Título original: It's Complicated (2009)
Realização: Nancy Meyers
Argumento: Nancy Meyers
Nancy Meyers, a par de Nora Ephron, especializou-se no género das comédias românticas. A primeira trouxe-nos obras como Something's Gotta Give (2003) e The Holiday (2006) que conseguiram surpreender pela frescura dentro do género e ultrapassar a barreira de alguns clichés. O ponto comum deste Amar… É Complicado com o filme de 2003 é precisamente a abordagem junto de casais mais velhos. Mas se existe algo que efectivamente os consegue diferenciar é o seu desenvolvimento.
Amar… É Complicado agrada pela ligeireza e apesar de estar rodeado de lugares comuns conseguiu ser nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Argumento e Melhor Filme de Comédia. O filme é despretensioso e simples de seguir, mas acaba por seguir a típica fórmula da comédia romântica com alguns momentos divertidos e de qualidade, com bastante classe e alguns agradavelmente subtis. Consegue divertir, mas nunca com recurso a piadas mais brejeiras, apesar da temática ser propícia a isso. A relação a que assistimos e que é assim exposta ao longo de todo o filme é, tal como o título o indica, bastante complicada. Porque nenhuma relação é simples, esta não deixa de ser ainda mais complexa precisamente por nem ser uma relação propriamente dita. O poster não esconde: divorciados… mas com benefícios.
Todo o filme gira em torno dessa complexidade de quem se sente carente e com a neurose própria dos filmes de Nancy Meyers. Com muitos estereótipos à mistura, claro. Mas essa estrutura típica é salva pelos desempenhos do trio de actores veteranos: ganharam o prémio de Melhor Elenco pelo National Board Review. Meryl Streep continua fantástica, independentemente do estilo de filme que faz, mas apesar da sua nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actriz de Comédia por este filme, não deixa de ficar aquém de trabalhos anteriores. Contudo, o seu carisma garante divertidos momentos ao longo das duas horas de duração. Alec Baldwin tem um desempenho bastante credível e competente, conseguindo criar uma excelente química com a sua co-protagonista, o que lhe valeu a nomeação para o BAFTA de Melhor Actor Secundário. Por seu lado, Steve Martin fica bastante aquém do restante elenco, apesar de parte da culpa ser do próprio argumento que não dá muita profundidade à sua história secundária. John Krasinsky é uma surpresa e apesar de toda a subtileza da sua personagem, revela-se um excelente actor, tal como já o havia demonstrado em Away We Go.
A realização de Nancy Meyers, longe de ser surpreendente, é competente, especialmente conciliada com os cenários luxuosos criados por Beth A. Rubino (The Interpreter), a fotografia de John Toll (The Burning Plain) e a banda sonora de Heitor Pereira e Hans Zimmer (Anjos e Demónios).
Amar… É Complicado é um filme agradável para um serão em bom companhia, é entretenimento nato, sustentado por grandes actores e uma realizadora com grande experiência na área.
Amar… É Complicado agrada pela ligeireza e apesar de estar rodeado de lugares comuns conseguiu ser nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Argumento e Melhor Filme de Comédia. O filme é despretensioso e simples de seguir, mas acaba por seguir a típica fórmula da comédia romântica com alguns momentos divertidos e de qualidade, com bastante classe e alguns agradavelmente subtis. Consegue divertir, mas nunca com recurso a piadas mais brejeiras, apesar da temática ser propícia a isso. A relação a que assistimos e que é assim exposta ao longo de todo o filme é, tal como o título o indica, bastante complicada. Porque nenhuma relação é simples, esta não deixa de ser ainda mais complexa precisamente por nem ser uma relação propriamente dita. O poster não esconde: divorciados… mas com benefícios.
Todo o filme gira em torno dessa complexidade de quem se sente carente e com a neurose própria dos filmes de Nancy Meyers. Com muitos estereótipos à mistura, claro. Mas essa estrutura típica é salva pelos desempenhos do trio de actores veteranos: ganharam o prémio de Melhor Elenco pelo National Board Review. Meryl Streep continua fantástica, independentemente do estilo de filme que faz, mas apesar da sua nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actriz de Comédia por este filme, não deixa de ficar aquém de trabalhos anteriores. Contudo, o seu carisma garante divertidos momentos ao longo das duas horas de duração. Alec Baldwin tem um desempenho bastante credível e competente, conseguindo criar uma excelente química com a sua co-protagonista, o que lhe valeu a nomeação para o BAFTA de Melhor Actor Secundário. Por seu lado, Steve Martin fica bastante aquém do restante elenco, apesar de parte da culpa ser do próprio argumento que não dá muita profundidade à sua história secundária. John Krasinsky é uma surpresa e apesar de toda a subtileza da sua personagem, revela-se um excelente actor, tal como já o havia demonstrado em Away We Go.
A realização de Nancy Meyers, longe de ser surpreendente, é competente, especialmente conciliada com os cenários luxuosos criados por Beth A. Rubino (The Interpreter), a fotografia de John Toll (The Burning Plain) e a banda sonora de Heitor Pereira e Hans Zimmer (Anjos e Demónios).
Amar… É Complicado é um filme agradável para um serão em bom companhia, é entretenimento nato, sustentado por grandes actores e uma realizadora com grande experiência na área.
Só agora, na transmissão televisiva, tive oportunidade de ver o filme, e acho que o facto da química entre Baldwin e Streep ter sido ignorada, em prol de um final 'redondinho' e recompensador para toda a gente, deixa o espectador no mínimo frustrado.
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