Título original: Arlen Faber
Realização: John Hindman
Argumento: John Hindman
Parece bizarro que o homem que capturou 10% do mercado da literatura espiritual durante 20 anos seja um homem sem a capacidade de se relacionar com Deus. Ou com qualquer pessoa, já agora.
O homem que inspirou milhões com as respostas do seu livro quer uma resposta própria que nunca chega.
Isto até ao dia em que o seu físico - mais propriamente as suas costas - dá de si e ele tem de recorrer a uma especialista que é, ele sabe logo, a resposta que esperou desde sempre: o amor.
O homem que inspirou milhões com as respostas do seu livro quer uma resposta própria que nunca chega.
Isto até ao dia em que o seu físico - mais propriamente as suas costas - dá de si e ele tem de recorrer a uma especialista que é, ele sabe logo, a resposta que esperou desde sempre: o amor.
A partir deste ponto o filme segue o percurso normal de uma comédia romântica, passo após passo, tentando apenas temperar tudo com uma (pequena) irreverência a que somos obrigados a chamar indie.
Da irreverência ao condicionamento vai, no entanto, um passo, pois aquilo que começa por ser um pressuposto de desafio passa a ser uma velada forma de redenção das "respostas divinas" capazes de mudarem o rumo das vidas dos que as ouvem, mesmo que elas sejam falsas ou dadas com desagrado.
Da irreverência ao condicionamento vai, no entanto, um passo, pois aquilo que começa por ser um pressuposto de desafio passa a ser uma velada forma de redenção das "respostas divinas" capazes de mudarem o rumo das vidas dos que as ouvem, mesmo que elas sejam falsas ou dadas com desagrado.
O filme é um feel good com inspiração para dar e vender, apenas querendo fazê-lo deixando a ideia de que está a contestar essa ideia.
Vai por isso acrescendo camada a camada de história um pouco no limite do forçado, apenas para poder justificar os diálogos que servem para sensibilizar o público, sem que a eles seja preciso associar uma história capaz.
O pormenor mais interessante vem do facto do protagonista ter uma inusitada intuição no que respeita às crianças quando o resto das pessoas apenas o deixam irritado. Pormenor, no entanto, pois não passa de dois momentos colocados a jeito para duas tiradas, em nada contribuindo para alterar o desfecho feliz ou o percurso atribulado até lá. E, muito menos, para dar profundidade ao protagonista.
Vai por isso acrescendo camada a camada de história um pouco no limite do forçado, apenas para poder justificar os diálogos que servem para sensibilizar o público, sem que a eles seja preciso associar uma história capaz.
O pormenor mais interessante vem do facto do protagonista ter uma inusitada intuição no que respeita às crianças quando o resto das pessoas apenas o deixam irritado. Pormenor, no entanto, pois não passa de dois momentos colocados a jeito para duas tiradas, em nada contribuindo para alterar o desfecho feliz ou o percurso atribulado até lá. E, muito menos, para dar profundidade ao protagonista.
Com estes defeitos, os actores, mesmo com química e com o seu habitual talento, não conseguem agarrar o espectador a um filme que ficava bem entre os títulos de auto-ajuda que pretendia usar como artifício de comédia.
De boas intenções se enche um filme que deveria ter todo o descaramento de se bater contra tais boas intenções.
De boas intenções se enche um filme que deveria ter todo o descaramento de se bater contra tais boas intenções.
A crítica é ainda mais sem sentido do que o filme! Um texto incrivelmente atrapalhado!
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