Título original: The Crazies (2010)
Realização: Breck Eisner
Argumento: Scott Kosar e Ray Wright Elenco: Timothy Olyphant, Radha Mitchell e Joe Anderson
Estreado em Portugal, na sessão de encerramento do Fantasporto 2010, The Crazies – Desconfia dos Teus Vizinhos, conseguiu dividir opiniões. Remake da obra homónima de George A. Romero, tem estreia comercial agora em Portugal e promete continuar a fazer o mesmo. Isto porque também Breck Eisner, depois do fracasso de Sahara (2005), é também ele um realizador que divide os espectadores.
Esta divisão de opiniões e crítica tem uma razão de ser muito própria: o único objectivo de Breck Eisner é o exercício de entretenimento mais natural possível, com recursos a todos os recursos banais e clichés para tal. Sem pretensões a algo de culto, sem ambições maiores. E por isso mesmo, se olharmos para The Crazies desse prisma, conseguimos uma agradável surpresa e não uma desilusão. A realização é bastante competente e eficaz e os primeiros minutos do filme são intrigantes e capazes de gerar incómodo junto do espectador e permite alguns momentos de tensão.
O argumento de Scott Kosar (The Machinist) e Ray Wright (Pulse) não é mais que uma grande sensação de déjà vu, mas adapta de uma forma competente o argumento original dos anos 70, retirando-lhe muito da componente action flick e adicionando-lhe mais alguns elementos de terror. Alguns garantem saltos na cadeira – embora com recurso a técnicas comuns de suspense – outros nem por isso, mas no geral temos a sensação de tensão bastante constante. É assente na sobrevivência das personagens e tem uma diferença em relação ao mais comum filme de zombies. Porque aqui, a transformação é gradual e alguém pode estar infectado sem o saber – nem sempre o aspecto o denuncia – podendo ainda estar a resistir a esta infecção. Ou seja, qualquer um pode estar contaminado. Qualquer um pode ser o próximo. Ninguém está a salvo.
Mas não fosse The Crazies dedicado ao entretenimento puro, não nos podemos esquecer este tipo de terror tem algumas nuances do género híbrido que inclui alguns momentos divertidos que garantirão alguma estupefacção ao espectador, com algum ridículo à mistura. É esse o segredo para a fórmula, mas é também ele que divide a crítica. Porque se há quem o compreende e aceita, há também que não aprecia e gostaria de algo negro.
A nível de elenco não existe ninguém a destacar, estando todos os desempenhos no plano mediano, mas minimamente competentes. The Crazies – Desconfia do Teus Vizinhos é mais um filme comum, banal e rotineiro. Sim, quem procura algo de novo e inteiramente refrescante vai-se desiludir e não vai gostar. Mas quem o vir como entretenimento vai se surpreender. Afinal tudo depende da perspectiva com que o vemos.
Realização: Breck Eisner
Argumento: Scott Kosar e Ray Wright
Esta divisão de opiniões e crítica tem uma razão de ser muito própria: o único objectivo de Breck Eisner é o exercício de entretenimento mais natural possível, com recursos a todos os recursos banais e clichés para tal. Sem pretensões a algo de culto, sem ambições maiores. E por isso mesmo, se olharmos para The Crazies desse prisma, conseguimos uma agradável surpresa e não uma desilusão. A realização é bastante competente e eficaz e os primeiros minutos do filme são intrigantes e capazes de gerar incómodo junto do espectador e permite alguns momentos de tensão.
O argumento de Scott Kosar (The Machinist) e Ray Wright (Pulse) não é mais que uma grande sensação de déjà vu, mas adapta de uma forma competente o argumento original dos anos 70, retirando-lhe muito da componente action flick e adicionando-lhe mais alguns elementos de terror. Alguns garantem saltos na cadeira – embora com recurso a técnicas comuns de suspense – outros nem por isso, mas no geral temos a sensação de tensão bastante constante. É assente na sobrevivência das personagens e tem uma diferença em relação ao mais comum filme de zombies. Porque aqui, a transformação é gradual e alguém pode estar infectado sem o saber – nem sempre o aspecto o denuncia – podendo ainda estar a resistir a esta infecção. Ou seja, qualquer um pode estar contaminado. Qualquer um pode ser o próximo. Ninguém está a salvo.
Mas não fosse The Crazies dedicado ao entretenimento puro, não nos podemos esquecer este tipo de terror tem algumas nuances do género híbrido que inclui alguns momentos divertidos que garantirão alguma estupefacção ao espectador, com algum ridículo à mistura. É esse o segredo para a fórmula, mas é também ele que divide a crítica. Porque se há quem o compreende e aceita, há também que não aprecia e gostaria de algo negro.
A nível de elenco não existe ninguém a destacar, estando todos os desempenhos no plano mediano, mas minimamente competentes. The Crazies – Desconfia do Teus Vizinhos é mais um filme comum, banal e rotineiro. Sim, quem procura algo de novo e inteiramente refrescante vai-se desiludir e não vai gostar. Mas quem o vir como entretenimento vai se surpreender. Afinal tudo depende da perspectiva com que o vemos.
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