Domingo chuvoso e o recinto do Rivoli bastante completo, embora não tanto como no dia anterior. As nossas atenções viraram-se para o Grande Auditório e falhou-nos, por exemplo, Vampire Girl vs. Frankenstein Girl no Pequeno Auditório que, diz quem viu, garante bom entretenimento.
Valhalla Rising
Ninguém nos pode culpar das expectativas. Esperava-se entretenimento, mas o presumível era completamente errado. Já em Janeiro havia falado dele e se, embora relendo o que se esperava, tenha de facto acontecido, a verdade é que a perspectiva já não é a mesma. Isto porque o mais flagrante em Valhalla Rising é a ausência de história. O filme vale-se muito da suposição do espectador, o que resulta em momentos terrivelmente maçadores. Não quer contudo dizer que este seja um fiasco do realizador dinamarquês Nicolas Winding Refn. É um belíssimo exercício de estilo, verdadeiramente naturalista, com alguma tensão e com uma cinematografia poderosa, mesmo que com recurso a inserção de céus dramáticos e filtros cromáticos. A caracterização de Mads Mikkelsen é ainda outro ponto alto do filme, mas é pena que não lhe tenha sido dada mais oportunidade de brilhar. Afinal o actor já ganhou o prémio para Melhor Actor no Fantasporto 2004, com The Green Butchers. Brevemente a crítica alargada de Valhalla Rising.
Possessed
Foi provavelmente um dos filmes que mais ouvi comentários negativos neste dia, mas curiosamente, até gostei bastante. Erroneamente rotulado como um filme de terror, Possessed é claramente um thriller com contornos dramáticos, muito bem filmado pelo estreante Yong-Joo Lee. Embora a narrativa lenta seja um impedimento para que consiga ser visto como mais que um filme mediano, o filme consegue ser maduro e original na forma como trata a temática. Mais importante que o ambiente e a tensão no filme, é o lado humano na construção das personagens que mais interessa. E nesse campo surgem bons desempenhos maioritariamente de todo o elenco. Mais que um filme sobre pessoas possuídas, é uma história sobre falta de crenças. Uma crítica mais alargada será publicada em breve.
Air Doll
Depois da descoberta de Aruitemo aruitemo do mesmo realizador (um dos melhores filmes de 2009 e que ainda receberá uma crítica no blogue), as expectativas para com este Air Doll estavam bastante elevadas. E Hirokazu Koreeda não desilude, porque escreve e filma com uma sensibilidade assustadoramente realista. A forma singela, ingénua e honesta com que encontramos a história de uma boneca insuflável que ganha vida acaba por se tornar uma magnífica metáfora sobre a solidão, o vazio da vida, o aproveitar cada pequeno momento e a perspectiva pela qual vemos as coisas. Du-na Bae tem um belíssimo papel. A fotografia e a banda sonora são também elas muito boas. Brevemente publicaremos também uma crítica mais alargada a este filme.
Air Doll
Depois da descoberta de Aruitemo aruitemo do mesmo realizador (um dos melhores filmes de 2009 e que ainda receberá uma crítica no blogue), as expectativas para com este Air Doll estavam bastante elevadas. E Hirokazu Koreeda não desilude, porque escreve e filma com uma sensibilidade assustadoramente realista. A forma singela, ingénua e honesta com que encontramos a história de uma boneca insuflável que ganha vida acaba por se tornar uma magnífica metáfora sobre a solidão, o vazio da vida, o aproveitar cada pequeno momento e a perspectiva pela qual vemos as coisas. Du-na Bae tem um belíssimo papel. A fotografia e a banda sonora são também elas muito boas. Brevemente publicaremos também uma crítica mais alargada a este filme.
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