Título original: Please Give
Realização: Nicole Holofcener
Argumento: Nicole Holofcener
Elenco: Catherine Keener, Oliver Platt, Rebecca Hall e Amanda Peet
Argumento: Nicole Holofcener
Encontros em Nova Iorque ficará como um dos piores títulos de filmes em português de tempos recentes.
Não tanto pelo desencontro entre ele e o título original, como pelo desencontro entre ele e o próprio filme.
Não tanto pelo desencontro entre ele e o título original, como pelo desencontro entre ele e o próprio filme.
O filme não é sobre os acasos da serendipidade, palavra que se tornou sinónimo de Nova Iorque ao longo dos muitos filmes lá passados.
A sua força está na subtileza de se debruçar precisamente sobre o contrário, os resultados visíveis da inevitabilidade das relações que se criam.
A magia é invisível, apenas os seus efeitos se podem entender. Mas, acima de tudo, todos os "encontros" trazem consequências que são menos do que felizes.
A sua força está na subtileza de se debruçar precisamente sobre o contrário, os resultados visíveis da inevitabilidade das relações que se criam.
A magia é invisível, apenas os seus efeitos se podem entender. Mas, acima de tudo, todos os "encontros" trazem consequências que são menos do que felizes.
Uma Nova Iorque mais sofrida, de tristezas, ressentimentos e culpas onde as personagens vivem como em qualquer outro local do mundo, desejando pela calada ultrapassarem os outros.
Que os outros sejam imperfeitos para conseguirem recuperar o namorado, que os outros morram para lhes ficarem com o apartamento, que os outros se sujeitem a eles para se sentirem novos e poderosos.
Talvez não o desejem abertamento, mas vivem com essa expectativa. Não são pessoas más, apenas pessoas com falhas de carácter. Muito humanas, portanto.
Que os outros sejam imperfeitos para conseguirem recuperar o namorado, que os outros morram para lhes ficarem com o apartamento, que os outros se sujeitem a eles para se sentirem novos e poderosos.
Talvez não o desejem abertamento, mas vivem com essa expectativa. Não são pessoas más, apenas pessoas com falhas de carácter. Muito humanas, portanto.
O "dar" subjacente ao título original não estará apontado a uma dádiva mas a uma expiação a que os personagens se sentem obrigados.
São imperfeitos e sabem-o. Sentem-se culpados pelos seus desejos e pelos seus sucessos porque no outro extremo deles ficam os desafortunados.
Não estão apontados a prosperarem na miséria dos outros e nem se deixam abater por completo por se sentirem culpados.
Vivem e lidam com os desequilíbrios do seu carácter e avançam numa cidade repleta de vida normal.
São imperfeitos e sabem-o. Sentem-se culpados pelos seus desejos e pelos seus sucessos porque no outro extremo deles ficam os desafortunados.
Não estão apontados a prosperarem na miséria dos outros e nem se deixam abater por completo por se sentirem culpados.
Vivem e lidam com os desequilíbrios do seu carácter e avançam numa cidade repleta de vida normal.
O filme é sereno e adulto. Não envolve estas personagens numa história que só sirva para as redimir, nem as usa para celebrar uma Nova Iorque que talvez nem exista.
É um filme sobre existências palpáveis e com as qual podemos sentir empatia. É um filme disposto a ser um pedaço de vida sem cortinas sobre as partes más.
É um filme sobre existências palpáveis e com as qual podemos sentir empatia. É um filme disposto a ser um pedaço de vida sem cortinas sobre as partes más.
A critica neste artigo fez-me interessar em ver este filme que me tem escapado (e ainda para mais tem a crush Amanda Peet)...
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