Título original: Assassination of High School President
Realização: Brett Simon
Argumento: Tim Calpin e Kevin Jakubowski
Elenco: Mischa Barton, Bruce Willis, Reece Thompson e Nick Blaemire
Quem viu o filme de Alexander Payne, Election, sabe que a hierarquia de poder liceal é um excelente meio para, usando de um humor negro repleto de cinismo, falar da política e da sexualidade de todo um país e, a um certo ponto, de todos um hemisfério dito desenvolvido.
The Assassination of High School President é uma versão mais contida, senão mesmo menos irreverente, da essência de Election.
The Assassination of High School President é uma versão mais contida, senão mesmo menos irreverente, da essência de Election.
Escrito como uma investigação (jornalística), com todas as imposições de diálogo interno e da personalidade do protagonista na resolução da narrativa, assenta num estilo evocativo de outros tempos do cinema americano.
Isto descompensado pelo ambiente reconhecível - e igualmente mais pobre - da soap opera adolescente, que a escolhas do colégio católico de elite e de Mischa Barton apenas acentuam.
Conseguindo tolerar este aspecto de modernidade, dá algum gozo encarar o estilo do filme.
Isto descompensado pelo ambiente reconhecível - e igualmente mais pobre - da soap opera adolescente, que a escolhas do colégio católico de elite e de Mischa Barton apenas acentuam.
Conseguindo tolerar este aspecto de modernidade, dá algum gozo encarar o estilo do filme.
Isto porque o actor escolhido para o papel principal está acertadamente "enfiado" no seu personagem, embora não consiga imaginá-lo a fazer outros papéis ou a afirmar-se como um actor versátil.
Ele revela vontade e finge a pose, mas é um investigador imberbe e manipulável, capaz de ceder às mulheres sem se resguardar com um cinismo de quem já está batido nestes assuntos.
Ele tem um vago perfil duro em sistemática auto-destruição voluntariosa.
A par dele, fica na memória Bruce Willis, num exagero em parte auto-paródico dos seus personagens mais violentos.
Um personagem violento obrigado a comportar-se num papel social de responsabilidade, o que o coloca no ponto de tensão do caricato que se lhe exige.
Ele revela vontade e finge a pose, mas é um investigador imberbe e manipulável, capaz de ceder às mulheres sem se resguardar com um cinismo de quem já está batido nestes assuntos.
Ele tem um vago perfil duro em sistemática auto-destruição voluntariosa.
A par dele, fica na memória Bruce Willis, num exagero em parte auto-paródico dos seus personagens mais violentos.
Um personagem violento obrigado a comportar-se num papel social de responsabilidade, o que o coloca no ponto de tensão do caricato que se lhe exige.
Conseguem ambos proporcionar um sorriso de reconhecimento daquilo que estão, de certa forma, a fazer ruir perante nós.
Um sorriso um pouco apaziguador, de quem critica uma instituição cultural com a qual continuará a viver.
Um sorriso um pouco apaziguador, de quem critica uma instituição cultural com a qual continuará a viver.
Uma pontuação mais alta que eu pensava!
ResponderEliminarVale pela crítica não sei se Willis será assim tão bom neste filme...
Abraço
Cinema as my World
Eu ainda não vi, mas já me disseram que o Bruce Willis tem um grande papel.
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