mandela, nem de abordar um evento desportivo por mais surpreendente que fosse.
Tratava-se, isso sim, de encarar uma história diversificada que se pautava pela importância que vê e pela exibição das mais genuínas emoções humanas.
Tratava-se, isso sim, de encarar uma história diversificada que se pautava pela importância que vê e pela exibição das mais genuínas emoções humanas.
Aquilo que Eastwood compreendeu com esta história é aquilo que, no fundo, o torna um dos últimos realizadores a que podemos chamar clássicos no seio : qualquer história, como qualquer género, servem o propósito de transmitir uma visão do mundo por via das emoções.
Aqui trata-se do râguebi jogado no seio de um país vivendo ainda as tensões do Apartheid, um tema que nada diz a muitos dos que constituem o seu público.
Mas nem por isso esse mesmo público sairá menos do que tocado ao sentir as várias camadas de emoção que o filme vai desvelando.
Aqui trata-se do râguebi jogado no seio de um país vivendo ainda as tensões do Apartheid, um tema que nada diz a muitos dos que constituem o seu público.
Mas nem por isso esse mesmo público sairá menos do que tocado ao sentir as várias camadas de emoção que o filme vai desvelando.
O público galvaniza-se com os feitos de uma equipa de quem ninguém esperava nada enquanto ao mesmo tempo se admira com as pequenas histórias de vida que constroem um mosaico da realidade de um país cuja força está na forma como as singulares realidades expressam também as globais.
O público ri-se dos equívocos que surgem entre os seguranças de Mandela e ressente-se da claustrofobia que afecta Piennar quando visita a (verdadeira) cela de Mandela.
O público rende-se à força da transformação que um pontapé de ressalto teve para uma nação como se toda aquela emoção se reproduzisse em si.
O público agrada-se com o que vê enquanto não deixa de sentir a importância que guarda aquilo que se conta.
Não é errado falar de um genuíno sentido de entretenimento imbuído numa história de enorme dimensão.
O público ri-se dos equívocos que surgem entre os seguranças de Mandela e ressente-se da claustrofobia que afecta Piennar quando visita a (verdadeira) cela de Mandela.
O público rende-se à força da transformação que um pontapé de ressalto teve para uma nação como se toda aquela emoção se reproduzisse em si.
O público agrada-se com o que vê enquanto não deixa de sentir a importância que guarda aquilo que se conta.
Não é errado falar de um genuíno sentido de entretenimento imbuído numa história de enorme dimensão.
E assim Clint Eastwood, ajudado por dois actores em perfeita sintonia com a história que têm pela frente, comunica com o público sem abdicar da sua própria voz.
O público não define o que ele conta, antes encontra na forma como ele o conta uma ressonância daquilo que quer ver.
Estamos perante a via que definiu (a clássica) Hollywood, que a história é a forma pela qual o realizador e o público se entendem a um nível emocional. Estamos perante a via que definiu muitos autores ao longo dos anos, com Clint Eastwood sendo certamente mais um.
Isto sim é a lógica do Cinema, não aquela que serve ao público aquilo que se julga que o público quer, repetindo fórmulas e géneros ad nauseam, até porque ninguém sabe o que o público quer senão ele próprio.
O público não define o que ele conta, antes encontra na forma como ele o conta uma ressonância daquilo que quer ver.
Estamos perante a via que definiu (a clássica) Hollywood, que a história é a forma pela qual o realizador e o público se entendem a um nível emocional. Estamos perante a via que definiu muitos autores ao longo dos anos, com Clint Eastwood sendo certamente mais um.
Isto sim é a lógica do Cinema, não aquela que serve ao público aquilo que se julga que o público quer, repetindo fórmulas e géneros ad nauseam, até porque ninguém sabe o que o público quer senão ele próprio.
Não consigo ver o filme assim de uma forma globalmente tão positiva. Porque existem alguns pontos que referi na minha crítica que se baseiam em clichés tão repetidos que destroem em algumas ocasiões o que achamos de Invictus.
ResponderEliminarMais que uma biopic de Mandela, Invictus assume-se como uma Biopic da união e do perdão.
ResponderEliminarEastwood filma espantosamente e Freeman tem uma das melhores interpretações de sempre da sua carreira...
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/