A segunda temporada trouxe à série aquilo que ela precisava desde o início. Infelizmente chegou tarde demais, e esta foi a última temporada de Dollhouse.
Quem leu o que escrevi o ano passado sobre Dollhouse sabe que nunca fui grande fã desta série. Sempre me pareceu que, com a sombra de Jennifer Garner em Alias, Eliza Dushku nunca conseguiria fazer boa figura por comparação. Felizmente estava enganada, e parece que ou houve por ali umas aulas de representação ou alguém finalmente encaixou o papel que lhe pertencia.
Também seja feita justiça, depois de ter visto o episódio piloto original percebi que a questão de enrolar o argumento não era só culpa de Joss Whedon, mas da própria estação. Foi a FOX que matou Dollhouse, quer pelas exigências feitas a nível de argumento, quer a nível de horários.
Como sempre o elenco de suporte manteve a sua excelência, destacando Dichen Lachman no papel de Sierra/Priya, Olivia Williams no papel de Adelle DeWitt e Fran Kranz no papel de Topher Brink. O argumento desenrolou-se com alguma velocidade (dado que também tinham o tempo contado), mantendo ainda assim alguns episódios relativamente independentes do arco principal. Posso dizer que se Dollhouse tivesse tido este grau de qualidade na primeira temporada certamente não teria sido cancelada, já que o universo criado por Joss Whedon pode considerar-se no mínimo interessante e digno de ser devidamente explorado.
Alguns dos momentos mais interessantes desta temporada prenderam-se com a própria tecnologia, especialmente a revelação do "The Attic" e a criação de novas tecnologias (assim como as suas consequências). Contudo, o desenvolvimento das personagens e a sua história passada também não podem ser desconsiderados, tal como a participação de Alexis Desinoff como Senador Perrin e de Summer Glau como Dr.ª Bennett.
Por esta altura sou até capaz de dizer que tenho pena que a temporada tenha tido apenas 13 episódios, embora ache que se existissem mais, o mais certo era simplesmente acrescentarem episódios independentes em vez de desenvolverem a mitologia principal. Contudo, espero muito honestamente que algumas questões sejam esclarecidas nos extras dos DVDs desta temporada.
O melhor da segunda temporada:
- terem completado o arco da história com mérito (porque ninguém gosta que uma série acabe no ar)
- o elenco secundário
- "The Attic"
- o vilão
O pior da segunda temporada:
- Tahmoh Penikett no papel de Paul Ballard (outra vez)
- a previsibilidade do episódio 12 "The Hollow Men"
Até vim rever esta review outra vez.
ResponderEliminarDesta vez deixo umas palavras...
No melhor da temporada, não se quereria referir a "The Attic", o impressionante episódio sobre o sótão da Dollhouse?
Concordo completamente quando diz:
"seja feita justiça, depois de ter visto o episódio piloto original percebi que a questão de enrolar o argumento não era só culpa de Joss Whedon, mas da própria estação. Foi a FOX que matou Dollhouse"
Foi exactamente isso que aconteceu em minha opinião também. O episódio piloto isntalava imenso sobre a série de uma só vez o que faria penaar sobre até onde Whedon levaria a Dollhouse. Esta era uma série para ser gradualmente evoluida ao ponto de a componente sexo estar também presente, tal como existe em Dexter, True Blood e muitas outras. Mas mais do que isso, começar a questionar a realidade, a moral e por aí fora. assim passou por tudo isso apenas de leve e teve de ser vergado a aventuras episódicas que em nada davam á série.
Foi pena não ter dado em pleno o imenso potencial que tinha, mas mesmo assim foi uma série que adorei imenso.
http://armpauloferreira.blogspot.com/2010/04/series-tv-dollhouse-o-fim-to-remember.html
Bem, que grande falha no nome do episódio, já o corrigi, muito obrigada :)
ResponderEliminarDollhouse foi mal aproveitada, viu-se no fim que era uma grande ideia e que tinha muito potencial. Era uma ideia para ser trabalhada daqui a uns anos, diria eu. Se fazem tantos spinoffs e reboots de séries que não o mereciam, talvez nesta fosse boa ideia.