Realização: Fatih Akin
Argumento: Fatih Akin e Adam Bousdoukos
A ascendência turca do alemão Fatih Akin faz-se sentir na sua mais recente longa-metragem. Aliás, como habitual. É frequente que na sua filmografia se faça sentir o peso da mensagem a favor da diversidade cultural, veja-se o caso de Crossing the Bridge: The Sound of Istanbul (2005), On the Other Side (2007) ou até o seu segmento em New York, I Love You (2009).
Mas a diferença entre a sua filmografia anterior e o seu recente Soul Kitchen é a intenção. Porque se os anteriores soavam a uma ambiciosa pretensão, este soa a despreocupado, natural e genuíno. Uma comédia refrescante vinda de um promissor realizador que já nos tinha habituado a pesados dramas sobre choques culturais. Aqui o que temos é uma visão pacífica sobre a globalização e multiculturalismo, tanto na gastronomia, como na música, como nas personagens. É um melting pot de influências, um pequeno tratado sobre o poder cultural da culinária. Mantém a sua mensagem, mas assemelha Soul Kitchen a um feel good movie, com algumas influências do cinema de Hollywood.
Soul Kitchen remete-nos para uma Alemanha pop, desregrada, divertida, diferente de outros filmes europeus. Uma forma alternativa de nos trazer cinema europeu, por vezes tão agarrado a uma forma convencional e padronizada. Mais que um filme onde a música e a gastronomia confluem no mesmo espaço, é uma obra sobre a identidade e sobre o local a que pertencemos, aquilo que nós somos.
O resultado é uma divertida mistura de elenco, com personagens excêntricas e interessantes, com destaque para as interpretações de Adam Bousdoukos (Head-On), Moritz Bleibtreu (O Complexo Baader Meinhof) e Anna Bederke. O mesmo, a nível de competência, se passa com a ecléctica banda sonora, que mistura ritmos latinos, soul e rock, ou a fotografia de Rainer Klausmann (O Complexo Baader Meinhof).
Porém, nem tudo é extraordinário e por vezes o humor acaba por se deixar cair nos erros das comédias tipicamente americanas ou na pouca naturalidade de algumas das cenas (veja-se a do funeral). Não deixa contudo, de divertir e de surpreender o espectador. A sensação geral é de tempo bem passado e de um sorriso no rosto.
Mas a diferença entre a sua filmografia anterior e o seu recente Soul Kitchen é a intenção. Porque se os anteriores soavam a uma ambiciosa pretensão, este soa a despreocupado, natural e genuíno. Uma comédia refrescante vinda de um promissor realizador que já nos tinha habituado a pesados dramas sobre choques culturais. Aqui o que temos é uma visão pacífica sobre a globalização e multiculturalismo, tanto na gastronomia, como na música, como nas personagens. É um melting pot de influências, um pequeno tratado sobre o poder cultural da culinária. Mantém a sua mensagem, mas assemelha Soul Kitchen a um feel good movie, com algumas influências do cinema de Hollywood.
Soul Kitchen remete-nos para uma Alemanha pop, desregrada, divertida, diferente de outros filmes europeus. Uma forma alternativa de nos trazer cinema europeu, por vezes tão agarrado a uma forma convencional e padronizada. Mais que um filme onde a música e a gastronomia confluem no mesmo espaço, é uma obra sobre a identidade e sobre o local a que pertencemos, aquilo que nós somos.
O resultado é uma divertida mistura de elenco, com personagens excêntricas e interessantes, com destaque para as interpretações de Adam Bousdoukos (Head-On), Moritz Bleibtreu (O Complexo Baader Meinhof) e Anna Bederke. O mesmo, a nível de competência, se passa com a ecléctica banda sonora, que mistura ritmos latinos, soul e rock, ou a fotografia de Rainer Klausmann (O Complexo Baader Meinhof).
Porém, nem tudo é extraordinário e por vezes o humor acaba por se deixar cair nos erros das comédias tipicamente americanas ou na pouca naturalidade de algumas das cenas (veja-se a do funeral). Não deixa contudo, de divertir e de surpreender o espectador. A sensação geral é de tempo bem passado e de um sorriso no rosto.
Classificação:
Nada a acrescentar, concordo com tudo... Crítica objectiva que foca todas as principais qualidades e defeitos do filme... E nota justa... :)
ResponderEliminarObrigado, Filipe.
ResponderEliminar